31 de dez. de 2010

Para encerrar 2010...


Eu espero que você nunca perca seu senso de maravilha,
Que você coma o suficiente mas sempre mantenha essa fome,
Que você nunca apenas respire,
Deus proíba qualquer amor que deixe você vazio,
Eu espero que você ainda se sinta pequeno quando você parar do lado do oceano,
Quando uma porta fechar eu espero que mais uma se abra,
Me prometa que você dará ao destino uma chance de lutar
E quando você tiver que escolher entre sentar ou dançar

Eu espero que você dance.... eu espero que você dance.

Eu espero que você nunca tema aquelas montanhas ao longe,
Nunca amenize para a estrada ao mínimo de resistência
Viver significa arriscar-se, mas vale a pena se arriscar por ela,
Amar pode ser um erro, mas vale fazê-lo,
Não deixe nenhum coração infernal maluco deixar você amargo,
Quando você estiver perto de trair, pense melhor,
Dê aos céus lá em cima mais do que apenas uma rápida olhada,
E quando você tiver que escolher entre sentar ou dançar.

Eu espero que você dance.... eu espero que você dance.
Eu espero que você dance.... eu espero que você dance.
(O tempo é uma roda em movimento constante sempre nos levando junto,
Me conte quem quer olha para trás nos seus anos e imaginar para onde esses anos se foram.)

Eu espero que você ainda se sinta pequeno quando você parar do lado do oceano,
Quando uma porta fechar eu espero que mais uma se abra,
Me prometa que você dará ao destino uma chance de lutar
E quando você tiver que escolher entre sentar ou dançar

Dance... eu espero que você dance.
Eu espero que você dance.... eu espero que você dance.
Eu espero que você dance.... eu espero que você dance.
(O tempo é uma roda em movimento constante sempre nos levando junto,
Me conte quem quer olha para trás nos seus anos e imaginar para onde esses anos se foram.)

Dica do Dia #66

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, 
mas na intensidade com que acontecem. 
Por isso existem momentos inesquecíveis, 
 coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Fernando Sabino

30 de dez. de 2010

Dica do Dia #65

Às vezes o coração vê o que é invisível para os olhos.

H. Jackson Brown Jr

Convite à Alma [Helena Beatriz Pacitti]


''Pois que cada homem é filósofo do seu tempo." Nélida Piñon

"Eu digo: calma, alma minha, calminha, você tem muito que aprender." Zeca Baleiro

Hoje quero fazer um convite a minha alma. Convido-a a ser minha parceira no ofício da leveza. Deixar de ser uma alma queixosa e indolente. Uma alma que deixou de se aquietar com porção do dia e que nunca parece estar satisfeita.
Alma, você está faminta de quê, afinal? Você está sempre indócil pensando no “se”, nas preocupações que talvez jamais aconteçam, no amanhã que ainda não chegou, em um passado permeado de mágoas.
Quero convidá-la a ser minha parceira em viver o presente de forma plena, minuto a minuto. Porque só cada dia vencido nos habilita a viver o próximo.
Alma minha, o que você tem na sua bagagem que se tornou tão grande e pesado? Vamos fazer um balanço sincero do que existe nas malas e bolsas dessa viagem que juntas fazemos há tanto tempo. Por que não se desfazer de papéis velhos e notinhas acumuladas sem importância, já desbotados e ilegíveis, listas das dívidas a cobrar de gente que ficou lá atrás?
Perdoe, alma minha. O peso excessivo da mochila faz com que você, minha pequena alma, ande encurvada e envelhecida. É hora de se tornar mais leve e flexível.
Vamos combinar assim. Que tal viver a plenitude do presente, com recato, amor, coragem, ternura e compaixão? Quando ouvir, ouça – não pense nas respostas que tem de dar.Não tenha vergonha de dizer “não sei”. Não saber é próprio da nossa humanidade.
Quanto perder verdadeiramente alguém, sinta a dor. Quando chorar, chore – não diga a si mesma, alma minha, para parar enquanto as lágrimas não secarem de vez. Alguém disse que é mister chorar quando os fatos exijam lágrimas. Mesmo os nossos lutos precisam se esgotar, precisam encerrar o ciclo das fases da dor até a mais perfeita aquietação, como aquele constructo da psicologia: choque, negação, raiva, barganha, depressão, aceitação e esperança.
Pular fases é mera ilusão: elas voltam, cedo ou tarde, para reclamarem seu espaço.
Alma, convido-a a deixar o medo. Não me constranja a renunciar ao privilégio da aventura de estar viva. A despeito dos perigos que nos ameaçam, o simples ato de beliscar a própria carne e de constatar como o corpo reage representa uma graça sempre renovada. Talvez seja por isso que um sentimento misto de vergonha e surpresa nos sobrevenha ao constatarmos que pessoas desprovidas daquilo que julgamos essencial consigam viver em plenitude. 
Você não precisa, minha alma, de arranjar desculpas para explicar o sorriso que permanece no rosto dos desprovidos . De alguma forma, eles aprenderam, bem antes de nós, que o sonhar é uma graça de proporções tão exageradas que é necessário atribuí-lo a Deus, empenhado em pessoa em amparar o homem, criatura e obra sua.
É isso, minha alma. Não aparente o que não é, não exiba o que não tem, não ostente um valor que desconhece.A partir de agora não desejo mais descuidar-me de você, alma pequena. Sejamos leves, e na leveza estará a nossa força. Eu a convido.

