21 de out. de 2012

Sou como a mitológica ave Fênix

Pois tenho um grande fogo que arde dentro de meu coração, cheio de paixão, desejo, amor e esperança.

Com milhares de ideias e perseverança para que elas se realizem.
Sou como a ave mitológica, pois quando pareço não ter mais forças renasço das cinzas e incendeio a tudo e a todos com força e esperança.

Esta força que nasce de dentro e se espalha, mostrando como não devemos desistir de nossos amores, ideais e lutas.

Posso cair mil vezes mais mil vezes irei levantar e das cinzas ressurgirei cada vez mais forte e cada vez mais dono de mim e, com certeza, que estarei a
cada passo mais perto da felicidade.

Posso até errar, mais poderei me levantar e mudar tudo para melhor, pois sou único e tenho obrigação de ajudar a fazer a vida ser algo melhor para mim e
todos que me rodeiam.

19 de out. de 2012

As Cinco Linguagens do Amor


Que bom quando nos apaixonamos por alguém! Os nossos sentimentos são tão fortes e queremos fazer tudo para agradar ao outro. Não somos conscientes dos seus defeitos e fraquezas e estamos convencidos que vai ser sempre assim.

Na realidade, depois de um tempo de estarmos apaixonados (talvez dois anos), os nossos sentimentos mudam. Começamos a ver coisas no nosso cônjuge que nos irritam, e não estamos dispostos a fazer tudo que ele quer. Pelo contrario, é difícil agradar ao outro quando não queremos.

Como é possível manter o amor quando os sentimentos já foram embora? 

Todos nós queremos amar e ser amados, compreender mais sobre as nossas necessidades e as do nosso cônjuge, e aprender a amar um ao outro melhor.

De fato, as pessoas são muito diferentes na maneira em que mostram amor e na maneira em que querem ser amados. Talvez você seja uma pessoa que se sente amada quando o seu cônjuge comunica o seu amor através de palavras, mas talvez o seu parceiro não percebe isto e a maneira em que ele comunica o seu amor e através de a ajudar em casa ou com os filhos. Se os dois perceberem o que é importante para o outro, isto vai ajudar o casamento.

Vasos vazios

Emocionalmente todos nós somos como vasos vazios que precisam de ser preenchidas com amor, mas somos preenchidos em maneiras diferentes. Para uma pessoa, receber flores e prendas vai preencher a sua necessidade de amor. Para outra pessoa, intimidade física significa que é amado.
Precisamos aprender como suprir as profundas necessidades de amor do parceiro.

Basicamente as pessoas sentem-se amadas através de uma ou várias das seguintes maneiras:

PRIMEIRA LINGUAGEM DO AMOR: PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO

Elogios verbais e palavras de apreciação são poderosos comunicadores do amor. São os melhores comunicados em forma de expressão direta e simples, como: “Você ficou tão elegante com esse terno”; “Você está muito bem com esse vestido”; “Ninguém faz essas batatas melhor que você”.
 
Não sugiro que use de bajulação para conseguir o que deseja de seu cônjuge. O objetivo do amor não é obter o que se quer, mas fazer algo pelo bem-estar daquele a quem se ama. É verdade, porém, que ao recebermos palavras elogiosas, de afirmação, tornamo-nos mais motivados a sermos recíprocos e a fazermos algo que nosso cônjuge deseje.
 
Além de elogios verbais, outra maneira de expressar palavras de afirmação é com palavras encorajadoras.
Em determinadas fases da vida todos nós nos sentimos inseguros. Não possuímos a coragem necessária, e esse medo impede-nos de realizarmos certos atos positivos que gostaríamos de concretizar. O potencial latente do seu cônjuge, nestas áreas de instabilidade, talvez espere suas palavras de encorajamento.
 
Encorajamento requer empatia que nos leva a enxergar o mundo segundo a perspectiva de nosso cônjuge. Devemos, em primeiro lugar, procurar saber o que é importante para ele.
 
Se desejamos desenvolver um relacionamento precisamos saber quais são os desejos da pessoa amada. Se queremos amar um ao outro, precisamos saber como fazê-lo.
 
A melhor coisa que podemos fazer com os fracassos do passado é torná-los em simples história. Sim, eles ocorreram, e machucaram. E talvez ainda magoem, mas ele reconheceu seu erro e pediu o seu perdão.
 
