11 de ago. de 2013

Dê a volta por cima das rotinas da mente! [Osho]


Sentindo-se triste? 

Dance ou vá tomar uma ducha e veja a tristeza desaparecer de seu corpo. Sinta como a água que bate em você leva junto a tristeza, da mesma forma que leva embora o suor e a poeira de seu corpo.Coloque sua mente em uma situação tal que ela não seja capaz de funcionar de maneira habitual. Qualquer coisa serve. Afinal, todas as técnicas que foram desenvolvidas ao longo dos séculos não passam de tentativas para distrair a mente e demovê-la dos velhos padrões.Por exemplo, se você estiver se sentindo irritado, inspire e expire profundamente durante apenas dois minutos e veja o que acontece com a sua raiva.Ao respirar profundamente, você terá confundido sua mente, pois ela não é capaz de correlacionar as duas coisas. 

"Desde quando", a mente começa a se perguntar, "alguém respira profundamente quando está com raiva? O que está acontecendo?"
A dica é nunca se repetir. Caso contrário, se toda vez que se sentir triste você for para o chuveiro, a mente transformará isso num hábito. 

Após a terceira ou quarta vez, ela aprenderá: "Isso é algo permitido. 
Você está triste, então é por isso que está tomando uma ducha." 
Nesse caso, a ducha irá apenas transformar-se em parte de sua tristeza. Seja inovador, seja criativo! 
Continue confundindo a mente.Seu companheiro diz algo e você se sente irritado? Em vez de bater nele ou jogar alguma coisa em sua direção, mude o padrão do pensamento: dê-lhe um abraço e um beijo. Confunda-o também! 
De repente, você perceberá que a mente é um mecanismo e que ela se sente perdida com o que é novo...

Abra a janela e deixe novos ventos entrarem.


[Se quiser entender o que acontece com você ou tiver dificuldade em novas formas de distrair-se, procure um psicólogo! 
É a pessoa certa e capacitada para lhe ajudar.]

Retornando!


Olá leitor!

Depois de meses sem postar, sinto-me convocada a retornar...

Ainda não sei de que forma, mas estou de volta!

Acompanhe-me e interaja!

Abraço bem apertado!

14 de mar. de 2013

Fazer Terapia [Karina Romera de Carvalho]

Ao dividir e compartilhar um problema com um terapeuta acontece o alívio da carga emocional e seu sofrimento.

Esse vínculo estabelecido tem poder curativo, pois é mais fácil superar muitas coisas mediante uma relação autêntica de respeito mútuo do que sozinho.

A psicoterapia faz o sujeito parar para refletir sobre a própria vida e quando fazemos isso permitimos muitas mudanças de orientação, sentido, rumo e aprofundamento de nossas experiências.

O psicoterapeuta vai ajudar a perceber as coisas sob outros ângulos, outros pontos de vista, que o paciente ainda não tinha visto antes e muitas vezes nem suspeitava ser possível.

Fazer terapia é descobrir a si mesmo, é entrar na mais profunda verdade de si, é conhecer melhor seus pais e todos aqueles que tiveram influência na sua vida.

É compreender muita coisa de si mesmo e dos outros ao seu redor. É entender comportamentos e mergulhar num universo até então misterioso que você nem dava conta que existia.

O terapeuta ajuda a entender, minimizar e resolver conflitos, medos, traumas, pânicos, depressão, estresse, tristeza, confusão, desespero, desesperança... 

Muito é desembaralhado, quebra-cabeças são montados, mas para que tudo caminhe a pessoa precisa querer e estar aberta às mudanças.

Como dizia Freud, psicoterapia é a cura pela fala.

A psicoterapia deve proporcionar uma oportunidade para o paciente expressar emoções, reviver e revisar experiências passadas, percebendo as repetições no presente e encontrando novas formas de agir. Deve-se procurar o entendimento no que está acontecendo agora, traçar metas e buscar alternativas para modos problemáticos de pensar, agir e comportar-se.

A terapia deve proporcionar a oportunidade para novas aprendizagens por meio da exposição da situação, ideias, sentimentos e comportamentos que provocam ansiedade, fazendo com que o paciente supere seus medos e hesitações.

É indispensável o reconhecimento por parte do paciente, da necessidade de mudança e de um esforço pessoal para conseguir os resultados desejados.

A terapia busca os pensamentos racionais, a reflexão racional, para não cairmos nas armadilhas da nossa mente ou das nossas emoções.

