31 de out. de 2009

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A hora mais escura da noite é justamente aquela que nos permite ver melhor as estrelas.” (Charles A. Beard)


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Halloween: participação obrigatória?

ARTIGOS

Halloween: participação obrigatória?, por Rosângela Fernandes da Silveira John*


No Brasil, até há pouco tempo, 31 de outubro era uma data qualquer, já que não encontra qualquer referência com nossa cultura. Mas isso mudou. Hoje em dia é comemorado o Halloween ou o Dia das Bruxas. Algumas escolas comemoram inserindo o tema nas próprias atividades didáticas. Alunos devem desenhar/criar seres imaginários do mal de toda espécie: bruxas, diabos, fantasmas, vampiros, monstros. Até mesmo o Jason Voorhees – Sexta-Feira 13 – pode ser lembrado e homenageado. São realizados até desfiles com concurso de fantasias. Todos têm que gostar. É um atropelo, mães correndo atrás de fantasias (e quem não pode comprar?) em busca do mais horrendo. O mais horrendo ganha o concurso.

Dá para parar e pensar se gostamos de Halloween? Temos o direito de não gostar?

O simbolismo da data, além de bruxas, envolve demônios, fantasmas, morte, trevas, esqueletos, medo e terror.

Festejar isso na escola é certo? Agrega? Como funciona na cabeça das crianças?

Fala-se muito em ser “do bem”. Entretanto, aparece na festa da escola até o Jason Voorhees, brutal assassino da série Sexta-Feira 13, que elimina jovens com requintes de crueldade (sim, é permitido participar das festividades fantasiado de Jason). E o Jason pode ganhar o concurso de melhor fantasia com sua faca machete suja de sangue!

Não se trata aqui de questionar preferências ou gosto por filme de terror. Trata-se de refletir sobre a capacidade infantil de discernir o que é do bem do que é do mal. Como esta ficção contribui para a formação da personalidade do cidadão que queremos para o futuro?

Pode-se pensar em algo mais concreto: e a criança que nitidamente expressa pavor, tem pesadelos, chora de medo ou simplesmente se permite não gostar de tais seres e símbolos? Ela tem esse direito? Ou ela é obrigada a gostar e a participar das atividades? Na hipótese de não participar, como ela vai resolver o constrangimento de explicar a cada professor e a cada colega por que não gosta de Halloween??!!

Ao decidir onde matricular seu filho, os pais levam em conta vários fatores, entre eles a linha religiosa adotada pela escola. Porém, a partir da última quinzena do mês de outubro, sem escolha, os pais podem ser surpreen- didos pela obrigatória comemoração do Halloween, na qual a participação do filho é, inclusive, avaliada.

Estamos diante da imposição de costumes “importados”, com objetivos principalmente comerciais, que são “engolidos” sem qualquer reflexão.

É comum ouvir: “É só uma brincadeira, é um trabalho lúdico. As crianças adoram. Não tem conotação religiosa”.

Ao contrário dessa afirmação, em síntese podemos afirmar que as comemorações do Halloween remontam crenças e rituais celtas, professados pelos druidas, membros de um culto sacerdotal pagão na antiga França, Inglaterra e Irlanda. Ainda hoje, em todo o mundo existem adeptos e seguidores dessas crenças e rituais como religião.

Assim, o Halloween tem cunho religioso, e o fato de as escolas adotarem como data comemorativa atenta contra um dos mais elementares princípios constitucionais: o direito fundamental de liberdade de crença, assegurado pelo artigo 5º, incisos VI e VIII, da Constituição Federal.

A Constituição assegurou o direito dos pais de liberdade de crença que lhes permite festejar ou não o Dia das Bruxas. E a criança pode ter e expressar seu medo sem ser obrigada a gostar de bruxas, demônios, fantasmas, esqueletos. Pode, ainda, simplesmente não gostar sem explicar por que, tampouco pode ser constrangida por isso. É livre para gostar ou não gostar. O Halloween, enfim, não faz e não pode fazer parte do currículo escolar.

É de todo recomendável, pois, que escolas e educadores repensem o assunto hoje.

*Procuradora federal


Artigo publicado no Jornal Zero Hora de 31/10/2009

Educamos para o crack

ARTIGOS

Educamos para o crack, por Jacson Hübner*

Não há jornal, revista, rádio, televisão, ou seja lá qual forma de comunicação, que pelo menos uma vez no dia não fala das consequências do crack, de um filho que foi amarrado pelos pais, de furtos e homicídios que tenham alguma relação com esta droga que nos impressiona diariamente, telespectadores passivos de um tsunami que não era esperado por muitos e muito menos imaginado por tantos.

Pois é, ao mesmo tempo em que essas notícias acontecem, comentaristas, apresentadores, médicos, pais, mães, todos se perguntam o que fazer, mas como lidar, de onde veio. Porquês!!

Várias respostas aparecem, com as mais variadas teorias, e todas muito bem embasadas. O álcool, que serve como grande porta de entrada, disfarçado entre rótulos e um marketing milionário das cervejas, pregando um comportamento pré-requisito para o sucesso, de inserção social, que o jovem em muito se identifica. A maconha, no momento com a polêmica questão da legalização, com opiniões em todos os níveis, em que até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se atreve a dar entrevista em tom de “eu acho que”. Expressão comum em momentos de desespero, quando “todos sabem o que fazer”. E por aí vai.

O interessante é que um velho assunto se mantém quieto, escondido em meio a tantas possibilidades “maiores”, pomposas, em meio a tanta gente importante que do nada passou a ser “expert” em dependência química, digno de discursos em congressos sobre a área. Mas chama atenção o fato de ninguém lembrar que o tempo em que essa droga vem se instalando tem certo nexo com o tempo de estafa em que nossa educação vem cambaleando em meio a salas de aula precárias, péssimas condições de transporte para alunos, resultados estapafúrdios em exames nacionais de aferição, níveis astronômicos de analfabetismo etc. Não consigo me surpreender com o impacto desse alvoroço quando observo que um professor recebe em folha R$ 600, sem qualquer incentivo de atualização em sua área, sem benefícios ou uma carreira digna, sem reciclagens constantes e outras formas de estímulo para produção científica, tão visto em outras áreas.