29 de dez. de 2010

Pixel Perfect - Nothing's Wrong With Me


Você talvez me ache um pouco estranha
Eu gosto de dançar descalça na chuva
Minha mente está correndo na velocidade da luz
Vou dançar ao redor de você, como um satélite

Eu sou imprudente
Você é incapaz de falar

Grite, diga "eu amo isso" alto
Eu sinto a necessidade de me destacar na multidão
Não há nada de errado comigo (não há nada de errado comigo)
Enlouquecida e de pé em minha terra
Nada no mundo vai me deixar para baixo
Não há nada de errado comigo

Eu digo algumas coisas que poderiam não ser boas
Eu digo elas alto e com orgulho e indelicadamente
Não tente analisar ou ser profundo
Porque a vida é muito curta para ser enrolada

Eu sou imprudente
Você é incapaz de falar

Grite, diga "eu amo isso" alto
Eu sinto a necessidade de me destacar na multidão
Não há nada de errado comigo (não há nada de errado comigo)
Enlouquecida e de pé em minha terra
Nada no mundo vai me deixar para baixo
Não há nada de errado comigo

Eu posso sorrir e deixar isso acontecer
Porque eu sei que não há nada de errado comigo
Nada de errado comigo

Se você perguntar sobre minha atitude
Eu vou dizer "venha, é só pegar uma dica!"

Grite, diga "eu amo isso" alto
Eu sinto a necessidade de me destacar na multidão
Não há nada de errado comigo (não há nada de errado comigo)
Enlouquecida e de pé em minha terra
Nada no mundo vai me deixar para baixo
Não há nada de errado comigo (não há nada de errado comigo)
Não há nada de errado comigo (não há nada de errado comigo)
Não há nada de errado comigo

Dica do Dia #64

É estranho, mas as coisas boas e os dias agradáveis são narrados depressa! 

O Hobbit

28 de dez. de 2010

Dica do Dia #63

Quando se sonha sozinho, é apenas um sonho... 
Quando sonhamos juntos, é o começo da realidade.


Miguel de Cervantes

O que são modelos mentais? [Jerônimo Mendes]

Há muito tempo eu desejava escrever um artigo sobre modelos mentais, de tanto que gosto do assunto. Quando pergunto aos meus alunos em sala de aula ou em treinamentos o que isso significa, alguns me olham apreensivos e ficam aguardando uma dica, porém a pergunta é minha e sempre procuro extrair a resposta de acordo com o conhecimento geral do grupo. Quando você entende o conceito e procura associá-lo na prática, a jornada torna-se menos dolorosa.
Compreender as bases do comportamento humano e as chaves da realização pessoal depende de entender o significado e a importância dos modelos mentais em sua vida. Quer você saiba, quer não, os modelos mentais definem a sua capacidade de ação e reação perante as coisas mais simples e as coisas mais difíceis da vida, ou seja, eles definem o seu comportamento.
Primeiramente, é necessário conhecer as fontes de modelos mentais e a maneira como eles se formam. De acordo com Daniel Goleman, autor do best seller "Inteligência Emocional", as fontes dos modelos mentais são a maneira pela qual os seres humanos organizam e dão sentido às suas experiências. Segundo Goleman, o comportamento humano é condicionado por modelos mentais e estes, por sua vez, são definidos com base em quatro pressupostos:
- Biologia: rotular a capacidade de realização do ser humano com base nas suas limitações fisiológicas. Será que o fato de alguém ser alto ou baixo, branco ou negro, cabeludo ou calvo, gordo ou magro, bonito ou menos favorecido em termos de beleza deve ser um fator de inclusão ou exclusão no mercado de trabalho? Para muitas empresas, é assim que funciona, infelizmente. Você já leu algum anúncio de emprego no jornal com os seguintes dizeres: precisa-se de secretária gordinha, baixinha, aparência mais ou menos e de inteligência mediana?
- Linguagem: é o meio no qual se estrutura a consciência do ser humano. Quando você ouve um nordestino, um catarinense, um gaúcho dos pampas, um paulista do interior ou um carioca descolado conversando com aquele sotaque típico da sua região, o que lhe vem à mente? Não diga que você nunca rotulou alguém por conta do seu sotaque? Viiiixe! Mas, baaah!!!
- Cultura: dentro de qualquer grupo - famílias, indústrias, organizações e nações - os modelos mentais coletivos desenvolvem-se com base em experiências compartilhadas. Assim, a cultura pode ser considerada um modelo mental coletivo. Se você é filho de judeu, italiano, grego, alemão ou japonês, não importa, existe um conjunto de valores ou pressupostos típicos de cada cultura. De alguma forma, isso afeta os relacionamentos, daí as dificuldades de se admitir em algumas culturas a união de pessoas de raízes diferentes.
- Experiência pessoal: diz respeito à raça, ao sexo, à nacionalidade, à origem étnica, à condição social e econômica, às influências familiares, ao nível de educação, à maneira como fomos tratados por nossos pais, irmãos, professores e companheiros de infância. A maneira como começamos a trabalhar e alcançamos a autossuficiência também é fruto da nossa experiência pessoal e isso é determinante para o nosso sucesso.
Por conta de tudo isso, algumas frases acabam tornando-se comuns no seu dia a dia e quando você menos espera, comete um deslize, inadvertidamente, sem a mínima preocupação com o reflexo das suas palavras. O que vale para determinado país ou cultura não vale necessariamente para outra. Por acaso você já proferiu qualquer uma dessas frases?
- "Todos os homens são iguais!" Significa que o seu pai e aquela pessoa que você tanto admira também são.
- "Não se pode confiar nas mulheres!" Inclusive na sua mãe, na sua esposa e nas suas irmãs?
- "Todos os políticos são iguais!" Incluindo aquele seu parente que se elegeu com muito esforço e arranjou emprego para toda a sua família que estava em dificuldades?
- "O pouco com Deus é bastante!" Acredite, se isto for verdade, o máximo que você vai conseguir é pouco, além de continuar invejando os ricos pelo resto da vida.
- "Isso não vai dar certo, aqui sempre foi assim!" Esse é um dos modelos mentais mais conhecidos em organizações fadadas ao fracasso.
- "Não se mexe em time que está ganhando!" O Bernardinho nem ligou quando excluiu o Ricardinho da Seleção Brasileira de Vôlei. Além de ser excluído, o time ainda melhorou bastante.
- "Sou pobre, mas sou feliz!" Você conhece algum pobre, no sentido literal da palavra, feliz?
- "O importante é ganhar!" Mais importante do que ganhar é contribuir e não se deixar abater pela derrota. Se o mundo fosse feito apenas de vencedores, o aprendizado não existiria.