Não adianta mudar o exterior. Se você não muda o seu pensamento a sua vida continua a mesma coisa.


[Fonte]

12 de mar. de 2013

8 MANEIRAS DE DESMASCARAR UMA MENTIRA

Conheça sinais corporais que sugerem dissimulação e tipos de engano


Uma pessoa conta, em geral, três mentiras a cada dez minutos. É o que afirma o estudo realizado por Robert Feldman, professor de psicologia da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, e autor do livro "Quem é o mentiroso da sua vida?". A pesquisa indica que recorrer a inverdades é questão de hábito e uma forma de manter o bom convívio social.
O especialista em segurança eletrônica e autor do livro "Mentira - um rosto de muitas faces", Wanderson Castilho, reforça o coro. Segundo ele, é praticamente impossível um ser humano viver em sociedade sem usar a ferramenta da mentira em algum momento da vida.
"Quem diz que nunca mente está mentindo. Há muitos motivos para mentirmos, entre eles quando somos movidos pela vergonha ou pelo orgulho. Em outros casos, é provável que mintamos para atenuar o impacto que a verdade teria. Ou seja, mentimos para evitar magoar pessoas com quem nos importamos, ou para evitar situações embaraçosas", explica o profissional, que foi o primeiro brasileiro certificado pelo Instituto de Treinamento em Análise de Comportamento (Behaviour Analysis Training Institute - BATI), em San Diego, EUA.

TIPOS DE MENTIRA

Em seu livro, Wanderson Castilho afirma que nos relacionamentos amorosos as pessoas mentem mais quando há preocupação e desconfiança em excesso por parte do outro. Para ele, a insegurança gera desconforto e dificuldade em revelar a verdade. A obra ainda aponta que flertes e atração por outras pessoas, contatos e amizades, nível de comprometimento, fantasias sexuais, traição, satisfação sexual e aparência também são assuntos que o casal costuma esconder do parceiro.
Já no ambiente de trabalho, o especialista aponta que as mentiras mais comuns são relacionadas a atrasos, trabalhos não realizados ou aptidões exageradas.
"Realizei cerca de duzentas entrevistas com diversos tipos de pessoas, e a partir daí estabeleci perfis e comportamentos típicos de mentirosos. A conclusão foi que homens e mulheres mentem na mesma proporção. Enquanto as mulheres tendem a mentir fazendo referência a acidentes ou fatos tristes de suas vidas, os homens costumam contar vantagens. Muitos aumentam ou inventam feitos profissionais, pessoais e sexuais", avalia o especialista.
Há quem acredite que algumas mentiras são necessárias para manter o convívio social. Em alguns casos, recorrer a dissimulações pode ser considerado sinal de educação, já que muitas vezes a verdade nua e crua tende a ser interpretada como grosseria. Inclusive existe um termo para quando a realidade é deturpada sem malícia, são as "mentiras brancas".
Para Wanderson, a mentira é, para a mente humana, uma grande arma de preservação social. "Do ponto de vista psicológico, a mentira é um ato instintivo de preservação, tal qual a dor ou a febre são do ponto de vista fisiológico. Sem ela a sociedade entraria em colapso. Imagine um marido que tem muitos amigos e habitualmente toma as decisões sobre como usar o tempo livre. Se a mulher não quiser acompanhá-lo poderá recorrer a uma desculpa qualquer, como trabalhar até mais tarde, para se livrar do compromisso, sem magoar quem ama", exemplifica.

A MENTIRA É APRENDIDA NA INFÂNCIA

As técnicas de dissimulação geralmente são aprendidas pelas crianças desde cedo. Um exemplo é quando os pais repreendem a frustração demonstrada pelo filho ao receber um presente que não o agradou. Os responsáveis costumam obrigar o pequeno a agradecer, quando notam algum desapontamento na criança. E isso pode ser considerado uma forma de estimular a mentira social.
"Nada justifica uma mentira, seja qual for a sua intenção. E as crianças precisam ser ensinadas a sempre a dizer verdade. Este aprendizado acontece progressivamente ao longo da infância e os pais são os principais mestres. Os filhos se espelham muito mais em suas atitudes do que em suas palavras. Pais que usam sempre da verdade, que assumem a responsabilidade por aquilo que fazem e dizem, criam filhos responsáveis e éticos. Só se ensina aquilo que se é", aconselha Wanderson.