Em cima disto cabe a pergunta, observando por este ângulo da educação, se o crack é tão surpresa assim, é tão injusto do ponto de vista social, ou pagamos por um problema de que nunca efetivamente reclamamos, dentro de nossa histórica inércia brasileira, na qual nosso maior movimento de revolta se resume a algumas lástimas em frente ao Jornal Nacional. Às vezes, na vida, as soluções não são enxergadas por parecerem simples demais para resolver problemas tão impressionantes.


*Médico psiquiatra

Artigo publicado no Jornal Zero Hora de 31/10/2009

23 de out. de 2009

Jeff Jarvis: ‘A vida está na versão beta’

Jeff Jarvis: ‘A vida está na versão beta’

Postado por Helena Aragao em 23 de outubro, às 17:37 e arquivado em Notícias  |  Comentário (1)
Recebemos do amigo Aloy Jupiara, editor-executivo do jornal Extra, algumas considerações sobre o livro O que a Google faria?, do blogueiro americano Jeff Jarvis. Aquele tipo de comentário que merece ser reproduzido na íntegra, de tão espontâneo e empolgado que foi enviado por email.
"O que a Google faria?", Jeff Jarvis
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Saiu do forno aqui no Brasil um livro excelente, excelente mesmo, o melhor que li este ano (melhor, muito melhor do que o Free, que é quase sempre ótimo): O que a Google faria?, de Jeff Jarvis.
É e não é sobre a (o) Google.
Jarvis é um superblogueiro americano. O que ele fez? Pegou a Google e analisou o que eles fazem, como eles agem, o que a levou a se posicionar como a grande empresa desta década digital. Mas o livro, no fundo, é sobre como mudar a cabeça das pessoas, e como quem não muda morre. O que ele propõe é, para cada dúvida, perguntar: “Afinal, o que a Google faria neste caso?”  Então é muito mais um retrato de uma sociedade extremamente colaborativa, pulverizada, com poder descentralizado, anti-dogmas e de mudanças rápidas.
Jarvis é messiânico (adoro isso, adoro mesmo; ele crê, eu creio). E se derrete pela Google (mas o livro não é uma peça de marketing, não acho; é mais fruto de uma paixão por quem arrisca e muda e não segue o que se achar normal de fazer e faz diferente; ele chama de disruptores).
Mas não elogia apenas: algumas vezes (talvez poucas para o meu gosto) ele mostra quando a Google não fez aquilo que ela diz que faz. Por exemplo, quando entregou dados sobre usuários para governos.
O livro saiu em janeiro nos Estados Unidos, e há pouco aqui no Brasil.
A leitura é fácil, o texto dele é maravilhoso, é como quem conversa numa mesa (blogs têm esse tom de conversa).
Selecionei uns trechos (são coisas em que acredito; as que gosto mais estão grifados):
“Os clientes estão no comando”.
“As pessoas podem se encontrar em qualquer lugar e se unir a favor de você – ou contra”.
“O mercado de massas está morto, substituído pela massa de nichos”.
” ‘Mercados são conversas’, decretou The Cluetrain Manifesto, trabalho seminal sobre a era da internet, em 2000. isso significa que, hoje, a principal habilidade de uma organização não é mais vender, e sim conversar”.
“O controle de produtos ou da distribuição não mais garantirá um produto de alta qualidade e lucro”.
“Permitir que os clientes colaborem com você – na criação, distribuição, marketing e apoio a produtos – é o que gera um produto de alta qualidade no mercado de hoje”.
“Ser proprietário de canais, pessoas, produtos ou até mesmo de propriedade intelectual não é mais a chave para o sucesso, e sim a transparência”.
“Yahoo e aol, ambos ex-reis do pedaço online, já são passado. As duas empresas funcionam de acordo com as regras antigas. elas controlam o conteúdo e a distribuição e pensam que podem ser donas dos cliente, dos relacionamentos e da atenção. Elas criam locais de destino e têm a presunção de achar que os clientes devem ir até elas. Gastam enorme parcela da receita em marketing para fazer essas pessoas chegarem até lá e trabalham ardualmente para mantê-las. Yahoo é a última empresa da velha mídia”.
“A google não se vê como um produto, mas sim como um serviço, uma plataforma, um meio de capacitar pessoas”.
“As empresas devem aprender que terão mais sucesso se cederem o controle para os clientes. dê-nos o controle, nós o usaremos e você vencerá”.
“Seu pior cliente é seu melhor amigo”. (é título de um capítulo que mostra como é importante ouvirmos quem nos critica)
“Faça o que você faz melhor e coloque link para o restante” (outro título de capítulo)
“Os jornais não deviam dedicar recursos às notícias pasteurizadas que já conhecemos”.
“Se um jornal pretende se destacar precisa criar histórias com valor sem igual”.
“Todas elas querem controlar a internet porque é assim que elas veem o mundo. Ouça a retórica do valor corporativo: as empresas possuem clientes, controlam a distribuição,  fazem acordos exclusivos, afastam os concorrentes, mantêm segredos comerciais. A internet explode todos esses pontos de controle. Ela abomina a centralização. ela ama o nível do mar e elimina as barreiras à entrada. Despreza os segredos e recompensa a transparência. Favorece a colaboração em vez da propriedade. Os ex-poderosos se aproximam da internet com medo quando percebem que não podem controlá-la”.
“Há outra grande vantagem na abordagem de rede da glam; o custo. não é necessário contratar um staff caro para criar sua riqueza de conteúdo nem há necessidade de pagar para licenciar esse conteúdo”.
“Empresa de web explosivas…  Não cobram dos usuários o máximo que o mercado suporta. Elas cobram o mínimo possível. È assim que elas maximizam o crescimento e o valor para todos que estão na rede”.
“Extraia o valor mínimo das redes de forma que elas alcancem o tamanho e o valor máximos”.
“A maioria das empresas pensa de modo centralizado e tem feito isso  desde o declínio do catálogo da Sears e do Crepúsculo do mercado de massa. As empresas fazem com que nós, os clientes, vamos a elas. Gastam uma fortuna em marketing para nos atrair. A expectativa é a de que o público responda à sirene da chamada da propaganda e corra para suas lojas, concessionárias, bancas de jornais ou, atualmente, sites. Elas até pensam que queremos ir até elas, que somos atraídos por elas como mariposas em volta das marcas”.
“O Yahoo e vários sites na internet pensam em si mesmos como um fim. O Google vê a si mesmo como um meio”.
“‘Não podemos esperar que os consumidores venham até nós’, disse o presidente da CBS Interactive …’É arrogante uma empresa de mídia presumir isso’”.
“A vida é pública, os negócios também”.
“Você deve se perguntar: sou uma empresa de conhecimento? Uma empresa de dados? Uma empresa de comunidades? Uma plataforma? Uma rede? Onde está o seu valor e onde está a sua renda? Lembre-se que eles podem não estar no mesmo lugar; o dinheiro pode vir de uma porta lateral’.
“E hora de sua crise de identidade”.
“A google tem fé nos dados porque tem fé em nós”. (nós, os clientes)
“A primeira resposta é ouvir antes de falar”.
“Correções não diminuem a credibilidade. correções aumentam a credibilidade”.
“A disposição em estar errado é fundamental para a inovação”.
“A vida está na versão beta”.
“Certamente existem erros aqui, então, por favor, nos ajudem a encontrá-los e consertá-los para melhorar o produto. Diga-nos o que você quer que ele seja”.
“A Google não tem medo de cometer erros que custem dinheiro”.
“…quero administrar uma empresa em que nos movimentamos rápido demais e fazemos muito, e não uma empresa em que tomamos cuidados demais e fazemos pouco”.