Esses são alguns dentre os milhares de modelos mentais estabelecidos com base em nossa biologia, linguagem, cultura e experiência pessoal. Quando levados ao "pé da letra", os modelos mentais são capazes de provocar verdadeiros estragos em nossa vida pessoal e profissional. Entretanto, não se deve ignorá-los, apenas tome cuidado para evitar prejulgamentos concebidos com base apenas em valores que podem fazer parte de uma cultura e não de outra.
Para Fredy Kofman, autor do livro Metamanagement, o modelo mental é o conjunto de sentidos, pressupostos, regras de raciocínio, inferências etc. que nos leva a fazer determinada interpretação. Eles definem como percebemos, sentimos, pensamos e interagimos. Portanto, é fundamental mergulhar em diferentes culturas, disciplinas, experiências e linguagens sem perdermos nossas origens.
Todas as culturas têm algo a ensinar sobre o comportamento humano sob diferentes ângulos de visão, basta saber respeitá-las. A máxima judaica expressa no Talmude ajuda a compreender melhor esse raciocínio: "Não vemos as coisas como elas são; vemos as coisas como nós somos." Pense nisso e seja feliz!


[Fonte]

27 de dez. de 2010

Por que é tão difícil mudar um comportamento? [Rodrigo Ramos]

A razão prevalece sobre a emoção, ou é a emoção que fala mais alto que a razão? Eis a questão! Não é à toa que o velho slogan pronunciado diversas vezes no nosso cotidiano (se conselho fosse bom!) entra como uma luva no decorrer das décadas. Por que é tão difícil mudar o comportamento de uma pessoa? Por que, mesmo através de conselhos repetitivos, existem pessoas que preferem fazer as coisas do seu jeito, mesmo sendo o jeito improdutivo ou errado? O que faz um bom conselho perder sua força?
Seguindo a visão da psicanálise, através das ideias de pensadores como Sigmund Freud, Jaques Lacan e Jorge Forbes, acredito que existe uma espécie de curto circuito na relação entre mente e corpo. Isto se torna perceptível quando paramos um pouco para refletir que não somos máquinas e nem perfeitos, que mudamos nossas emoções a todo o instante, que escorregamos, erramos e que, consequentemente, também temos sonhos, fantasias e desejos que vão além da nossa ilusão racional de completude. Ou seja, a nossa razão pode desejar a perfeição, desejar que a nossa trajetória seja estável, consistente e sem erros, mas sempre existirá o outro lado da nossa intimidade que nunca poderemos controlar. E isso, paradoxalmente, é muito bom, pois nos protege da possibilidade de acreditarmos que somos figuras padronizadas, sem desejo e singularidade.
Para clarificar mais a discussão, vou discorrer o texto dividindo as ideias e diferenciando a mente racional do corpo emocional. Podemos dizer que a mente racional relaciona-se muito bem com as ideias de perfeição, de completude, daquilo que é certo e moralmente correto. Já, quando falamos do corpo emocional, levamos em consideração o lado da vida que, a maioria das vezes, não está em harmonia com as ideias impostas pela razão. O corpo emocional está mais relacionado ao inconsciente, a parte fora da série, daquilo que, segundo Chico Buarque, escapa ao sentido.
Para ilustrar melhor, podemos citar o exemplo do motorista que percorre por uma rodovia com limite (mente racional) de velocidade de 100 km/h, mas prefere (corpo emocional) dirigir a 200 km/h, porque provavelmente lhe dá mais prazer "andar fora da linha", mesmo tendo noção do excesso cometido. O corpo acaba falando mais alto! Outro exemplo clássico e interessante é o da pessoa que fuma dois maços de cigarro por dia (corpo emocional), tendo total consciência (mente racional) sobre os males que o fumo lhe causa. Ou podemos citar o comportamento da pessoa consumista, que sempre quando passa ao lado de uma loja acaba gastando uma fortuna, mesmo consciente da falta de crédito e do excesso de dívidas.
Olha só que curioso! Ao refletirmos sobre exemplos triviais, já começamos perceber que no cotidiano do humano existem constantes conflitos internos entre a mente racional e o corpo emocional, irracional e inconsciente. É por este motivo, entre outros mais, que é tão difícil mudar um comportamento da noite para o dia. Muitas vezes, acessar somente a consciência através de conselhos não é o bastante para mudar uma atitude, ou mudar um método de como fazer as coisas. É preciso ir além da consciência, pois é necessário que o seu corpo emocional, e muitas vezes, seu inconsciente sejam tocados para ocorrer êxito. Quando não existe uma transformação neste sentido, percebemos uma mudança rasa, superficial e sem força.
Para descermos mais no assunto, gostaria de propor alguns pontos de reflexão para fortalecermos a nossa discussão: vamos falar um pouco da relação entre comportamento e prazer.