RECONHEÇA UMA MENTIRA

De acordo com o especialista em segurança eletrônica, poucas pessoas estão preparadas para identificar um mentiroso no dia-a-dia. É preciso treinamento e prática para melhorar a capacidade de "ler" os sinais da mentira. O profissional ensina que para reconhecer uma dissimulação da verdade é preciso entender o comportamento padrão da pessoa, prestar atenção no que ela diz, nos pequenos movimentos do rosto (micro expressões faciais), no corpo e nas variações do tom da voz.
"Nosso cérebro não aceita a negação. Quando a pessoa mente, está negando a verdade, e alguma parte da sua expressão facial ou do corpo vai denunciá-la. Aspectos como frequência do piscar de olhos, uso das sobrancelhas para dar ênfase a alguma parte da conversa, posição das mãos e das pernas, rigidez do ombro, e aspecto da testa e da boca são alguns exemplos de atitudes que podem denunciar a mentira", ensina o especialista.
Para ajudar você a identificar um mentiroso, Wanderson Castilho listou abaixo 8 dicas simples de observação. Confira:
  • 1Lábios: morder ou lamber os lábios pode ser um forte indício de mentira.
  • 2Voz: quem mente fica com as cordas vocais mais esticadas que o normal, deixando a voz mais fina e fraca. Para compensar, a pessoa tenta falar mais alto.
  • 3Olhar: o mentiroso desvia o olhar enquanto conta a sua mentira e depois passa a olhar atentamente, querendo observar se conseguiu enganar.
  • 4Secura: em função de uma reação da adrenalina, o mentiroso fica com a garganta e boca secas, sendo comum se engasgar ou engolir seco.
  • 5Encobrir parcialmente a boca: traduz uma vontade de amordaçar-se. Tende a ser um gesto rápido, porque exprime um conflito: uma parte do mentiroso não quer calar-se - e sim continuar com a sua mentira.
  • 6Tocar o nariz: em momentos de tensão a sensibilidade da mucosa nasal aumenta. Assim, ao mentir, o nariz coça, embora possa ser uma sensação tão suave que mal se perceba.
  • 7Ombro: erguer levemente um dos ombros.
  • 8Expressão facial falseada: quando somos genuínos, usamos os músculos faciais certos para expressar uma emoção. Num sorriso moderado e falso, não aparecem os pés de galinha, as bochechas não são levantadas e os olhos ficam menos apertados. Num sorriso real, mais músculos são utilizados e a pálpebra superior dobra-se um pouco sobre os olhos.
Se ainda assim não conseguiu identificar uma mentira, experimente fazer o contrário: estimule o interlocutor a falar a verdade. A dica é estabelecer proximidade na conversa. Segundo Wanderson, quanto mais próximo você estiver fisicamente, mais dificuldade a pessoa terá de mentir.

12 de jan. de 2013

Não se deixe irritar facilmente


Cá entre nós, há situações em que as pessoas nos deixam irritados.
Mas não vale à pena gastar a nossa preciosa energia irritados, não raro, por tão pouca coisa.
Respire fundo, conte até dez, mantenha a calma.
Depois disso, analise com serenidade o que pode ter causado tanta irritação.
Há pessoas que ao se sentirem contrariadas escolhem ser rudes, grosserias e irritantes.
Não dá pra consertar os outros, mas podemos muito bem calibrar a nossa reação.
Às vezes o problema está em nós mesmos que nos irritamos com ruídos, movimentos, distrações, e até pelo tom de voz de outra pessoa. Deixe passar, pega leve.Temos que nos acalmar.
Temos que encontrar um pouco de serenidade.
Algumas recomendações que gostei de ter conhecido.
1-Concorde. Às vezes apenas concordar ou mostrar uma expressão facial de concordância já torna a situação menos perturbadora. Lembre-se que em algumas ocasiões, mostrar discordância é pura perda de tempo.
2-Respire fundo, feche os olhos por dois segundos e deixe a calma tomar conta de si.
3-Volte a falar com a outra pessoa quando você estiver mais calma, e se concentre em outra coisa que ela está falando, ao invés daquilo que te contrariou. Funciona.
4-Não rebata com comentários jocosos, irônicos ou sarcásticos. Isso geralmente complica o mal estar.
5-Peça desculpas para ir ao banheiro, de mentirinha, e volte mais arejado.
6-Preste atenção na sua linguagem corporal. Pare de bater com a caneta na mesa ou chacoalhar as pernas.
7-Se for possível, coloque atenção ou mesmo comente algo engraçado referente à situação.
8-Identifique o que realmente está te irritando. No meio de um evento pode não se ter tranqüilidade para tal reflexão, mas sempre é possível fazer isso no intervalo de um café.
9-Quando refletimos sobre o que nos irrita, devemos colocar o foco em eliminar a irritação e não em justificar a irritação – podemos com isso ficar mais irritado.
10-Pense um pouco se a sua irritação não um pouco a sua falta de paciência ou mesmo um entendimento inadequado da situação ou da posição das outras pessoas.
11-Seja mais tolerante. Aceite mais as pessoas como são. Não tente corrigir os outros. Aceite as coisas que você não tem controle.
12-Finalmente – observe quando a irritação está crescendo acima do razoável e você não dá conta de lidar com isso – você pode estar precisando de uma ajuda profissional.