Fonte: http://olivreiro.com.br/blog/2009-10-23-jeff-jarvis-a-vida-esta-na-versao-beta

21 de out. de 2009

Ato médico: PL caminha na Câmara, é hora de mobilização

O Ato Médico regulamenta e define as atividades privativas dos médicos.


No dia 7, o Projeto de Lei 7703/06, do Senado, havia sido aprovado também pela Comissão de Educação e Cultura. O PL, que, na avaliação do Conselho Federal de Psicologia, fere a autonomia das demais profissões da área de saúde, tramita em regime de urgência, simultaneamente em quatro comissões. Já foi aprovado também na Comissão de Trabalho e ainda será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois dessa quarta comissão, ele vai para votação em plenário.


O texto aprovado nas comissões mantém os pontos questionados pelo CFP e por outros conselhos da área de saúde. Entre os principais, estão:


- define que apenas médicos poderão realizar procedimento invasivo, colocando em risco normas nacionais e internacionais que caracterizam a acupuntura como prática multidisciplinar;


- determina que apenas médicos poderão ocupar cargos de chefia de serviços médicos, sem definir o significado de serviços médicos, o que poderá ter consequencias sobre diversos serviços de saúde realizados por equipes multiprofissionais;


- ao definir que o diagnóstico nosológico é prática privativa médica, o PL coloca em risco a possibilidade de elaboração de diagnóstico por outros profissionais da saúde em relação a campos comuns de atuação, como por exemplo a psicopatologia no caso dos psicólogos.


Se você também não concorda com o PL do Ato Médito, contribua! Participe! Envie esta mensagem a todos os deputados solicitando a não aprovação do PL do Ato Médico!


Saiba mais:
A prática multidisciplinar da Acupuntura seria afetada pela definição como exclusiva dos médicos a idicação e execução de procedimentos invasivos. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura (Sobrapa), Delvo Ferraz da Silva, “há consenso nos organismos de saúde nacionais e internacionais de que a acupuntura é uma prática multidisciplinar”. Para a Sobrapa, o PL do Ato Médico contraria definições do Ministério da Saúde, que concorda com a multidisciplinaridade de prática em sua Portaria 971 e prevê o psicólogo acupunturista no Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Também no Ministério do Trabalho o médico, fisioterapeuta ou psicólogo acupunturista, por exemplo, já são reconhecidos, em consonância com perspectivas das Nações Unidas e mesmo do poder judiciário, que proferiu decisão favorável ao Conselho Federal de Psicologia em questionamento do Conselho de Medicina sobre regulamentação da prática do psicólogo acupunturista realizada pelo CFP.


De acordo com a conselheira do CFP Anice Holanda, ao postular que os cargos de chefia de serviços médicos são privativos destes profissionais, o PL não especifica que é serviço médico, o que poderá levar a que todos os serviços multiprofissionais de saúde sejam considerados serviços médicos e, consequentemente, só possam ser por eles chefiados, em detrimento das outras profissões de saúde que atuam conjuntamente em tais serviços. “A ausência de definição favorece as interpretações erradas”, avalia Holanda.


Em relação à prescrição terapêutica, o PL define como privativo do médico o diagnóstico de doenças, sendo um dos critérios possíveis de se utilizar a existência de alterações psicopatológicas. Em artigo posterior, o PL define que “não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva”. Apesar dessa ressalva, o entendimento do CFP é de o PL afeta a atuação dos psicólogos, pois, nas áreas de interseção entre a ação do médico e do psicólogo, como por exemplo nas psicopatologias , a atividade será restrita aos médicos.


Confira o texto que será enviado aos parlamentares:


Ato médico fere a autonomia das demais profissões da área de saúde


Na opinião dos psicólogos brasileiros, o Projeto de Lei do Ato Médico (7703/06, do Senado), que regulamenta e define as atividades privativas dos médicos, fere a autonomia das demais profissões da área de saúde em alguns de seus artigos.


O Conselho Federal de Psicologia alerta para a necessidade de corrigir o projeto para que estes problemas não afetem a vida de milhares de profissionais de saúde, os direitos dos usuários e os princípios historicamente garantidos pelo SUS, no que se refere à atenção integral e multiprofissional à saúde.


O texto que tramita em regime de urgência mantém os pontos questionados pelo Conselho Federal de Psicologia e por outros conselhos da área de saúde. Entre os principais, estão:


- define que apenas médicos poderão realizar procedimento invasivo, colocando em risco normas nacionais e internacionais que caracterizam a acupuntura como prática multidisciplinar;


- determina que apenas médicos poderão ocupar cargos de chefia de serviços médicos, sem definir o significado de serviços médicos, o que poderá ter consequencias sobre diversos serviços de saúde realizados por equipes multiprofissionais;


- ao definir que o diagnóstico nosológico é prática privativa médica, o PL coloca em risco a possibilidade de elaboração de diagnóstico por outros profissionais da saúde em relação a campos comuns de atuação, como por exemplo a psicopatologia no caso dos psicólogos.


A Psicologia conta com sua colaboração!