A relação entre comportamento e prazer

Seguindo as trilhas de Freud, em seu Best seller, Para Além do Princípio do Prazer, podemos notar que nesta grande obra o "Pai da Psicanálise" expõe de forma brilhante a existência de uma energia presente no comportamento do ser humano que vai além do equilíbrio, além das necessidades básicas, que nomeou de "Pulsão". Sendo simplista na explicação, podemos descrever a Pulsão como uma energia que vai além do equilíbrio, que excede os limites da harmonia, que se repete e é dotada de prazer e, ao mesmo tempo, desprazer.

Para clarificar o conceito, podemos usar o exemplo da mulher que permanece casada durante décadas com o mesmo marido, mesmo sendo violentada verbalmente e fisicamente. Todos podem escutar suas lamentações, que seu casamento é terrível, que ele não presta, porém, não tem coragem de acabar com a "estabilidade" do matrimônio. É preferível sofrer com o que se tem, para evitar a dor de nada ter. Ela vive, ao mesmo tempo, o desprazer dos insultos lançados pelo marido e o prazer de manter o casamento em "equilíbrio", de estar com alguém, mantendo a ilusão do famoso slogan: "até que a morte os separe".
Outro exemplo interessante, que ilustra o paradoxo entre um comportamento dotado de prazer e desprazer, seria do próprio dependente químico que, mesmo consciente dos males que a droga lhe causa, permanece viciado. Basta escutarmos nos noticiários o quanto é difícil e paradoxal o relacionamento do dependente com a droga: "Isso aqui não presta, só faz mal, mas não consigo viver sem".
Agora, trazendo para a realidade profissional, o mesmo acontece com as pessoas insatisfeitas e frustradas com seus empregos atuais, que ficam paralisadas na hora de tomar uma decisão para mudar o ambiente, ou de ambiente, porque se acomodam no status quo e, por este motivo, também sentem sua cota de prazer na "estabilidade" ilusória. Ou seja, podemos concluir que, mesmo prejudicadas, pessoas que permanecem com a mesma forma de pensar, de se comportar, com o mesmo padrão, relacionamento afetivo péssimo, ou com o mesmo emprego ruim, carregam suas pitadas paradoxais de prazer e desprazer. Enfim, o ser humano e suas ironias. Agora, gostaria de correlacionar tudo isso que trabalhamos com outro ponto importante: a repetição do comportamento.


O comportamento repetitivo, para o bem ou para o mal

Outro ponto de reflexão que nos ajuda a pensar sobre o que faz as pessoas permanecerem com seus comportamentos engessados, acompanhados de prazer e desprazer, é a repetição constante. Pensando de forma lógica, aquilo que causa prazer e/ou desprazer, também causa repetição. Pontos de satisfação causam repetição. Crianças costumam fazer isso constantemente. Pedem toda hora para repetir de forma incansável uma atividade que lhes trouxe satisfação corporal. Já, quando crescem e se tornam "crianças-adultas", continuam repetindo comportamentos inconscientemente prazerosos e/ou desprazerosos.

É o que acontecia com um ex-colega de trabalho, que tinha satisfação em ser espaçoso. Interrompia as pessoas, falava alto, gritava e dispersava todos repetidamente. Este era o seu "barato", o seu "jeitão" de ser, pois tinha prazer em fazer isso, mas não tinha a menor consciência dos impactos que causava nas pessoas. No entanto, quando recebeu o famoso feedback sobre seu comportamento, os problemas começaram a surgir. Passou a vivenciar conflitos entre a mente racional e o corpo emocional. Sua mente racional dizia que deveria "arrumar" seu comportamento para não invadir o espaço das pessoas e o seu corpo emocional agia conforme o jeito espaçoso (e prazeroso) de ser. Olha só! Surge novamente o paradoxo entre prazer e desprazer. Sua mente racional gritava alto, dizendo que devia mudar e isso lhe causava muito desprazer. Porém, o seu corpo emocional continuava gozando do ato e isso lhe causava prazer. Após certo tempo, não teve jeito, nosso colega de trabalho foi procurar um lugar onde pudesse aumentar seu espaço, pois o contexto cultural onde trabalhávamos não permitia pessoas desse "estilo". Uma hora ele acertará sua trajetória.
Mas o que fazer para inserir nossas diferenças comportamentais, algumas insuportáveis, na relação com os outros?