O perdão não é um sentimento, mas um compromisso. É a opção de se mostrar misericórdia e não de se jogar a ofensa no rosto do ofensor. Perdão é uma expressão de amor.
 
Palavras humildes: quando alguém faz um pedido a seu cônjuge, afirma as habilidades dele. Faz entender que ele possui, ou pode fazer algo, que é significativo ou valioso para o outro. No entanto, quando dá ordens, torna-se um tirano. Seu cônjuge não se sentirá afirmado, mas diminuído.

SEGUNDA LINGUAGEM DO AMOR: QUALIDADE DE TEMPO

Ter um tempo de qualidade com seu cônjuge. Querer ser alvo da sua atenção, que lhe dedique mais tempo e possam realizar algumas atividades juntos.
 
Qualidade de tempo significa dedicar a alguém sua inteira atenção, sem dividi-la. Não é sentar no sofá e assistir TV. É assentar-se ao sofá, com a TV desligada, olhar um para o outro e conversar, no processo de dedicação mútua. É dar um passeio juntos, só os dois. É ambos saírem para comer fora.
 
aspecto central da qualidade de tempo é estar sempre juntos. Não quero dizer simples proximidade. Duas pessoas sentadas em uma mesma sala estão próximas, mas não necessariamente juntas. O estar junto tem a ver com o focalizar a atenção.
 
Uma conversa de qualidade deve envolver disposição para ouvir e aconselhar, quando solicitado, e jamais de forma arrogante.

Dicas para uma conversa de qualidade:
Procure olhar nos olhos do seu cônjuge quando ele lhe falar (ajuda a não divagar e comunica atenção);
Não faça outra coisa enquanto ouve seu cônjuge;
Escute o “sentimento”. Pergunte-se o tipo de emoção que seu cônjuge sente no momento. Certifique-se de que seu pensamento está correto
Observe a linguagem corporal. Punhos cerrados, mãos trêmulas, lágrimas, cenho franzido indicam o sentimento;
Recuse interrupções. Se eu lhe dedicar minha total atenção enquanto você fala, evitarei defender-me a fim de fazer-lhe acusações. Meu objetivo é perceber seus sentimentos e pensamentos. O alvo não é auto defender-me ou permitir que você ganhe uma discussão. A intenção é compreender o outro.

Atividades de qualidade: um dos pontos positivos das atividades de qualidade é que elas possibilitam o armazenamento de um banco de memórias ao qual podemos nos reportar pelos anos futuros. Feliz é o casal que se lembra de uma caminhada feita de manhã ao longo da praia; de uma árvore plantada no jardim; do projeto de pintura dos quartos; da noite em que foram juntos ter aulas de patim e um deles caiu e quebrou a perna; dos passeios pelo parque; de um passeio de bicicleta. Essas são memórias de amor, especialmente para aquelas pessoas cuja primeira linguagem for qualidade de tempo.

TERCEIRA LINGUAGEM DO AMOR: RECEBER PRESENTES

Antes de comprarmos um presente para alguém, pensamos naquela pessoa. O objeto em si é um símbolo daquele pensamento. Não importa se foi caro ou barato.
 
Símbolos visuais do amor são mais importantes para uns do que para outros. Por esse motivo, existem os que, após se casarem, nunca mais tiram a aliança porém, também há alguns que nem chegam a usá-la. Essa é uma evidência de que as pessoas possuem linguagens do amor diferentes.
 
Quem tem essa linguagem vive grandes emoções ao receber presentes. Vê neles expressões de amor.
 
Sem lembranças como símbolos visuais, o amor do cônjuge poderá até ser questionado.
 
Se a primeira linguagem de seu cônjuge for “receber presentes”, você deve se tornar um expert nessa área.
 
Não espere uma ocasião especial. Se esta for a primeira linguagem de seu cônjuge, praticamente tudo o que você lhe conceder será recebido como expressão de amor.
 
Se ele foi muito crítico em relação aos presentes que recebeu no passado, então essa é uma grande dica de que receber presentesnão é a primeira linguagem do amor do seu cônjuge.
 
A presença do cônjuge, em tempos de crise, é o maior presente que se pode dar a um cônjuge cuja primeira linguagem do amor seja receber presentes.

QUARTA LINGUAGEM DO AMOR: FORMAS DE SERVIR

É fazer aquilo que você sabe que seu cônjuge gostaria que você fizesse. É procurar agradar realizando coisas que ele aprecia, expressando amor através de diversas formas de servir.
 