FONTE: POL


Disponível em: http://canalpsirevista.blogspot.com/2009/10/ato-medico-pl-caminha-na-camara-e-hora.html

20 de out. de 2009

Amigos (Max Gehringer)

Existem cinco estágios em uma carreira.
O primeiro estágio é aquele em que um funcionário precisa usar crachá, porque quase ninguém na empresa sabe o nome dele.
 No segundo estágio, o funcionário começa a ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha. Por exemplo, Heitor de contas a pagar.
 No terceiro estágio, o funcionário passa a ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome. Heitor do banco tal.
 No quarto estágio, é acrescentado um título hierárquico ao nome dele: Heitor, diretor do banco tal.
 Finalmente, no quinto estágio, vem a distinção definitiva. Pessoas que mal conhecem o Heitor passam a se referir a ele como "o meu amigo Heitor, diretor do banco tal".
 Esse é o momento em que uma pessoa se torna, mesmo contra sua vontade, em "amigo profissional".
 Existem algumas diferenças entre um amigo que é amigo e um amigo profissional.
Amigos que são amigos trocam sentimentos.
Amigos profissionais trocam cartões de visita.
Uma amizade dura para sempre.
Uma amizade profissional é uma relação de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.
Amigos de verdade perguntam se podem ajudar.
Amigos profissionais solicitam favores.
Amigos de verdade estão no coração.
Amigos profissionais estão em uma planilha.
 É bom ter uma penca de amigos profissionais.
É isso que, hoje, chamamos networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional. Mas é bom não confundir uma coisa com a outra. 

Amigos profissionais são necessários.
Amigos de verdade, indispensáveis.
 Algum dia, (e esse dia chega rápido), os únicos amigos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos quando amizade 
era coisa de amadores. 






Feliz Aníver Pri!!!!


Que o caminho venha ao teu encontro.
Que o vento sempre sopre às tuas costas e a chuva caia suavemente sobre teus campos.
E até que voltemos a nos encontrar, que Deus te sustente suavemente na palma de sua mão. Que vivas o tempo que quiseres e sempre possas viver plenamente.
Lembra sempre de esquecer as coisas que te entristeceram, porém nunca esqueças de lembrar aquelas que te alegraram.
Lembra sempre de esquecer os problemas que já passaram, porém nunca esqueças de lembrar as bênçãos de cada dia.
Que o dia mais triste de teu futuro não seja pior que o dia mais feliz do teu passado.
Que o teto nunca caia sobre ti e que os amigos reunidos debaixo dele nunca partam.
Que sempre tenhas palavras cálidas em um anoitecer frio, uma lua cheia em uma noite escura, e que o caminho sempre se abra à tua porta.
Que vivas cem anos, com um ano extra para arrepender-te.
Que o senhor te guarde em sua mão, e não aperte muito seus dedos.
Que teus vizinhos te respeitem, os problemas te abandonem, os anjos te protejam e o céu te acolha.
E que a sorte das colinas celtas te abrace.
Que as benções de São Patrício te contemplem.
Que teus bolsos estejam pesados e teu coração leve.
Que a boa sorte te persiga, e a cada dia e cada noite tenhas muros contra o vento, um teto para a chuva, bebidas junto ao fogo, risadas que consolem aqueles a quem amas, e que teu coração se preencha com tudo o que desejas.
Que deus esteja contigo e te abençoe que vejas os filhos de teus filhos, que o infortúnio te seja breve e te deixe rico de bênçãos.
Que não conheças nada além da felicidade, deste dia diante.
Que deus te conceda muitos anos de vida;
Com certeza ele sabe que a terra não tem anjos suficientes...

... E assim seja a cada ano, para sempre!


18 de out. de 2009

Em memória ao vô --> Quando

Quando você se separou de mim
Quase que a minha vida teve fim
Sofri, chorei, tanto que nem sei
Tudo o que chorei por você, por você
Quando você se separou de mim
Eu pensei que ia até morrer
Depois lutei tanto pra esquecer
Tudo o que passei com você, com você, com você

E mesmo assim ainda eu não vou
Dizer que já te esqueci
Se alguém vier me perguntar
Nem mesmo sei o que vou falar

Eu posso até dizer
Ninguém te amou o tanto quanto eu te amei
Mas você não mereceu
O amor que eu te dei

Quando você se separou de mim
Quase que a minha vida teve fim
Agora eu nem quero lembrar
Que um dia eu te amei e sofri e chorei
Eu te amei e chorei

E mesmo assim ainda eu não vou
Dizer que já te esqueci
Se alguém vier me perguntar
Nem mesmo sei o que vou falar

Eu posso até dizer
Ninguém te amou o tanto quanto eu te amei
Mas você não mereceu
O amor que eu te dei

Quando você se separou de mim
Quase que a minha vida teve fim
Agora eu nem quero lembrar
Que um dia eu te amei e sofri e chorei

Por você eu chorei

Por você eu chorei

Eu sofri...

16 de out. de 2009

PÉ DE PERA



 
Um homem tinha quatro filhos.
Ele queria que seus filhos aprendessem a não ter pressa quando fizessem seus julgamentos.
Por isso, convidou cada um deles para fazer uma viagem e observar uma pereira plantada num local distante.
O primeiro filho chegou lá no INVERNO, o segundo na PRIMAVERA, o terceiro, no VERÃO e o quarto, o caçula, no OUTONO.
O primeiro filho chegou lá no INVERNO, o segundo na PRIMAVERA, o terceiro, no VERÃO e o quarto, o caçula, no OUTONO.
Quando eles retornaram, o pai os reuniu e pediu que contassem o que tinham visto.
O primeiro chegou lá no INVERNO.
Disse que a árvore era feia e acrescentou:
“- Além de feia, ela é seca e retorcida!”
O segundo chegou lá na PRIMAVERA.
Disse que aquilo não era verdade.
Contou que encontrou uma árvore cheia de botões, e carregada de promessas.
O terceiro chegou no VERÃO.
Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto.
O último filho chegou no OUTONO.
Ele disse
que a árvore estava carregada e arqueada cheia de frutas, vida e promessas...
O pai então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore...
Ele disse que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação.
A essência do que se é, (como o prazer, a alegria e o amor que vem da vida) só pode ser constatada no final de tudo, exatamente como no momento em que todas as estações do ano se completam!
Se alguém desistir no INVERNO,perderá as promessas da PRIMAVERA,a beleza do VERÃO e a expectativa do OUTONO.
Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras.
Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.
Persevere através dos caminhos difíceis e melhores tempos certamente virão, de uma hora para a outra!!!