Comportamentos prejudiciais devem ser eliminados?


O que fazer para solucionar os conflitos entre mente e corpo? Será que é preciso cortar o mau pela raiz? Será que é necessário punir aqueles que se comportam de maneira improdutiva? Será que deveríamos encaminhar todos os errantes para uma clínica da "padronização", para que sejam orientados de forma ortopédica? Creio que não. Não devemos e não podemos corrigir o ser falante, engessando seu comportamento e o adequando ao contexto, mas diria que a solução, como diria Jacques Alain Miller, seria legitimar suas diferenças. Não no sentido de aceitar o comportamento destrutivo do outro. Legitimar não é deixar o outro fazer o que bem entende, mas também não significa eliminar o mau pela raiz.
Se nos espelharmos em qualquer exemplo de vida, podemos perceber que as pessoas não eliminam seus comportamentos ruins, mas simplesmente conseguem realinhar a energia para uma coisa boa, ou melhor, construtiva. Um amigo meu, que se tornou um excelente palestrante, não por acaso, quando era jovem, gostava de se exibir, contava piadas na escola e adorava provocar as pessoas. Por conta deste comportamento, passou por diversas situações complicadas até perceber que poderia transformar seu defeito em qualidade.
Percebeu que poderia reinventar sua exibição e seu jeito provocador de forma construtiva e não destrutiva, como vinha fazendo. Percebeu que poderia usar suas ferramentas, anteriormente maléficas, para estimular as pessoas a se desenvolverem através da linguagem. Meu amigo não poderia eliminar um comportamento tão enraizado no seu inconsciente corporal, mas percebeu que poderia resolver o conflito do prazer e do desprazer, canalizando sua energia, seu "barato" para algo que enriquecesse o outro. Isso passou a ser a sua missão. Ele simplesmente lapidou o seu carvão na busca eterna pelo seu precioso diamante.
Que maravilha que é o ser falante! Quanto mais consegue ajustar seus comportamentos prejudiciais, canalizando sua energia para atitudes construtivas, sem arrancar o bom "barato", consegue se aproximar daquilo que é mais singular em seu íntimo. Mas este é um assunto para outro artigo.
Faça bom proveito de si, ou como diria o filósofo Martin Heidegger - devore o teu Dasein!


[Fonte]

Dica do Dia #62

A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.

Edgar Allan Poe

26 de dez. de 2010

PROBLEMAS – Todos têm os Seus [Bruno Krug]

Problemas todos têm, tiveram e irão ter. De forma nenhuma estou sendo pessimista, mas apenas observando a simples realidade da vida. Só não tem problemas (ao menos é o que podemos pensar) aqueles que já morreram.
Claro que olhando os demais, muitas vezes nos deparamos pensando que tem pessoas que não têm problema algum, que não sofrem e nem sofreram nada. Pura besteira, pois todos os seres humanos tem os seus problemas a enfrentar e superar, apenas não sabemos o que cada um passa ou passou em sua vida e em seu íntimo.
É claro que gostaríamos de viver uma vida sem problemas, mas isto, além de impossível, é não compreender a importância dos problemas em nossa vida. Os problemas podem ser vistos apenas como incômodos e acontecimentos ruins que ocorrem, ou podem ser vistos como desafios que podem nos ajudar a crescer e mudar para melhor, tanto a nossa vida como nossa própria pessoa. Pessoalmente creio que é esta a finalidade deles.
Neste caso passamos a ver os problemas, mais como desafios a serem superados do que como simples situações que não nos agradam ou que nos incomodam. Talvez até possamos dizer que o mais importante nem é superar o problema, mas conseguir extrair deles um aprendizado, um estímulo a mudança, um processo de crescimento humano, social, profissional, familiar e espiritual, conforme a situação que se apresenta.
 Acredito que sendo inevitável a presença de problemas em nossa vida, o que devemos fazer é não criar problemas desnecessários, pois isto é comum acontecer, e muitos repetem estes comportamentos, gerando problemas que não precisariam ter. Claro que aí também tem algo que devem aprender, e se você for um dos que costumam fazer isto, então procure entender o por que você complica tanto o que não precisa, e é bem possível que passe a viver bem melhor, complicando menos.
 Há problemas que criamos por comportamentos inadequados, atitudes que não devíamos ter tido e pensamentos errados sobre as coisas que ocorreram ou estamos vivendo. Nestes casos, o melhor é pararmos, refletirmos e buscarmos mudar nossos padrões de pensamento, julgamento e entendimento das coisas em si e, consequentemente, mudarmos nossas atitudes mentais e nossos comportamentos frente a vida e aos demais.
 Por outro lado, há problemas que não se originam de nossa parte, mas das outras pessoas ou da vida em si. Aí o importante é nos fortalecermos para agir de forma mais positiva e criativa, enfrentando, mudando, criando alternativas, enfim, agindo de forma mais eficaz e produtiva, para mudarmos tudo aquilo que nos é possível mudar.
Com certeza, podemos viver uma vida melhor e mais feliz, com menos problemas e mais momentos felizes e de maior paz. Isto depende de mudarmos para melhor, de olharmos a vida de forma mais positiva, e de criarmos situações e relações que nos ajudem a viver bem melhor. 
E isto começa com uma decisão e um conjunto de ações que dependem de cada um, do que cada um quer e assume fazer para tornar sua vida mais plena e feliz.