Jesus deu uma ilustração simples, porém profunda, ao expressar amor através de uma forma de serviço quando lavou os pés dos discípulos.

QUINTA LINGUAGEM DO AMOR: TOQUE FÍSICO

No casamento, o toque de amor existe em várias formas. Considerando-se que os receptores ao toque localizam-se por todo o corpo, um afago amoroso em qualquer parte pode comunicar amor a seu cônjuge.
 
Seu cônjuge apreciará alguns toques mais do que a outrosAprenda com ele.
 
Não insista em tocar de seu jeito e em seu tempo. Aprenda a falar o dialeto do outro, pois alguns toques podem ser considerados desconfortáveis ou irritantes. Não caia no erro de achar que o que lhe traz prazer também trará a seu cônjuge.
 
As crises propiciam uma oportunidade singular para se expressar amor. Toques afetuosos serão lembrados muito tempo ainda após as dificuldades terem passado. Porém, a ausência de seu toque talvez jamais seja esquecida.
 
Um gostoso cafuné, andar de mãos dadas, abraços apertados ou não, relações sexuais, tudo isso faz parte das necessidades de quem possui o “toque físico” como sua primeira linguagem do amor.

Por que não falar com o seu cônjuge e tentar descobrir o que você pode fazer para ele sentir-se amado por si, e o que ele pode fazer para você sentir-se amada por ele?
As cinco linguagens do amor - por Gary Chapman (extraído e adaptado)

16 de out. de 2012

[Paulo Roberto Gaefke]

Há caminhos invisíveis no ar, os pássaros o seguem e chegam ao seu destino, mas os homens não vêem.
Há trilhas nos rios, os peixes o seguem até a desova, mas os homens não vêem.
Há brisas no ar, e as nuvens entendem, mas os homens não as sentem.
Em tudo existe a perfeição. mas o homem não vê, procura desculpas nos defeitos do próximo, sem conseguir olhar para a fonte de todo o seu infortúnio: dentro dele mesmo.
Existe um espelho da alma, que reflete o que realmente somos, e por mais brilhante que seja a roupa, por mais adornos que se carregue no pescoço, jóias exuberantes que enfeitam até o sorriso, nada esconde o nosso caráter , o que carregamos no nosso intimo, nossos pensamentos.

A beleza das flores e seus perfumes que inebriam, as cores que nossos computadores ainda não conseguem imitar, admire, respire, entregue-se.
Demore-se no abraço de quem te ama, retribua com amor, o carinho do filho, a dedicação dos pais, a preocupação dos amigos, a esperança de quem acredita em você.
Perca tempo com o seu tempo, abrindo espaço para aumentar a sua cultura, lendo, meditando e concentrando-se no que vai fazer. Faça o seu melhor, sempre !
Tenha tempo para a oração diária, não para pedir, mas para fazer a ligação com o seu " eu " espiritual que reconhece Deus nas entrelinhas da vida.
Descubra o invisível dentro das possibilidades que existem em você. No poder de transformar uma dor em um ato de amor, doando a vida, doando parte de você, doando seu tempo para o bem maior.
O amor de Deus por você é invisível aos olhos dos homens, mas reflete-se no seu rosto todo o dia quando você diz sim para a vida.
Deus te ama profundamente, e isso é visível no milagre de cada novo dia.

14 de out. de 2012

Expectativas [Marla de Queiroz]



Não nasci para ser adequada, coerente, adorável. 
Nasci para ser gente. 
Para sentir de verdade. 
Tenho vocação para transparências e não preciso ser interessante o tempo todo. 
Por isso, não espere que eu supere as suas expectativas: às vezes, nem eu supero as minhas.


