29 de fev. de 2012

Only You Know and I Know

Só eu e você sabemos todo amor que temos para mostrar...

Portanto não se recuse a acreditar, interpretando vários pensamentos...

Porque você sabe o significado do que eu disse...

Então não vá!

E leve-me pelo mau caminho...

Você sabe que nem sempre pode buscar seu próprio caminho

Porque se o fizer, irá pegá-lo, algum dia, sim!

Só você e eu sabemos...

Só você e eu sabemos...

Só você e eu sabemos...

Só você e eu sabemos...

Dica do Dia #171

"O principal na vida não é o conhecimento, mas o uso que dele se faz. " 


[Talmude]

A vida é como um livro...



Cada dia é uma nova página 

com aventuras para contar, 

coisas para aprender 

e histórias para lembrar...

28 de fev. de 2012

Como ajudar seu filho a ter uma autoestima saudável

Perguntei a uma menina de 6 anos de idade se ela gostava de si mesma e se as outras pessoas gostavam dela. Sua resposta foi surpreendente, ela disse que sim, pois gostava dela mesma por ser bonita, e que as outras pessoas gostavam dela por ser bonita e magrinha. Num primeiro momento pode-se achar que a autoestima dessa menina está legal, pois ela gosta de si e percebe os outros gostando dela. No entanto, as razões que justificaram suas respostas são assustadoras. Com seis anos de idade ela já está preocupada com a beleza e com o fato de ser magra. Para ela, pessoas de valor são pessoas bonitas e magras. Quanto preconceito! E isso numa menina de seis anos de idade!
Ela, como outras, já é vítima da influência da mídia, da moda, dos concursos de miss, das grifes e de outros contra-valores que lhes são transmitidos diariamente. Temos que, como pais, apresentar os valores. Não adianta apenas combater o que está errado, precisamos ensinar o certo.
É claro que podemos falar de moda, estética, beleza e outros fatores relacionados com a aparência, apenas estamos mostrando que não devem ser esses valores que devem dirigir nossas vidas, mas os essenciais.
Para um melhor resultado na construção de uma autoestima saudável nas crianças, é necessário que você, mãe e pai também tenham uma boa autoestima. Você precisa gostar de si, investir tempo, dedicar-se a coisas que gosta. Valorizar-se. Um pai, por exemplo, pode dizer à esposa: “querida, vou jogar bola sábado à tarde”, sem peso na consciência e sabendo que está investindo em sua saúde mental, além da física.
E a mãe: “querido, vou sair com minha amiga, sexta à noite. Ainda não sabemos aonde vamos, mas vamos nos divertir”.
Esses pequenos exemplos são apenas para evidenciar algo que não é fácil fazer, principalmente para nós pais acostumados a nos entregar de corpo e alma no trabalho e na criação dos filhos, deixando de lado a nós mesmos.
 Um pai, ou mãe, de bem com a vida, contagia positivamente seu filho e toca seu coração para que aprenda, desenvolva-se e assuma os fracassos e as vitórias em sua caminhada como ser humano realizado e feliz.
 Não é fácil investir na autoestima, pois a mídia e o consumismo enviam diariamente mensagens contrárias. Uma mulher bonita é chamada de “modelo”. Modelo do que? Se há modelo, tem que haver cópias? As mulheres olham para a “modelo” e se percebem diferentes dela. Sentem um vazio interior e pensam em preenchê-lo. O consumismo sai ganhando, a autoestima, não.
 E nossos filhos? Que mensagens recebem? Pesquisas têm mostrado que a criança brasileira é a que mais assiste TV no mundo, ou seja, é a que mais está exposta aos contra-valores. Nosso trabalho para ajudá-los a construir autoestima saudável é ainda maior. O primeiro passo é desmascarar o que a TV mostra. E dizer aos nossos filhos que ser honesto, ser responsável, ajudar as pessoas, ser ético e batalhador é muito mais importante que ser magro ou bonito.
 (Publicado na revista Viver Curitiba, n 1 ano 1)

A vida é como um piano....


As teclas brancas 

representam a felicidade, 

e as pretas a angústia... 

Só que, 

com o passar do tempo, 

você percebe que 

as teclas pretas 

também fazem música...