15 de out. de 2009

Essa Moda Vai Pegar: Evite Sacolas Plásticas

Você imagina o que acontece com as sacolas plásticas que pegamos nos supermercados para acondicionar nossas compras, quando as jogamos no lixo?
Algumas vão direto para aterros sanitários, onde levam mais de 300 anos para decompor. Outras, jogadas nas ruas, entopem bueiros e provocam enchentes nas áreas urbanas. Outra parte, ainda, é ingerida por milhares de espécies animais – em terra ou no mar – provocando-lhes asfixia e morte. As estimativas são de que, todos os anos, a ingestão de plásticos causa a morte de cerca de um milhão de aves marinhas, cem mil mamíferos e inumeráveis peixes.
O consumo de sacos plásticos no mundo atinge números assustadores: 500 bilhões por ano, isto quer dizer 1,5 bilhão por dia ou 1 milhão de sacos plásticos por minuto. Imagine essa quantidade vagando pelo planeta. Os dados são da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, que afirma ainda que no Brasil são produzidos anualmente 210 mil toneladas de filme plástico, com o qual são fabricadas as sacolas. As estimativas revelam que os brasileiros jogam fora, todos os meses, um bilhão delas, o que dá uma média de 66 unidades para cada consumidor.
Alguns supermercados, atentos às tendências comportamentais dos consumidores, já estão oferecendo/vendendo as sacolas retornáveis, estimulando o consumo consciente.
E você, vai ficar aí parado?
Dia 15 de Outubro é o Blog Action Day, dia em que blogueiros de todo o mundo se juntam para mobilizar a sociedade em prol de uma causa. Esse ano, as mudanças climáticas.
A partir da iniciativa do Thiago, do Minas Ambiente, Dilze, do Coisas de Sampa e do Diêgo, do E esse tal Meio Ambiente?, nessa data um desafio é proposto: um dia sem sacola plástica. E aí? Vai ficar aí parado? Junte-se a nós. Mobilize. Faça parte desta ação.

Não vamos deixar que o plástico sufoque o Planeta.
Recuse sacolas de plástico. Use sacolas de pano.





Disponível em --> http://coisasdesp.blogspot.com/

13 de out. de 2009

Começo, Meio E Fim [Roupa Nova]



A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa entender que um amor de verdade
É feito canção, qualquer coisa assim
Que tem seu começo, seu meio e seu fim
A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo
É como tocar o mesmo violão
E nele compor uma nova canção
Que fale de amor
Que faça chorar
Que toque mais forte esse meu coração

Ah! Coração
Se apronta pra recomeçar
Ah! Coração
Esquece esse medo de amar
De novo



 (Tavito - Ney Azambuja - Paulo Sérgio Valle)

1965 (duas Tribos)

Vou passar
Quero ver
Volta aqui
Vem você
Como foi
Nem sentiu
Se era falso
Ou fevereiro
Temos paz
Temos tempo
Chegou a hora
E agora é aqui.
Cortaram meus braços
Cortaram minhas mãos
Cortaram minhas pernas
Num dia de verão
Num dia de verão
Num dia de verão
Podia ser meu pai
Podia ser meu irmão
Não se esqueça
Temos sorte
E agora é aqui
Quando querem transformar
Dignidade em doença
Quando querem transformar
Inteligência em traição
Quando querem transformar
Estupidez em recompensa
Quando querem transformar
Esperança em maldição:
É o bem contra o mal
E você de que lado está?
Estou do lado do bem
E você de que lado está?
Estou do lado do bem.
Com a luz e com os anjos
Mataram um menino
Tinha arma de verdade
Tinha arma nenhuma
Tinha arma de brinquedo
Eu tenho autorama
Eu tenho Hanna-Barbera
Eu tenho pêra, uva e maçã
Eu tenho Guanabara
E modelos revell
O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país
Em toda e qualquer situação
Eu quero tudo pra cima
Pra cima


(Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá)



12 de out. de 2009

I Hope I Think I Know [Oasis]



Eu espero, eu acho, eu sei



They're trying hard to put me in my place
Estão se esforçando para me por no lugar
And that is why I gotta keep running
E é por isso que tenho que continuar correndo
The future's mine and its no disgrace
O futuro é meu e não é desgraça
Cos in the end the past means nothing
Porque no fim o passado não significa nada
You tell me I'm free then you tie me down
Você diz que estou livre e depois me acorrenta
And from my chains I think it's a pity
E aqui das minhas correntes eu acho que é uma pena
What did it cost you to wear my crown
O que te custou usar minha coroa?
You don't like it so why don't you admit it
Você não gosta de mim, porque não admite?
D'you feel a little down today?
Eu me senti um pouco mal hoje
Bet you ain't got much to say?
E eu não tenho muito a dizer
You're gonna miss me when I'm not there
Você vai sentir minha falta quando eu não estiver lá
And you know I don't care, you know I don't care
Você sabe que eu não ligo, você sabe que eu não ligo
As we beg and steal and borrow
Enquanto imploramos e roubamos e pegamos emprestado
Life is hit and miss and this
A vida é acertada e errada, e isto
I Hope, I Think, I Know
Eu espero, eu acho, eu sei
And if I ever hear the names you call
E se eu ouvir os nomes que você chama
If I stumble catch me when I fall
Se eu tropeçar, pegue-me quando eu cair
Cos baby after all, you'll never forget my name
Porque depois de tudo, você nunca esquecerá meu nome  





11 de out. de 2009

Divã

Assisti o filme "Divã"... E selecionei algumas frases excelentes:


…Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.
Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Telvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”



- AQUELE CASAL QUE A GENTE FOI, NUNCA DEIXARÁ DE EXISTIR.


- ….Vida é falta de definição. É transitória mesmo.

- A gente fica a vida inteira procurando a outra metade da laranja!!! Não seria mais fácil se nós fossemos uma laranja inteira?!


- Medo de não dizer aquilo que é essencial porque o essencial a gente nunca diz.