6 de out. de 2012

A Vida de David Gale


A última cena de A Vida de David Gale (The Life of David Gale, Alan Parker, Eua, 2003) revela que o protagonista (Kevin Spacey) escolheu morrer com uma injeção letal, escolheu ir para o corredor da morte, escolheu ser acusado de estupro e assassinato. Por uma causa nobre? Por desespero? O roteiro apresenta as justificativas para a escolha de Gale utilizando desde a filosofia socrática até a psicanálise.
Em uma aula na Universidade do Texas, o renomado professor de filosofia explica aos estudantes alguns conceitos lacanianos. Ele finaliza a aula dizendo: “… a lição de Lacan é: viver de desejos não traz felicidade. O significado de ser humano é viver por idéias e ideais, e não medir a vida pelo que obtivemos em termos de desejos, mas pelos momentos de integridade, compaixão, racionalidade, auto-sacrifício. Porque no fim das contas, a única maneira de medir o significado de nossas vidas é valorizando a vida dos outros.” A vida dos outros sempre foi uma grande preocupação para David Gale, ativista da DeathWatch, entidade que luta contra a pena de morte. Usou a própria morte para mostrar o quão injusta pode ser a pena capital. Cedeu a própria vida como prova de que inocentes são punidos num sistema falho. Gale fez o que o governador do Texas pediu: “Dê um nome. Dê o nome de um inocente que o estado do Texas condenou à morte no meu mandato. Vou anotar aqui. O nome de um homem, de quem se possa provar a inocência, e ordeno moratória.”
Mas a causa nobre não é a única justificativa para o ato extremo. Gale recorre a São Judas para confessar que não suporta mais a situação em que se encontra: “Sabe por que São Judas é padroeiro das causas perdidas? … Houve dois Judas. Judae, o santo, e o outro, Judas Iscariotes, o cara mau, que traiu Jesus e tentou beijá-lo. Nos tempos medievais ninguém rezava ao bom Judas por medo que o mau Judas interferisse. Por isso ninguém pedia nada a ele a não ser em caso de desespero.”
Gale já não tem muito o que perder quando toma sua decisão. O que havia de mais importante em sua vida já não está mais a seu alcance. Sua esposa o abandonou, foi para outro continente, e levou com ela o filho deles. Gale corre o risco de perder a guarda do filho e não consegue sequer falar com ele por telefone. Foi acusado de estupro, vítima de uma armação de uma aluna. Foi demitido da universidade e não pode mais lecionar – não é aceito em nenhuma instituição por ser “politicamente incorreto”. Também foi afastado da DeathWatch, impedido de defender seus ideais.
Na Apologia de Sócrates, Platão narra a defesa do mestre, acusado de corromper os jovens, perante o tribunal de Atenas. Sócrates poderia sugerir uma punição alternativa à pena de morte, como o exílio. Sugeriu uma multa irrisória, e foi condenado a tomar veneno. Preferiu a morte a abrir mão do que mais amava. Não aceitaria o exílio, não poderia parar de filosofar: “não poderei agir de outro modo nem mesmo se estiver prestes a morrer incontáveis vezes”1.
David Gale, citando a obra de Platão, deixa claro o quanto se sente injustiçado. Mas depois vai fazer exatamente o que fez Sócrates: aceita a pena de morte, em vez de propor para si uma “pena alternativa” – ele tinha como provar sua inocência. Gale não teme a morte, assim como Sócrates: “… a morte, ninguém sabe se acaso não é o maior de todos os bens para o homem – porém a temem como se soubessem ser o maior dos males! 2
Quando percebe que não vai conseguir mais dar aulas, Gale sai pela rua, embriagado, dizendo aos transeuntes: “Sócrates propôs essa idéia: ele disse, e se eu pagar uma multa em vez de morrer? Ele sugeriu uma multa. Tudo o que se tem que fazer para viver é propor uma forma apropriada de punição. Sabe quanto ele sugeriu? 30 paus, 30 mina, a moeda da época… Os jurados ficaram tão putos que a maioria votou pela pena de morte, mais do que haviam votado antes. Não faz sentido. Igual a Judas, o que beijou Jesus”.
Na continuação da Apologia – Críton (Sobre o Dever) – Platão narra a visita de Críton ao filósofo na prisão, dois dias antes da execução. O velho amigo de Sócrates argumenta que se a condenação foi injusta, seria justo fugir. No filme, na última visita que a repórter Bitsey Bloom faz a Gale na penitenciária, ela pergunta se ele vai deixar que o matem. Gale responde: “Bitsey, nós passamos a vida tentando deter a morte. Comendo, inventando, amando, rezando, brigando, matando. Mas o que realmente sabemos sobre a morte? Só que não tem volta. Mas chega uma hora na vida, um momento, em que a mente subsiste aos desejos, às obsessões. Quando os hábitos sobrevivem aos sonhos. Talvez a morte seja uma dádiva. Quem sabe?”

1.PLATÃO. Apologia de Sócrates, precedido de Êutifron (Sobre a Piedade) e seguido de Críton (Sobre o Dever). Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 90
2. idem. p. 88 

[Originalmente postado aqui.]