Pessoas Irritantes: É Possível Não se Irritar?


Irritar as pessoas, de uma forma geral, não é uma coisa difícil. Mas existem pessoas que tem um talento enorme para fazer isso.
Todos nós temos um certo grau de suscetibilidade no que se refere a reagir diante de provocações.
Quanto mais frágeis são nossas convicções ou quanto mais valorizamos as opiniões alheias em detrimento das nossas, maior esse grau. Quanto maior o grau, maior a intensidade das nossas reações e mais rapidamente elas ocorrem.
São raras as pessoas que permanecem impassíveis diante de alguém com franco objetivo de desestabilizá-las e que sabe como fazer isso.  E há Irritantes que ultrapassam tanto os limites do bom senso que mesmo quem tem baixo grau de suscetibilidade pode acabar sendo afetado em alguns momentos.

Façamos uma pequena análise dos Comportamentos Irritantes:

1. Destacando as Falhas Alheias
Pessoas que se relacionam com as outras buscando seus defeitos e dificuldades para destacá-los e divulgá-los sempre que possível e de forma gratuita e sistemática, dificilmente vão deixar de nos irritar.
Quem age assim geralmente tem uma enorme insegurança, não acredita no próprio potencial e pensa que só diminuindo os outros vai conseguir aumentar seu próprio valor aos olhos alheios.
Ainda não percebeu que quando alguém é bom em alguma coisa é porque tem méritos, não é bom apenas porque o outro é pior.
E estes muitas vezes nem querem irritar ninguém, mas irritam da mesma forma...

2. Fazendo Afirmações Genéricas Falsas e Veementes
Isso numa discussão ou debate sobre qualquer tema funciona que é uma beleza como fator irritante.
Por mais que a gente perceba claramente que o que foi dito não faz o menor sentido não merecendo sequer ser refutado, haja paciência para não reagir e não esclarecer as coisas.
E esclarecer é pura perda de tempo já que no mais das vezes, o Irritante sabe que sua declaração é uma bobagem, ele apenas está tentando atingir seu objetivo.
Quem se manifesta desta forma com a intenção de irritar geralmente dá foco a questões que podem ferir sensibilidades, que mexem com nossos valores e com aquilo que acreditamos.
Ele ainda não aprendeu que este tipo de atitude pode até magoar os mais sensíveis e consequentemente aumentar sua coleção de inimizades, mesmo que o cenário seja uma simples conversa entre amigos.

3. Ofendendo sem motivo:
Ouvir alguém falar coisas ofensivas ditas de forma exagerada e em tom agressivo, seja sobre a gente ou sobre aqueles que gostamos ou admiramos e ainda assim tentar ficar impassível, é um dos maiores testes de tolerância com as bobagens humanas que conheço.
Para desestabilizar não tem coisa melhor já que, em se tratando do irritante, essas ofensas não tem fundamento algum, só servem para irritar mesmo.
E quem atua dessa forma nem sempre percebe que está perdendo a credibilidade. Inverdades Exageradas são ótimas para se conseguir isso.