Dica do Dia #170

Tente! 
Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, 
uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. 
Pelo menos sorria, procure sentir amor. 
Imagine. Invente. Sonhe. Voe. 
Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, 
a mente pode te alimentar com flores. 
Eu não estou fazendo nada de errado. 
Só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas...
[Caio F. Abreu]

O cérebro de pessoas que bebem álcool se encolhe para proteger-se dos danos


As varreduras do cérebro de camundongos que receberam quantidades significativas de álcool mostraram que o cérebro se retrai em algumas regiões.
Mas o efeito só ocorreu em ratinhos sem um tipo particular de receptor de dopamina, um produto químico com um papel fundamental na fixação do humor. O estudo, realizado no Departamento Americano de Brookhaven, forneceu novas evidências de que esses receptores de dopamina, chamados de DRD2, podem desempenhar um papel protetor contra o álcool.
O co-autor do estudo, o neurocientista Peter Thanos, disse: “Este estudo mostra e nos ajuda a compreender melhor o papel da variabilidade genética no alcoolismo, induzindo danos cerebrais provocados pelo álcool em pessoas, apontando métodos de prevenção e estratégias de tratamento”.
  O estudo explorou especificamente como o consumo de álcool afeta o volume do cérebro – o cérebro como um todo, bem como suas partes – em camundongos normais e uma linhagem de camundongos que não possuíam o gene para os receptores de dopamina D2. Metade do grupo bebeu água comum, enquanto a outra metade bebeu uma solução de etanol a 20%, durante seis meses.
Em seguida, os cientistas realizaram exames de ressonância magnética em todos os ratos e compararam com imagens de pessoas que bebem álcool, bem como pessoas que não consomem bebidas alcoólicas.
Os exames mostraram que o consumo crônico de álcool induziu a deterioração cerebral de todo o cérebro, de modo significativo, encolhendo o córtex cerebral dos ratos que não continham os receptores de dopamina D2, mas não em ratos normais com níveis adequados de dopamina.
Este padrão de danos cerebrais imita um único aspecto da patologia cerebral observada em alcoólicos humanos, de modo que esta pesquisa estende-se a validação da utilização de ratos como base ou modelo para estudo do alcoolismo humano”, comentou Thanos.
Nos seres humanos, estas regiões são criticamente importantes para o processamento da voz, informações sensoriais, formação de memória de longo prazo, dentro outros. Portanto, esta pesquisa ajuda a explicar por que os danos do álcool podem ser difundidos e prejudiciais.
O fato de que os ratos que não continham receptores de dopamina D2 tiveram danos cerebrais, pode sugerir que a dopamina se comporte como protetora contra a atrofia cerebral em pessoas que se expõem ao álcool”, conclui Thanos.

Há um tempo (Fernando Pessoa)


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.                                  
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

27 de fev. de 2012

Eu, assim como ela...

Ela tinha um jeito solto de viver a vida.
Me deixava louco - sorria de tudo, mesmo na pior situação.
Eu me perguntava: cadê as lágrimas, aquelas lágrimas todas que tanta mulher despeja?
Mas ela era diferente, defeito de fábrica, forte, não se deixava intimidar - e isso era o que mais me atraia. 

[Michelle Trevisani]

Dica do Dia #169


Existem manhãs em que abrimos a janela 
e temos a impressão de que o dia está nos esperando. 
E está! 

~ Charles Baudelaire ~

Amar é para poucos [IVAN MARTINS]


Você já esteve apaixonado por alguém incapaz de gostar?