- A gente procura um analista em busca de definições. E depois de quase 3 anos juntos você descobre, que não há definição. Vida é falta de definição. É transitória mesmo. Agora eu entendi. Não tem a portinha certa. Não tem o mapa da mina. O mapa muda toda hora. A mina pode explodir a qualquer hora e qualquer lugar. Não é assim? Acho que eu vou te dar alta! Porque eu nunca vou estar pronta. Tudo que eu preciso é conviver bem com meu desalinho, com minha inconstância e com as surpresas que a vida traz. Ah, por falar em surpresas, estou adorando os quadros que estou fazendo. Tá sendo uma terapia pra mim. De resto Lopes, a vida continua. O sol continua manchando a minha pele, meus filhos continuam me dando trabalho. Mel Gibson? Continua firme e forte na minha imaginação. Tá rindo? É sinal que a minha vida tem graça. Porque agora eu sei, se eu tive problema um dia, não foi por falta de felicidade, não foi mesmo!

- A gente só transformou uma vida chata em duas divertidas.


-Preciso saber se eu sou uma pessoa desejável, ou então se provoco encantamento gratuito.

- Todo amor vira amizade, desejar mais do que isso é imaturidade.


- O fim nunca é bom, se fosse bom seria o começo.





Martha Medeiros em Divã

7 de out. de 2009

Olha eu aí!!!! hehehehe


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Para que serve um relacionamento (Drauzio Varela)

Algumas pessoas mantêm relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa; à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

[Para ver a imagem em tamanho maior, é só clicar sobre ela....]




Estar Sozinho....

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio.

As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos e ncontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre os opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente. Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também sente u ma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem. O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.

Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem juntos.

Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gêmea e , na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontra das dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há aconchego o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo...
"A PIOR SOLIDÃO É AQUELA QUE SE SENTE QUANDO ACOMPANHADO"



Flávio Gilkovate



6 de out. de 2009

O Caminho da Vida



O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)
Charles Chaplin

Nenhum de Nós!!!

Sábado (03/10/2009) fui no show da banda que mais amo, novamente! Em Aratiba-RS.
Graças a meu maninho querido que veio de casa para me levar!!!
Primeira vez que ele viu o show e adorou! Acho que o NDN conquistou mais um admirador assíduo para seus shows...
Se depender da irmã... =D
Suspeita para falar, né?
Foi o 7º show! Mas dessa vez não consegui a primeira fila... hehehe Primeira vez que não, no caso!
Cheguei na segunda música!!! Show lotado, nem querendo demais conseguiria! (E olha que eu queriaaaa!)
É sempre muito bom reencontrá-los!!!
O show estava um espetáculo, como sempre é!!!
É incrível como os anos passam, o momento de vida muda, mas as músicas do Nenhum continuam despertando tantas emoções em mim!!!
E cada show é único por isso! 

São novas emoções, novas sensações, novas descobertas, novas associações.....
Fico ouvindo as músicas e divagando........
São as mesmas músicas que ouço todos os dias em casa, mas a energia durante o show é tão intensa, que mobiliza sempre algo diferente, impensado! Como disse para um deles domingo: "Senti uns 5 tipos de arrepios quando cheguei aqui e revi vocês!"...
Cantar a plenos pulmões as músicas que amo, que marcaram minha vida, que têm um significado especial para mim, NÃO TEM PREÇO!!!
E depois poder dizer isso para eles, nem tem explicação!
Já me sinto VIP... Primeira a entrar...Conversar, tirar as fotos... Abraçar muito! Matar um pouquinho da saudade....
6º encontro com eles no camarim, mesmo mantendo contato com alguns, fico que nem boba... Sem saber direito o que fazer na hora, sem ação... [Rimos juntos disso lá!!! hahaha Adooorooo!!!]
É... Amor platônicoooo? Sim, pode ser...
Ainda não aprendi lidar com essa situação...
Nem sei se quero, pensando agora...
Acho que é mais emocionante mesmo essa sensação do imprevisto, de não saber como agir...
Conhecer um pouquinho mais de cada um, ser paparicada, paparicar.... hehehe
É... É bom demais!
Mais um que entra para a minha "história real"...
E como diz a música do cd novo: Queria que o tempo não existisse só pra ter você's aquiiiii!!!!!
Agora... É ficar esperando o próximo show....
E revendo as fotos... E ouvindo as músicas... E escrevendo para dar vasão à saudade....


**Estevão Camargo! Um fofo!!! Queridíssimo desde cedo! Meu fotógrafo oficial, informante... =D ♥ **



** ♥ Carlão! --> É lindo ver ele cantando apaixonadamente as músicas durante o show! Admiro pra caramba!!! ♥ **



**Cléber --> Meu segurança favorito!!! Pessoa mais que especial!! ♥ **



**João Vicenti - Seeempre atencioso!!! ♥ AMADO**



**Thedy! --> Me enociona, me deixa arrepiada, deslumbrada ainda mais a cada apresentação! ♥ **



**O Veco é inexplicável! Uma figura! Adoorooo! ♥ **






4 de out. de 2009


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"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Luther King)


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Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente apenas um impulso que a conduz para esta ou aquela direção.
Mas o céu sabe os motivos e os desenhos por trás
de todas as nuvens. E você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes.

Richard Bach

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Regina Spektor - The Call

Começou como um sentimento
Que cresceu e se tornou uma esperança
Que se transformou num pensamento silencioso
Que se transformou numa palavra silenciosa

E então essa palavra cresceu alto e mais alto
logo tudo virou lágrimas
Eu voltarei
Quando você me chamar
Não há necessidade de dizer adeus

Só porque tudo está mudando
Não significa que nunca tenha sido assim antes
Tudo o que você pode fazer é tentar saber quem são seus amigos
Enquanto vai para a guerra

Escolha uma estrela no horizonte escuro
E siga a luz
Você voltará quando acabar
Não há necessidade de dizer adeus

Você voltará quando acabar
Não há necessidade de dizer adeus

Agora estamos de volta ao começo
É só um sentimento e ninguém conhece ainda
Mas só porque eles não podem sentir também
Não significa que você tem que esquecer

Deixe as suas memórias crescerem fortes e mais fortes
Até que estejam na frente dos seus olhos
Você voltará
Quando eles te chamarem
Não há necessidade de dizer adeus

Você voltará
Quando eles te chamarem
Não há necessidade de dizer adeus

***Música do finalzinho do filme das Crônicas de Nárnia - Príncipe Cáspian***

2 de out. de 2009

Fórum do Conhecimento...