Dica do Dia #61

Com a força da sua mente, seu instinto e, 
também com sua experiência você pode voar alto!!!


Ayrton Senna

25 de dez. de 2010

Dica do Dia #60

Bendita seja a data que une a todo mundo numa conspiração de amor. 


Hamilton Wright Mabi

Pais maus [Carlos Hecktheuer]

O texto a seguir foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da “Escola Objetivo”, pelo Prof. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais.A única condição solicitada pelo professor foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura. 

“Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu amei-os o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
-Eu amei-os o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
-Eu amei-os o suficiente para os fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.
-Eu amei-os o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam os seus quartos, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
-Eu amei-os o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
-Eu amei-os o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
-Mais do que tudo, eu amei-os o suficiente para lhes dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci...
Porque no final vocês venceram também!
E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, os nossos pais eram maus”.
Eram os piores do mundo...
As outras crianças comiam doces no café e nós só tinhamos que comer cereais, ovos, torradas e queijos.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.
Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos quando estávamos com eles.
“Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo muito chata”!
“Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.
Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar)”.
Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência.
- Nenhum de nós nunca esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.
FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS MAUS...
“Agora que já somos adultos, honestos, trabalhadores e bem educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram.
EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE...
NÃO HÁ PAIS MAUS SUFICIENTES”!


24 de dez. de 2010

Da Gente que Eu Gosto... [Mario Benedetti]

Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.
Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.
Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.
Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.
Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.
Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
Gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias.
Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.
Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereótipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosta de gente que tem personalidade.
Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.
A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.
Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber reviver.
A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário.
E ISSO É ALGO QUE MUITO POUCA GENTE TEM O PRIVILÉGIO DE PODER EXPERIMENTAR.
Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota...

Dica do Dia #59

Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, 
caso contrário nunca a encontrará. 

Epiteto

23 de dez. de 2010

Nunca é possível agradar a todos...

   Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
    COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
    Data: 01 de dezembro
    Assunto: Festa de Natal

    Tenho o prazer de informar que a festa de Natal da empresa será no dia 23 de dezembro, com início ao meio-dia, no salão de festas privativo da Churrascaria Grill House. O bar estará aberto com várias opções de bebidas. Teremos uma pequena banda tocando canções tradicionais de natal... Sinta- se à vontade para se juntar ao grupo e cantar! A árvore de Natal terá suas luzes acesas às 13:00. A troca de presentes de amigo secreto pode ser feita a qualquer momento, entretanto, nenhum presente deverá exceder R$20,00, a fim de facilitar as escolhas e adequar os gastos a todos os bolsos.
    Boas festas para vocês e suas famílias,
    Patrícia
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    Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
    COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
    Data: 02 de dezembro
    Assunto: Festa de Natal

    De maneira alguma nosso memorando de 01 de dezembro pretendeu excluir nossos funcionários judeus! Reconhecemos que o Chanukah é um feriado importante e que costumam coincidir com o Natal, mas isso não aconteceu este ano. De qualquer forma, passaremos a chamá-la de 'Festa de Final de Ano'. A mesma política se aplica a todos os outros funcionários que não sejam cristãos e àqueles que ainda celebram o Dia da Reconciliação.
    Não haverá árvore de Natal. Nada de canções de natal nem coral.
    Teremos outros tipos de música para seu entretenimento.
    Felizes agora?
    Boas festas para vocês e suas famílias,
    Patrícia
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    Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
    COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
    Data: 03 de dezembro
    Assunto: Festa de Natal

    Com relação ao bilhete que recebi de um membro do Alcoólicos Anônimos solicitando uma mesa para pessoas que não bebem álcool... Você não assinou seu nome! Fico feliz em atender o pedido, mas se eu puser uma placa na mesa 'Exclusivo para AA', vocês não serão mais anônimos... Como faço então? Nenhuma troca de presentes será permitida, uma vez que os membros do sindicato acham que R$20,00 é muito dinheiro e os executivos acham que $20,00 é muito pouco para um presente.
    NENHUMA TROCA DE PRESENTES SERÁ PERMITIDA, certo?
    Patrícia
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    Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
    COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
    Data: 07 de dezembro
    Assunto: Festa de Natal

    Eu não sabia que no dia 20 de dezembro começa o mês sagrado do Ramadan para os muçulmanos, que proíbe comer e beber durante as horas do dia. Talvez a Churrascaria Grill House possa segurar o serviço de bufê até o fim do dia - ou então, embalar tudo para que vocês levem para casa nas marmitas. O que vocês acham disso?
    Novidades: neste meio tempo, consegui que os membros do Vigilantes do Peso sentem o mais longe possível do bufê de sobremesas; as mulheres grávidas sentem-se o mais perto possível dos banheiros; teremos assentos mais altos para pessoas baixas e comida com baixa-caloria estará disponível para os que estão de dieta.
    Nós não podemos controlar a quantidade de sal utilizada na comida.
    Desta forma, sugerimos para estas pessoas com pressão alta provar o gosto primeiro. Haverá frutas frescas de sobremesa para os diabéticos. O restaurante não dispõe de sobremesas sem açúcar.
    Nossas profundas desculpas.
    Esqueci de alguma coisa?
    Patrícia
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    Patrícia Gomes - Diretora de Recursos Humanos
    COMUNICADO PARA TODOS FILHOS DA PUTA QUE TRABALHAM NESTA EMPRESA.
    Data: 08 de dezembro
    Assunto: Festa de Natal DO CARALHO
    Vegetarianos! ?!?!??! Sim, vocês também tinham que dar sua opinião de merda ou reclamar de alguma coisa!!! Nós manteremos o local da festa na Churrascaria Grill House; quem não gostar, foda-se! Então, como alternativa, seus putos, vocês podem sentar-se quietinhos na mesa mais distante possível da tal 'churrasqueira da morte' - como vocês se referiram de forma bastante depreciativa ao utensílio. E vocês terão também sua mesa de saladas de merda, incluindo tomates hidropônicos da casa do caralho & arrozinho grudento pra comer de pauzinho. Aqueles que, naturalmente, ainda não gostaram, podem enfiar tudo no cu.
    Ah, espero que vocês todos tenham uma bosta de festa de final de ano!
    E que dirijam muito, muito bêbados e morram todos, todinhos esturricados por aí.
    Escutaram?
    A Vaca, diretamente da puta que os pariu.
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    Dr. Pacheco - Diretor de Recursos Humanos INTERINO
    COMUNICADO PARA TODOS OS funcionários
    Data: 10 de dezembro
    Assunto: Patrícia Gomes e Festa de Final de Ano

    Tenho certeza que falo por todos desejando para a Patrícia um rápido restabelecimento para sua crise de stress.
    Por conta deste fato, a diretoria decidiu cancelar a Festa de Final de Ano e dar folga remunerada para todos na tarde do dia 23 de dezembro.
    Boas Festas,
    Victor

Escolhas de Uma Vida [Pedro Bial]

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...


Dica do Dia #58

Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: acolha-me. 

Clarice Lispector

22 de dez. de 2010

McFly - Smile


Você não precisa ter dinheiro
Pra ser algo nesse mundo
Você não precisa ser magra, baby
Se você quiser ser minha garota
Oh, só precisa ser feliz
Mas às vezes isso é difícil
Então só lembre de sorrir, sorrir, sorrir
E esse é um ótimo começo!

Então se você não tem uma ótima aparência
Não deixe isso te magoar
E se sua vida amorosa está cozinhando, baby
Haverá mais peixe por aí!
Oh, você só precisa ficar feliz
E sumir com essa cara feia

Só lembre-se de sorrir, sorrir, sorrir
E faça o mundo girar!
Então só lembre-se de sorrir, sorrir, sorrir
Sorrir, sorrir, sorrir
Sorrir, sorrir, sorrir
Vamos lá, mostre seus dentes
E o que você esconde aí!
Porque todo mundo tem problemas
É assim que as coisas acontecem
Você não precisa se atrapalhar, baby
Pra ver o que tem debaixo do seu nariz
Oh, porque se você está se sentindo feliz
Este é o lugar pra mostrar isso
Só lembre-se de sorrir, sorrir, sorrir,
Então todo mundo vai saber
E vai fazer as coisas muito melhores
Quando estiver se sentindo sozinha!

Só lembre-se de sorrir, sorrir, sorrir
Sorrir, sorrir, sorrir
Sorrir, sorrir, sorrir
Vamos lá, mostre seus dentes
E o que você esconde aí!

Sorrir, sorrir, sorrir
Sorrir, sorrir, sorrir
Sorrir, sorrir, sorrir
Vamos lá, mostre seus dentes
E o que você esconde aí!
E só lembre-se de
Sorrir, sorrir, sorrir (vamos, você tem que...)
Sorrir, sorrir, sorrir
Sorrir, sorrir, sorrir
Vamos lá, mostre seus dentes
E o que você esconde aí!
Sorrir, sorrir, sorrir (você tem que...)
Sorrir, sorrir, sorrir (só lembre-se de sorrir)
Sorrir, sorrir, sorrir
E faça o mundo girar!
Yeah!

Escolhas...

Preste atenção:
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

O plantio é livre mas  a colheita obrigatória...

Preste atenção no que você esta plantando, pois só colhemos o que plantamos!!!
  
Normalmente acontece 3 dias após o "acontecido"  descubra o que te prejudicou,   coloque para fora, em conversa com amigos, familiares ou com um profissional...
Assim sendo, desejo que você se cuide, porque sua saúde e sua vida dependem de suas escolhas!!!


Escolha ser feliz!!!