A capacidade de amar, assim como a coragem ou a inteligência, não é do mesmo tamanho em todos nós. Eu sou forçado a lembrar disso todo vez que converso com S., uma amiga de Brasília que é, possivelmente, a mulher mais apaixonada do mundo.
Quando falamos, na semana passada, ela estava em preparativos para um novo casamento. Conheceu o rapaz há poucos meses, está profundamente envolvida e, sem temor aparente, se prepara para iniciar uma vida comum. Não é a primeira vez que ela faz isso e é provável que não seja a última, mas, assim como no passado, avança para o casamento com a convicção tranquila de que, se alguma coisa der errada, não será por falta de amor, lealdade e dedicação da parte dela.
Ao contrário da minha amiga, que tem uma facilidade até exagerada de se vincular, muitos de nós sofremos do oposto: uma enorme dificuldade em criar ligações profundas e verdadeiras. O sintoma mais comum é que vivemos atormentados por dúvidas sobre a intensidade e a profundidade dos nossos sentimentos. Quem tem uma conexão emocional profunda não se pergunta a todo o momento se deveria seguir em frente ou tentar com outra pessoa. 
Muitos acham difícil construir mesmo essa ponte precária em direção aos outros. Há pessoas para quem o ato de se entregar emocionalmente nem existe. Elas sentem-se de alguma forma isoladas mesmo sendo parte de um casal. Gostam, compartilham, respeitam, transam intensa e prazerosamente, mas não se sentem vinculadas. Há uma barreira invisível de privacidade que jamais é rompida. Persiste a sensação de que o outro é fundamentalmente um estranho. A delícia de sentir-se íntimo, que na minha amiga é natural como respirar, nunca foi experimentado de forma duradoura por milhões de pessoas.
Quando penso em mim e nas pessoas que conheço intimamente, me parece que existe uma progressão que vai dos apaixonados incondicionais às pessoas que não conseguem se vincular – e que a maioria de nós se encontra emocionalmente em algum ponto entre esses dois extremos. Temos graus variáveis de dificuldade para amar e sair de nós mesmos, mitigados por períodos de entrega e arrebatamento.
De qualquer forma, a ideia de que somos todos iguais diante do amor, e que a única dificuldade está em encontrá-lo, me parece falsa – ou pelo menos exagerada. Postos diante da possibilidade do amor, uns não conseguirão reconhecê-lo e outros terão impulso de afastar-se. Poucos serão capazes de abraçá-lo assim que ele virar a esquina. Somos diferentes também nisso.
Se pensarmos na dificuldade de se vincular como um problema, ele talvez seja mais comum entre os homens (embora eu conheça mulheres que também preferem manter-se a uma distância emocional segura). Quantos caras você conhece que trocam periodicamente de parceiras sem estabelecer um vínculo real com qualquer uma delas? Esse tipo de comportamento pode ser tanto o resultado de uma opção social quanto de uma deficiência emocional. Talvez haja alguma verdade no clichê rancoroso sobre “homens incapazes de amar”.
As causas dessas dificuldades são, para mim, insondáveis, mas me parece óbvio que o caos interior e a ansiedade em que boa parte de nós vive não ajuda a gostar de ninguém. Como criaturas tão atormentadas por seus próprios demônios conseguiriam reunir a atenção e a generosidade que o amor exige? É fácil proclamar-se apaixonado ou apaixonada a cada esquina, de forma imaginária e histérica. Mas manter um afeto duradouro na vida real exige mais do que pirotecnia e rock and roll. Exige sentimentos profundos que alguns de nós não são capazes de oferecer.
As consequências da dificuldade de amar são óbvias. A primeira é o sofrimento que ela impõe aos parceiros. É duro lidar com alguém que não está 100% ali. É chato confrontar-se com a hesitação de quem não sabe o que sente. Dói lidar com a aspereza de quem não consegue se coloca na pele do outro – ou não permite que o outro entre sob a sua própria pele.
É evidente, também, que gente com dificuldade em se entregar não tem relações satisfatórias. Para que elas existam, os laços afetivos têm de estar ancorados em algo mais sólido do que os nossos desejos imediatos, que variam de um dia para o outro. Mas a criação de laços duradouros não se faz por um ato de vontade. É preciso ser capaz de gostar, amar e confiar. É preciso sentir-se parte de algo - e alguns de nós, muitos de nós, não conseguem sentir-se parte de coisa nenhuma.

26 de fev. de 2012

Dica do Dia #168

Felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas.

Dicas para Pais


Como fazer com que as crianças gostem de ir para escola? Como diminuir a resistência?
Os pais podem ajudar seus filhos a gostar da escola participando da vida escolar. Buscar os filhos na escola e ficar mais um pouquinho lá; pedir para o filho mostrar cada detalhe da escola, conversar sobre professores e colegas de turma, conhecer o nome dos melhores amigos da sala e convidá-los a brincar juntos num sábado, enfim, participar com alegria. Isso cria um clima favorável para aceitar a escola como algo bom, gostoso.
A própria escola deve ajudar criando apresentações, mostras, feiras de ciências, etc...  os pais vão à escola e valorizam a participação do filho, criando nele um sentimento bom em relação a tudo que se referir à escola.