Oi pessoal que acompanha o blog!
Hoje escrevo para compartilhar alguns comentários sobre o Fórum do Conhecimento que aconteceu na URI nessa semana. 
Foi muito pertinente fazer o fórum nesse momento do curso, em que faço o estágio profissionalizante em Psicologia Escolar.

O Fórum, sinteticamente falando, foi muuuito interessante. Compartilharam seus conhecimentos, suas experiências, pessoas de renome nacional, como por exemplo o Wanderley Codo (Mais informações sobre ele aqui:http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787432P0), da UNB, (que estudamos em Psicologia do Trabalho e das Organizações) que falou a respeito de "Educação, Carinho e Trabalho: a síndrome da desistência do educador" e o Paulo Roberto Padilha, do Instituto Paulo Freire (Mais informações sobre ele aqui:http://www.rizoma3.ufsc.br/fr/show.php?id=135), que falou sobre a "Escola Cidadã"
Participei ainda de um Minicurso com o Nei Alberto Pies e a Márcia Carbonari, que fazem parte da Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo-RS, sobre "Educação em Direitos Humanos: por que e para quê?" e assisti à mesa redonda "O Trabalho Educativo: entre o medo e a ousadia." com o Dr. Ignácio Neutzling (da UFRGS), o  Dr. Alex Branco Fraga (da UNISINOS) e a representante da CNTE (Confederação dos Trabalhadores em Educação) Selene Rodrigues.

Na conferência de encerramento o que mobilizou mais a plateia, foram algumas paródias trazidas pelo Dr. Paulo R. Padilha. E são elas que compartilho com vocês! 
São paródias de músicas conhecidas por todos nós, feitas pelo Dr. Paulo Roberto Padilha e que tem relação direta com vivências nossas nas escolas. Elas estão no livro “Educar em todos os cantos-reflexões e canções por uma educação intertranscultural”, editora Cortez.
Segue abaixo algumas que destaco. Abraço a todos e agradeço por estarem aqui lendo isso, que é mais um relato/registro para mim mesma...



EU SEI QUE SOU GOSTAR
Paródia de: EU SEI QUE VOU DE AMAR (Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
EU SEI QUE VOU FALAR
POR TODA A MINHA PALESTRA EU VOU CANTAR
E SE HOUVER COCHILO VOU TE ACORDAR
DELIBERADAMENTE EU SEI VOU TE ACORDAR
VEM CÁ, MAIS PERTO, VEM, VEM CÁ
PRÁ EU TE VER
QUE EU SEI QUE TEM LUGAR
VEM PRÁ PRIMEIRA FILA
EU SEI QUE VOU GOSTAR
A CADA AUDIÊNCIA TUA
EU VOU GOSTAR
E EM TODOS OS CANTOS
VAMOS NOS EDUCAR
PORQUE A PRESENÇA TUA
É MAIS QUE UM SHOW
EU SEI QUE VOU TE VER
MEXER O CORPO TODO
E SE ENVOLVER SEM ESPERA
ENSINAR E APRENDER...
POIS ESSA É A NOSSA VIDA


A ESCOLA
Paródia de: A Casa, de Vinícius de Moraes
ERA UMA ESCOLA MUITO MALVADA
NÃO TINHA AFETO NÃO TINHA NADA
NINGUÉM QUERIA
ENTRAR NELA NÃO
SÓ SE FALAVA EM REPROVAÇÃO
NINGUÉM PODIA FALAR SEM MEDO
PORQUE O “CLIMA” ERA AZEDO
NINGUÉM PODIA CORRER, SORRIR
FELICIDADE NÃO TINHA ALI
MAS ESSA ESCOLA
MUDAR EU QUERO (bis)
ESQUECER O TEMPO DA NOTA ZERO

BATENDO NA MESA
(PARÓDIA DE “MALUCO BELEZA de Raul Seixas)
ENQUANTO VOCÊ SE ESFORÇA PRÁ SER
UM ALUNO INFERNAL E APRENDER MUITO MAL
EU ESTRESSADO SEM TEMPO
E JÁ ROUCO, UM DOCENTE “LEGAL”
NA FISSURA TOTAL
CONTROLANDO MINHA MALUQUEZ E A VONTADE DE MATAR UNS TRÊS
VOU GRITAR, GRITAR COM CERTEZA SUBINDO NA MESA
EU VOU GRITAR, GRITAR COM CERTEZA BATENDO NA MESA
E ESSE CAMINHO EU NEM ESCOLHI
FUI PARAR POR AQUI 

MAS JÁ QUERO FUGIR
CONTROLANDO MINHA MALUQUEZ E A VONTADE DE MATAR UNS TRÊS
VOU GRITAR GRITAR COM CERTEZA SUBINDO NA MESA
EU VOU GRITAR (4 X) GRITAR COM CERTEZA BATENDO NA MESA
EU VOU GRITAR...


FALTOZINHO
(Paródia de: Sozinho, de Peninha)
ÁS VEZES NESTAS AULAS DA NOITE
EU FICO ANALISANDO DEMAIS
EU FICO AQUI SONHANDO ACORDADO
JUNTANDO A ÉTICA E OS VALORES MORAIS
POR QUE VOCÊ É JUSTO OU INJUSTO?
POR QUE É A FAVOR OU CONTRA, ASSIM...
TÔ TE DIZENDO: PENSE UM POUQUINHO
NÃO SOU NEM QUERO SER O SEU DONO
É QUE PENSAR BASTANTE CAI BEM
EU SEI QUE NA ESCOLA A “COLA” SECRETA
NÃO ENSINA QUASE NADA A NINGUÉM
POR QUE VOCÊ APARECE E SOME?
POR QUE VOCÊ MAIS FALTA QUE VEM?
E SE ELA DE REPENTE “TE GANHA”?
QUANDO A GENTE COLA, É CLARO QUE A GENTE PASSA
FALA QUE APRENDEU SÓ QUE É DA BOCA PRÁ FORA
OU VOCÊ ENGANA OU NÃO ESTÁ MADURO
ONDE ESTÁ VOCÊ AGORA?
QUANDO A GENTE ESTUDA, É CLARO A GENTE APRENDE
UNE O ÚTIL AO AGRADÁVEL TAMBÉM NA ESCOLA
OU VOCÊ ENGANA OU NÃO ESTÁ MADURO...
FICA, VÊ SE NÃO VAI EMBORA!


PLANEJANDO SEMPRE
(Paródia da Música TOCANDO EM FRENTE – De Almir Sater e Renato Teixeira)
ANDO A PLANEJAR PORQUE JÁ ERREI À BESSA
BUSCO MAIS JUÍZO PORQUE IMPROVISEI DEMAIS
HOJE ME SINTO COM SORTE
APRENDIZ QUE SABE
SÓ LEVO A CERTEZA DE QUE EU POUCO PLANEJEI E EU JÁ MUDEI
PROJETAR OS PASSOS, O AMANHÃ
CONSTRUIR A ESCOLA QUE É CIDADÃ
É PRECISO CHÃO PRÁ PODER SONHAR
É PRECISO MÃOS PRÁ PODER UNIR
É PRECISO LUTA PRÁ CONSEGUIR
PENSO QUE MUDAR A ESCOLA É SEMEAR SEMENTES
ENCONTRAR PESSOAS CONVIVENDO SEMPRE
COMO O MESTRE PAULO FREIRE
EDUCANDO A CIDADE
EU VOU COM AUTONOMIA E COM LIBERDADE EU VOU
CIDADE EU SOU
PROJETAR OS PASSOS, O AMANHÃ
CONSTRUIR A ESCOLA QUE É CIDADÃ
É PRECISO CHÃO PRÁ PODER SONHAR
É PRECISO MÃOS PRÁ PODER UNIR
É PRECISO LUTA PRÁ CONSEGUIR
ANDO A PLANEJAR PORQUE JÁ ERREI À BESSA
BUSCO MAIS JUÍZO PORQUE IMPROVISEI DEMAIS
CADA UM DE NÓS COMPÕE A SUA TRAJETÓRIA
CADA SER EM SI REVELA O BOM DE SE EDUCAR E DECIDIR


UM POUCO MAIS DE CORAGEM 
(Paródia de: Malandragem, de Cássia Eller)
QUEM SABE NÃO CONSIGO UMAS “AULINHAS”
SAINDO COM O DIPLOMA DA ESCOLA
NA MINHA
CANSADA DE FICAR PRESA NO QUARTO COM TANTOS LIVROS E AOS PRANTOS
VOU FINALMENTE ME FORMAR
É QUE ESTE CURSO SE TORNOU UM “SACO”
COMO UMA PEDRA NO SAPATO
QUEM SABE AGORA ME LIVRAR?
EU SÓ PEÇO A DEUS UM POUCO MAIS DE CORAGEM
POIS SEM FINANÇAS NÃO PAGO A MENSALIDADE
ESTOU CARECA DE TANTO ESTUDAR
DESEMPREGADA QUERO TRABALHAR
DUREZA É SAIR DA UNIVERSIDADE
E EU AINDA TENHO O SEMESTRE INTEIRO
EU FUJO DAS AULAS, EU PENDURO CHEQUES
PEGO CARONA SEM PARAR
JÁ VENDI MEU CARRO, SÓ COMO OMELETE
NÃO TENHO “GRANA” NEM PRÁ XEROCAR XEROCAR...
EU SÓ PEÇO A DEUS UM POUCO MAIS DE CORAGEM
POIS SEM FINANÇAS
NÃO PAGO A MENSALIDADE
ESTOU CARECA DE TANTO ESTUDAR
DESEMPREGADA
QUERO TRABALHAR
QUEM SABE NÃO CONSIGO
UMAS AULINHAS

URI abre V Fórum do Conhecimento


 
















:: Professor Wanderlei Codo: “Trabalho tem que gerar prazer e não dor e sofrimento”

A solução das constantes crises vividas pelo setor educacional brasileiro depende única e exclusivamente do próprio professor. A opinião foi manifestada pelo psicólogo e pesquisador do trabalho educacional, Wanderlei Codo, da Universidade de Brasília, que abriu o V Fórum do Conhecimento da URI-Campus de Erechim na última terça-feira, 29, no Salão de Atos da Universidade. “Nós fazemos o trabalho mais perfeito que existe, que é transformar o seu semelhante, e chegamos a pagar para trabalhar, comprando coisas para a escola e até para o próprio aluno, mesmo ganhando mal”, disse o conferencista.
        Wanderlei Codo afirmou que a escola, extremamente burocratizada, que sofre da falta de planejamento em todos os níveis, é que tem contribuído para a crise no ensino. “Esse quadro é que tem levado a um desgaste emocional muito grande do professor que enfrenta um ambiente de pobreza, miséria e violência, provocando um processo de exaustão, queixas e até histeria”. No entanto, ressaltou Codo, “é preciso continuar estabelecendo um vínculo com o aluno, com a família e com a sociedade. Só assim, com as escolas abertas permanentemente, poderemos superar essa crise sem fim que leva 35% dos professores à despersonalização, à exaustão e ao baixo comprometimento”.
        O Coordenador Geral do Fórum, professor Paulo José Sá Bittencourt, ao falar em nome dos Cursos que participam do Evento, ressaltou, também, que a educação é um dos maiores problemas do Brasil. “Não restam dúvidas de que a luta contra a condenação ao obscurantismo, possivelmente a mais nobre das batalhas, é um caminho difícil de ser trilhado e duro de ser transposto. É preciso, contudo, não nos desesperarmos, pois o verdadeiro cavalheiro, proclamava Confúcio, aceita um cargo para cumprir seu dever, mesmo sabendo o tempo todo que colocar o caminho da verdade em prática é uma causa perdida”.
        O Diretor Geral da URI-Campus de Erechim, professor Luiz Mario Spinelli, ao saudar os participantes do Fórum, ressaltou, por sua vez, que “é fundamental vivermos momentos como esse, pois eles comprovam a importância da nossa participação no desenvolvimento da educação regional. Tenho certeza que cada um dos que estão aqui estão realmente comprometidos com essa missão, assim como vem ocorrendo com a URI-Campus de Erechim, desde o seu surgimento”.
        O V Fórum do Conhecimento é uma iniciativa dos Departamentos de Ciências Exatas e da Terra, Ciências da Saúde, Ciências Humanas e de Linguística, Letras e Artes. A realização é dos Cursos de Educação Física, Geografia, História, Matemática, Pedagogia e Psicologia. O Evento tem como tema “o trabalho educativo: entre o medo e a ousadia”. Professores e Acadêmicos lotaram o Salão de Atos da URI - Campus de Erechim