4. Mas Como Não se Irritar?
Boa Pergunta! Muito Difícil. Sempre acho que tentar compreender as motivações das pessoas ajuda a desenvolver nossa paciência, tolerância e nossa capacidade de perdoar. Inclusive a nós mesmos.
Se a gente observar, o Irritante quer apenas chamar a atenção ainda que de uma forma equivocada. Alguns irritam de forma quase inconsciente, mas outros fazem isso de propósito.
Quem faz isso de propósito conhece a natureza humana, portanto sabe o que fazer e dizer para alcançar seu objetivo. Mas ainda desconhece infelizmente, o significado da palavra respeito, usando e abusando de ironias e deboches.
Então o segredo é simplesmente ignorar, por mais difícil que isso possa ser. Tudo que o irritante não quer é ser ignorado. Assim que ele perceber que ficou falando sozinho, a brincadeira perde a graça e acaba.
Pelo menos em relação a gente, já que provavelmente ele buscará outras vítimas. E fará isso até descobrir que existem maneiras bem melhores de conseguir a atenção que ele tanto deseja.
Agora, ignorar não é um método rápido algumas vezes. Porque nesso caso corremos o risco de irritar o Irritante e obviamente quem gosta de irritar detesta ser irritado. Afinal quem se alegraria em experimentar o próprio veneno?
E aí ele pode se empenhar ainda mais no sentido de nos tirar do sério, se for do tipo incansável. Mas se a gente conseguir se manter firme e tranquilo, até o incansável cansa e vai procurar alguém mais acessível.
Uma outra coisa que me parece importante é destacar que muitas vezes o Irritante não é agressivo nem mal-educado. Só age assim para alcançar sua meta. Tudo jogo de cena e se a gente não se cuidar pode acabar entrando no jogo e criando uma sintonia nada saudável.
No caso de inverdades, um pouco de senso de humor ajuda a evitar irritações. É só nos darmos conta que algumas afirmações são tão "sem noção", que chegam a ser até engraçadas.

5. Conclusão
De qualquer forma, sempre é bom ter em mente que defeitos todos temos e a vida se encarrega de nos trazer as lições que precisamos para rever nossas atitudes e redirecionar nossos rumos.
Essa percepção ajuda na convivência, inclusive com relação a pessoas que a gente reconhece como difíceis de se lidar. Até porque nem sempre nos damos conta que podemos ser também difíceis para alguém.
O fato é que tanto irritar como ficar irritado são duas atitudes que não trazem benefícios pra ninguém. E quanto antes a gente substituir essas bobagens por uma forma cordial e positiva de interagir com as pessoas, melhor pra todo mundo. O ambiente ao redor agradece.
Este texto é apenas a opinião de alguém que sabe muito bem como irritar as pessoas, mas que já abandonou há muito tempo esta prática depois de ter finalmente percebido que ela não faz o menor sentido, o que ficou claro pelos resultados adversos que teve como retorno.
Mas se porventura o leitor amigo for um tanto Irritante e ficar irritado com este texto, peço desculpas desde já. Como disse antes, não tenho mais a menor intenção de irritar ninguém, mas de vez em quando posso ter alguma recaída sem notar, já comprovei.
E agora é a sua vez: você também é irritante ou se deixa irritar?

6 de dez. de 2012

Eu quero [Euclides da Cunha]

Eu quero à doce luz dos vespertinos pálidos
Lançar-me, apaixonado, entre as sombras das matas
- Berços feitos de flor e de carvalhos cálidos
Onde a Poesia dorme, aos cantos das cascatas...

Eu quero aí viver - o meu viver funéreo,
Eu quero aí chorar - os tristes prantos meus...
E envolto o coração nas sombras do mistério,
Sentir minh'alma erguer-se entre a floresta de Deus!

Eu quero, da ingazeira erguida aos galhos úmidos,
Ouvir os cantos virgens da agreste patativa...
Da natureza eu quero, nos grandes seios túmidos,
Beber a Calma, o Bem, a Crença - ardente a altiva.

Eu quero, eu quero ouvir o esbravejar das águas
Das ásperas cachoeiras que irrompem do sertão...
E a minh'alma, cansada ao peso atroz das mágoas,
Silente adormecer no colo da solidão...

A massacrante felicidade dos outros [Martha Medeiros]

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco.

Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: "Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento". Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.
É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexies, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo".

Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes, enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Favor não confundir uma vida sensacional, com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

30 de nov. de 2012

Caminhos do Coração [Gonzaguinha]


Há muito tempo que eu saí de casa

Há muito tempo que eu caí na estrada
Há muito tempo que eu estou na vida
Foi assim que eu quis, e assim eu sou feliz
Principalmente por poder voltar
A todos os lugares onde já cheguei
Pois lá deixei um prato de comida
Um abraço amigo, um canto prá dormir e sonhar
E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas
E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar
É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração
E aprendi ...
Final:
O coração, o coração