O que fazer quando se sabe que a criança está fazendo manha?
Manhas, birras, “shows”, choradeiras, etc são mecanismos que as crianças utilizam para tentar conseguir o que querem. Se os pais, não suportando mais as manhas, cederem uma vez, os filhos aprendem que dá certo, que birra funciona. Portanto, para mudar esse comportamento da criança, ela precisa perceber que a manha não funciona. Para isso, não se deve gritar com os filhos, ameaçar, punir, etc... isso só envia a mensagem para a criança que ela está conseguindo alterar os pais e, portanto, ela pode continuar a fazer as birras. A melhor forma de lidar com isso é afastar-se da criança deixando-a sozinha. A perda da atenção mostra à criança de que birra traz perdas, traz o oposto do que ela queria, o que faz mudar o comportamento.

Como demonstrar segurança?
Pais seguros não gritam, não xingam, não perdem o controle, e não precisam provar seu amor a toda hora com brinquedinhos, com atitudes de desistência perante regras e limites. “Tá bom filhinho, mas só dessa vez” é um dos maiores problemas na educação das crianças. Pais seguros, firmes, que sabem dizer “não” quando precisa, criam filhos tranquilos que conhecem seus limites e que não precisam testar os pais para saber se eles realmente os amam. Vale lembrar que, de vez em quando, podemos sim aceitar exceções, podemos quebrar algumas regras, não precisamos ser sempre tão rígidos. No entanto, é a sistematização que traz resultados.

Como despertar o desejo das crianças fazerem as lições de casa?
Lição de casa é fundamental para a aprendizagem. Durante a aula a criança aprende e o cérebro registra tudo na memória de curto prazo. Em casa, durante a lição de casa, durante a leitura, ou na hora que a criança explica aos pais o que aprendeu na sala, o cérebro envia o que está na memória de curto prazo para a memória de longo prazo. Se não faz lição, é mais fácil esquecer tudo o que se aprende. Depois, à noite, durante o sono profundo (daí a importância de dormir bem) o cérebro fixa o que estiver na memória de longo prazo. É aí que termina a aprendizagem. Crianças que não fazem lição de casa (ou que as mães/pais fazem por elas) não aprendem adequadamente e depois afirmam que na avaliação “deu um branco”. O mesmo acontece com crianças que não dormem mais de 8 horas por noite.  
Assim, para criar o desejo, é necessário criar hábito. Todos os dias um horário para fazer lição ou para ler ou para estudar. Hoje não tem lição? Não faz mal, vamos ler.

As crianças precisam mesmo de uma rotina diária?
Precisam. A rotina traz segurança, tranquilidade. O cérebro aprende que há uma familiaridade no dia-a-dia e não gasta energia tendo que inventar ou descobrir o que vem depois. Dentro da rotina, a criança tem espaço para criar, inventar e fazer novas descobertas mais significativas.

Os filhos podem/devem receber prêmios por bom comportamento e bom desempenho escolar?
Não. Premiar por estudar ou por ir bem numa prova ensina ao filho que estudar não é tão bom assim e que tirar boas notas é raro, por isso deve ser premiado. Pais que prometem prêmios no final do ano por aprovação ou por notas boas criam mais uma pressão (desnecessária) na hora de uma avaliação. A criança fica com medo de errar,  pois pode perder o prêmio. O adequado é acompanhar todos os dias, ver se fez lição, conversar sobre a leitura etc.. isso faz com que a criança não deixe para estudar só no dia da prova. Acompanhar todos os dias vai resultar em aprovação, notas boas, sucesso.
Elogios, beijos e abraços mostram ao filho que os pais têm orgulho do seu comportamento. Logo ele vai sentir prazer em estudar. A motivação será intrínseca.

Qual o segredo para não errar pelo excesso de zelo e nem pela falta de atenção às crianças?
Dar autonomia passo a passo, dia a dia. Autonomia se desenvolve dando responsabilidade e liberdade nas decisões que o filho deve (e pode) tomar. Só liberdade cria filhos irresponsáveis, egoístas e voltados ao prazer a qualquer custo. Só responsabilidade cria filhos escravos, sem personalidade, sem vontade própria. O equilibro desenvolve autonomia.

