19 de dez. de 2011

18 de dez. de 2011

Dica do Dia #122

Prefiro a música, porque ela ouve o meu silêncio e ainda o traduz, 
sem que eu precise me explicar.

17 de dez. de 2011

Sobre a ausência de “compromissos” [Elenita Rodrigues]

Acho que eu magoei profundamente alguém esses dias. É estranho ter esse tipo de clareza, porque eu me sinto meio boba com a sensação de que aumento o sentimento, mas... acho que magoei e com força.

Eu sempre tento reproduzir aquela lógica do karma − não faça aos outros o que não gostaria que fosse feito a você −, então me blindo com a justificativa de que sempre fui sincera nos meus relacionamentos, nunca enganei ninguém, nunca menti, nunca prometi mundos e fundos... Mas é confuso. É tudo tão confuso. Porque de alguma forma quando você olha nos olhos do outro, beija na boca do outro e sente o corpo, a energia, recebe e entrega carinho, suas almas se conectam, né? Você “promete” sentimentos mesmo que nem perceba que promete. Podem me chamar de romântica, boba e pisciana. Eu sou.

Acho que a gente pode tentar banalizar o amor e o sexo da forma que quiser, mas se houver dentro da gente ainda um pouco de sentimento pela vida, pelas pessoas, pelo universo, a gente nunca vai conseguir enxergar do outro lado só mais um pedaço de carne. Não vou dizer que, como em “O pequeno príncipe”, as pessoas são responsáveis por aquilo que cativam mas... Quantas e quantas vezes, em uma relação modesta mas repleta de carinho, você já não esteve do outro lado e alimentou em si mesmo e sozinho uma expectativa que foi devastada por alguém que nunca havia prometido nada a você?
Acho que eu magoei profundamente alguém esses dias. E eu nem queria. Mas fiz.

Esse texto está ficando estranho e denso demais pra uma primeira coluna. Eu queria falar de um assunto leve, mas é que a vida nem sempre é leve. Às vezes nossas atitudes são duras e agudas, coisa de quem já sofreu tanto e se abriu tanto em outras histórias, que prefere se revestir com a armadura e a espada de alguém que escolhe não sentir apenas para não correr o risco de sofrer.

Acho que o mocinho (esse que eu mencionei lá no início) não soube bem o que fazer com tanta transparência. Ele tentou e ofereceu o que podia, do jeito que sabia, mas eu julguei e desdenhei.

Acho que no fundo eu só queria era dizer: “Não seja um otário comigo. Já sofri tanto... Me conquiste!”

No fundo eu nunca disse. No fundo ele não leu.

(E nos perdemos pra sempre... assim.)


Em tempo: O mundo é redondo e ele gira. A energia que a gente envia pro universo sempre acaba voltando de alguma forma. Envie medo e é medo que ele trará a você. A maior verdade de todas é mesmo esta: Se queremos amor é amor que temos que oferecer, não receio, titubeio, covardia. Tudo aquilo que você entrega pro universo... é quase sempre o que ele devolve pra você. Se proteger pra não sofrer, no fim das contas, faz mesmo é com que percamos a vida e o melhor da experiência. Nem sempre vai ser bonito. Nem sempre com final feliz. Mas no fundo o importante mesmo é que.. SEJA.

Dica do Dia #121

"Tudo que tem um começo, tem um fim. 
Faça as pazes com isso e você ficará bem.
~Buda~

16 de dez. de 2011

15 de dez. de 2011

Dica do Dia #119



Ignore o que te faz sofrer, 
abrace o que te faz feliz, 
esqueça quem te faz chorar e 
lembre-se dos motivos que te fazem sorrir.

14 de dez. de 2011

Dica do Dia #118




Se sentir saudades, procure. 

Se sentir vontade, faça. 

Se tiver medo, lute. 

Se perder, esqueça ... mesmo que doa. 

Se gostar, viva!

10 de dez. de 2011

Tédio... ou serenidade? [Elenita Rodrigues]



Ou eu sou muito exigente, ou não existem mais homens interessantes no planeta. Que coisa mais chata, meu Deus...


[I guess it's the price of love, i know it's not cheap]. 

Você, homem interessante, que tiver vindo parar aqui por acaso... EU TE DESAFIO. Me surpreenda, me retire do tédio, da mesmice, das abordagens ridículas, despropositadas, do estilo olha-como-eu-sou-lindo-viu-como-eu-malho-o-tríceps. Você pode encantar qualquer garotinha que não tiver nada na cabeça, mas uma mulher MINIMAMENTE inteligente dará risadas internas e morrerá de tédio com 3 minutos de conversa. Estude, leia, tenha opinião, e NUNCA, em hipótese alguma, invada o espaço físico de uma mulher a menos que ela lhe convide. É pedir demais do universo? Pois que seja, porque eu não aceito menos do universo. 

[Light my way.]

A Nossa Vitória de cada Dia [Clarice Lispector]

Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia
Não temos amado, acima de todas as coisas. 
Não temos aceito o que não se entende, porque não queremos passar por tolos. 
Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro.
Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. 
Temos construído catedrais e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. 
Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. 
Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. 
Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. 
Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. 
Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. 
Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. 
Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. 
Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. 
Falar no que realmente importa é considerado uma gaffe.
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. 
Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «Pelo menos não fui tolo!» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. 
Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. 
Temos chamado de fraqueza a nossa candura. 
Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. 
E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.

[in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres']