14 de out. de 2011

Música pode ajudar a combater depressão e dor física

Estudo analisa a influência da música no humor e no tratamento de doenças

por Redação Galileu
Imagine ir ao médico e levar para casa uma receita com músicas no lugar de remédios. É o que apostam os pesquisadores da Glasgow Caledonian University que, usando técnicas de psicologia da música e engenharia de áudio, estão analisando como a música pode ajudar em tratamentos de doenças como depressão e ainda aliviar sintomas de dor física. 

Segundo o líder do projeto, o especialista de áudio Don Knox, fatores como tom, estrutura e letra têm grande impacto na emoção expressada por uma música, mas há também questões subjetivas, como onde e quando você a ouve e se você a associa com algum acontecimento.
O estudo envolve voluntários que ouvem certas músicas populares contemporâneas inéditas pela primeira vez e as avaliam num gráfico de acordo com o tipo e a intensidade do sentimento que despertam. Em seguida, pesquisadores avaliam as características em comum das músicas que caem em um mesmo ponto do gráfico. 

Enquanto músicas com ritmo regular, timbre vivo e tom constante são classificadas positivamente, se o tempo e a sonoridade aumentarem, por exemplo, a música é colocada em uma posição marcada como “exuberante” ou “animada” no gráfico. Agora, a equipe irá analisar o impacto das letras, focando no uso subjetivo da música.
O objetivo é desenvolver um modelo matemático que explica a capacidade da música de comunicar diferentes emoções. A expectativa é que, em alguns anos, sejam desenvolvidos programas de computador que identifiquem trechos de música capazes de influenciar o humor das pessoas, satisfazer suas necessidades e ajudá-las a lidar com a dor.


[Fonte]

Estudar música na infância melhora a inteligência

Crianças de 4 a 6 anos passam a ter mais facilidade com vocabulário

Além da possibilidade de se tornar um grande músico, a formação musical para crianças logo cedo pode ajudar também em outras áreas como a melhora do vocabulário. É o que diz um estudo publicado na revista Psychological Science

A pesquisa foi realizada pela York University e pelo Royal Conservatory of Music de Toronto. Foram analisadas 48 crianças, na idade de 4 a 6 anos, que foram divididas em dois grupos. Um dos grupos estudou fundamentos básicos da música, como tom, ritmo e melodia. Já o segundo, teve aulas de conceitos básicos da arte visual, como formas e linhas.

Os dois grupos tiveram lições duas vezes por dia, em sessões de uma hora, ao longo de 20 dias. Antes de começar o programa, os estudantes foram testados em sua inteligência verbal e espacial. O mesmo teste foi aplicado após as aulas.

O resultado mostrou que 90% das crianças que tiveram o treinamento musical apresentaram melhora na inteligência - melhor conhecimento de vocabulário, tempo de reação e precisão.

Já no grupo que não estudou música, os pesquisadores não encontraram um aumento significativo na inteligência verbal ou mudanças no cérebro.



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