As férias proporcionam oportunidades de manter relacionamentos familiares agradáveis e descontraídos. Como manter este clima mesmo com a volta às aulas?
Separando momentos de interação. Uma dica prática é fazer pelo menos uma das refeições juntos, mas com uma regra bem clara: proibido falar coisas ruins, assistir TV, dar broncas, pegar no pé, etc... hora da refeição é hora da alegria. Hora de compartilhar coisas que aprendeu, que viveu, sentiu, etc... ou seja, hora de repartir a vida.
Outra dica é: evite dizer não, mas quando disser, faça valer. Passar o dia mandando, dando brincas, brigando com os filhos, não resolve, não cria um clima de participação.

[Publicado na Revista Fácil Fácil]

25 de fev. de 2012

Dica do Dia #167

Prefiro te manter perto, mantendo uma certa distância... 
do que acabar te mantendo distante, em uma tentativa de te manter cada vez mais perto.

24 de fev. de 2012

Foo Fighters - Everlong

Uma Eternidade

Olá, eu tenho esperado você por aqui
Uma eternidade
Esta noite, eu me joguei de cabeça
E de repente, do nada, ela cantou
Vem cá e se perca por aí comigo
Para baixo comigo...
Devagar, como você queria que fosse
Além de minha mente, fora da minha mente, ela cantava

E eu me pergunto, quando eu canto com você
Se tudo pudesse ser tão real para sempre
Se tudo pudesse ser tão bom assim de novo
A única coisa que eu sempre irei te pedir
Você tem que prometer nunca parar quando eu disser " quando" ...
Ela cantou

Expire, então eu possote inspirar
Segurar você por dentro...
E agora, eu sei que você sempre esteve lá
Fora de sua cabeça, fora de minha cabeça. E eu cantei

E eu me pergunto, quando eu canto com você
Se tudo pudesse ser tão real para sempre
Se tudo pudesse ser tão bom assim de novo
A única coisa que eu sempre irei te pedir
Você tem que prometer nunca parar quando eu disser " quando" ...
Ela cantou

E eu penso
Se tudo pudesse ser tão real para sempre
Se tudo pudesse ser tão bom assim de novo
A única coisa que eu sempre irei te pedir
Você tem que prometer nunca parar quando eu disser "quando"

Um inimigo com várias faces [Gianbruno Guerrerio]

Acessos de pânico, comportamentos compulsivos e fobias são algumas expressões da ansiedade – um transtorno que pode ser curado


Ser mais ou menos ansioso é um traço relativamente estável de personalidade que se reflete na percepção de situações como perigosas ou ameaçadoras. O estado de ansiedade propriamente dito, entretanto, pode ser considerado um momento de ruptura que causa enorme desconforto. Tensão, apreensão e inquietude dominam todos os outros aspectos da personalidade e desencadeiam (ou são desencadeados) por manifestações orgânicas – provocadas pela ativação do sistema nervoso autônomo – que vão da aceleração do batimento cardíaco ao suor intenso, da respiração arquejante à repetição de gestos estereotipados.

Os transtornos de ansiedade, embora associados à presença de estados de tensão, assumem diversas formas. O reconhecimento de uma matriz comum a todos eles é uma aquisição relativamente recente da ciência. O transtorno de ansiedade pode se manifestar como súbito ataque de pânico, como fobia simples (na qual se sente que a ameaça provém de estímulos bem específicos), ou ainda como fobia social (provocada quando esquemas cognitivos “mal calibrados” percebem ameaças potenciais em situações sociais banais).

Há também o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), no qual a mente é invadida por pensamentos incômodos que são exorcizados com rituais repetitivos. Pelo menos na adolescência, quase todos passamos por um período em que cultivamos pequenos rituais que ajudam a aliviar estados de ansiedade. Não são poucas as pessoas que, antes de sair de casa, têm o hábito de verificar, repetidamente, se a porta está trancada. Em geral, tudo termina aí. Mas, para quem sofre de TOC, estas atividades podem, literalmente, consumir o tempo, exigindo uma ou mais horas do dia para ser executadas, tornando as ações cotidianas mais banais extenuantes.

Esses comportamentos rituais ou compulsões são respostas destinadas a aliviar um estado de ansiedade que se manifesta por meio de ideias obsessivas e pensamentos perturbadores, dos quais a pessoa não consegue se livrar. A gama de elucubrações pode ser muito vasta, indo desde a idéia de ser infectado por bactérias que parecem estar por todo lado até a presença constante de imagens ou cenas consideradas repugnantes ou o receio de fazer mal a pessoas queridas.