Dica do Dia #57

Peritos em saúde mental dizem que o simples fato de ter um amigo já pode mudar a química do cérebro, melhorando a relação com o mundo...

Do filme O Solista

21 de dez. de 2010

História da serpente e do pirilampo

Era uma vez uma serpente amargurada, que resolveu perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
O pirilampo, tremendo de medo, tentava fugir o mais rápido que podia. Já a serpente, com sua expressão feroz, vivia somente para o perseguir e jamais pensava em desistir.
Fugiu um dia, fugiu outro e ao terceiro, já sem forças, o pirilampo finalmente parou e disse à serpente:
- Será que te posso fazer três perguntas?
- Não costumo permitir isso, mas já que te vou comer, deixo que o faças.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te algum mal?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!...

A interferência do destino.

Alguém consegue ter 100% de certeza sobre as escolhas que deve fazer?
Nunca as pessoas procuraram tantas fórmulas para buscar serenidade e compreensão diante dos dilemas emocionais da vida. Muitos fazem terapia, outros se apoiam em medicamentos, há os que consomem literatura filosófica, psicanalítica ou de autoajuda, há quem busque respostas na astrologia, os que se consolam na religião, mas ainda que tudo isso (ou algo disso) ajude a lidar com os questionamentos que nos perturbam, nada parece convincente o bastante. Alguém consegue ter 100% de certeza sobre as escolhas que deve fazer? Vai ou fica? Arrisca ou espera? Aceita ou recusa? Todos os dias tomamos decisões, a maioria delas corriqueiras, mas há momentos em que nos sentimos paralisados pela dúvida. O tão propagado autoconhecimento nos dá uma pista sobre o caminho a seguir, mas decidir é sempre tenso e desgastante. Nessas horas de extrema fragilidade é que a gente torce para que não seja preciso decidir nada: tudo o que se quer é que o destino interfira.
E ele interfere. Um telefonema que toca, um e-mail que chega, um convite que é feito, uma pessoa que nos é apresentada. Uma trivialidade qualquer pode dar a você as respostas que não tinha. Ou simplesmente aniquilar com suas perguntas, o que é ainda melhor. Tudo o que se espera do destino é que ele assuma o comando por nós.
Exemplo: uma amiga estava tentada a ceder às investidas do ex-marido, mesmo sabendo que a relação não tinha mais combustível. Ainda sentia algo por ele, mas temia sofrer tudo o que já havia sofrido antes. Ainda assim, pensava: por que não dar outra chance? Por outro lado, vale a pena percorrer o mesmo caminho já trilhado? Enquanto se consumia entre o medo de voltar para um amor insatisfatório e o medo de perdê-lo para sempre, o destino resolveu o caso: ao entrar no elevador pela manhã, ela encontrou um moço que estava perdido, sem saber em que andar descer para visitar um amigo. Dias depois recebeu um e-mail desse mesmo moço, e o resto da história fica a critério da imaginação de cada um.
Outro exemplo: um homem havia recebido uma proposta para trabalhar em São Paulo, mas isso significaria ter que deixar a mulher e a filha em Porto Alegre, já que a carreira bem-sucedida dela a impedia de acompanhá-lo. Ele, por sua vez, estava ganhando mal, se sentindo desprestigiado no emprego, e a nova oferta de emprego solucionaria essa questão, mas não tinha vontade de ir sozinho para uma cidade onde não conhecia ninguém. Fosse qual fosse a decisão tomada, haveria um custo emocional. Foi passar um feriado no Uruguai para espairecer e pensar melhor, ganhou uma bolada no cassino e investiu o dinheiro numa pequena sociedade com um ex-colega da faculdade, mudando completamente seu rumo profissional, sem precisar se mudar.
Vai ou fica? Arrisca ou espera? Aceita ou recusa? Que o destino, de vez em quando, decida por nós. A gente merece uma trégua.

Dica do Dia #56

Grande parte da vitalidade de uma amizade reside no respeito pelas diferenças, 
não apenas em desfrutar das semelhanças. 

James Fredericks

20 de dez. de 2010

Trechos do Filme: O Solista



Steve Lopez: 


"Há um ano atrás eu conheci um homem que estava numa maré de azar... 
Eu achei que poderia ajudar... 
Eu não sei se ajudei... 
Sim, meu amigo Sr. Ayers agora dorme dentro de casa, tem uma chave, tem uma cama... 
Mas o estado mental e o estado geral estão precários, como no dia em que nos conhecemos... 
Tem gente que diz que eu o ajudei, peritos em saúde mental que dizem que o simples fato de ele ter um amigo já pode mudar a química do cérebro, melhorando a relação com o mundo... 
Não posso falar pelo Sr. Ayers nesse sentido. 
Talvez a nossa amizade o tenha ajudado, talvez não... 
Mas eu posso falar por mim: posso dizer que ao testemunhar a coragem do Sr. Ayers, a humildade dele, a fé no poder da arte, eu aprendi a dignidade em ser leal a algo em que se acredita e se prender ao que se gosta, acima de tudo, a acreditar, sem pestanejar, que é isso que vai levar você pra casa..."

A IMPONTUALIDADE DO AMOR

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. 

Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. 
O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. 
Idealizar é sofrer. 
Amar é surpreender.