Racionalmente, o paciente sabe bem que os rituais que emprega – como lavar continuamente as mãos, contar determinada série de números ou dispor os objetos segundo uma simetria particular – não têm nenhum significado, salvo o de proporcionar uma pausa momentânea na ansiedade que o incomoda.

Outra face dos transtornos de ansiedade se manifesta na fobia social, na qual a permanente impressão de ser observado e julgado muitas vezes leva a uma paralisia. Em certo sentido, pessoas que sofrem dessa fobia são incapazes de “esquecer o próprio medo” para inserir-se na situação social em que estão naquele momento.

Por vezes esse estado só se manifesta em situações específicas – como falar em público, comer, escrever ou telefonar na presença de muita gente. Em alguns pacientes, porém, os sintomas surgem até mesmo quando é reduzido o número de pessoas à sua volta. A perspectiva de enfrentar uma das situações tão temidas provoca um forte estado de apreensão dias antes. Não é raro que o sociofóbico manifeste sua ansiedade fisicamente, enrubescendo, suando ou tremendo, algo que o faz se sentir, ainda mais, como alvo de possíveis críticas. Deflagra-se então uma espiral de desconforto, sensação que persiste mesmo após a situação crítica, alimentada por pensamentos de autodepreciação e receio da opinião alheia. A fobia social pode interferir nas atividades escolares, profissionais e na capacidade de fazer e manter amizades.

Um caso particular é o transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Além de apresentar graus de intensidade – do mais leve, em que é difícil distingui-lo dos traços de personalidade, até o mais preocupante – está, muitas vezes, associado a outras formas de ansiedade e, sobretudo, à depressão maior. Para pacientes com TAG, qualquer problema (seja mal-estar físico, dificuldade no trabalho ou discussão familiar) pode ser motivo para a antecipação de situações catastróficas.

Em casos mais graves, ao levantar de manhã, a pessoa fica ansiosa só de pensar nas atividades cotidianas que deverá enfrentar. A ansiedade manifesta-se também fisicamente, por meio de cansaço, cefaléia, tensões e dores musculares, dificuldade de digestão, tremores, convulsões, irritabilidade, suor e acessos de calor. Em muitas ocasiões, o paciente percebe a desproporção entre a realidade da situação e o nível de ansiedade, mas essa consciência racional não consegue dissolver os temores que ocupam a mente. A incapacidade de relaxar repercute na força de concentração, perturbada pela constante intrusão de sentimentos de ansiedade, e na possibilidade de ter um sono tranqüilo.

Pessoas que sofrem de TAG, diferentemente das que têm outros tipos de ansiedade, não evitam situações específicas. Se o transtorno não assumir formas graves, não interferirá na capacidade de integração social e na atividade profissional. Por isso, a importância dessa forma de ansiedade foi por muito tempo subestimada. Atualmente, porém, o problema recebe maior atenção, seja porque se apresenta, com freqüência, associado à depressão maior ou porque o acúmulo da experiência clínica revelou que, nas formas mais intensas, até mesmo a execução das atividades cotidianas mais banais pode se tornar algo extremamente penoso. Diversos estudos confirmaram a existência de duas dimensões psicopatológicas independentes, uma caracterizada pelo medo, temor, preocupação e angústia, e outra pela tristeza, humor deprimido e sentimento de culpa. Desse ponto, ambas as manifestações estão presentes em todas as pessoas com transtornos depressivos ou com TAG, mas uma delas pode predominar.



[Fonte]

Dica do Dia #166


Crianças institucionalizadas apresentam comportamentos perturbados de vinculação

Uma investigação da Escola de Psicologia da UMinho revela que mais de metade das crianças institucionalizadas exibe padrões atípicos de vinculação, isto é, apresenta dificuldades na criação de laços com os cuidadores institucionais. Esta realidade parece estar associada à escassez de cuidadores nas instituições, que não permite uma individualização dos cuidados prestados. Joana Silva, recém-doutorada em Psicologia, afirma que a solução está na promoção de alternativas provisórias com um cariz “familiar”. Investir na qualidade do ambiente relacional das instituições e em novas formas acolhimento familiar exige um esforço financeiro muito elevado, mas pode representar um ganho significativo a médio ou longo prazo na saúde e no bem-estar destas crianças, sublinha.
 
Este estudo, intitulado “Desorganização e Comportamentos Perturbados de Vinculação num Grupo de Crianças Portuguesas Institucionalizadas”, é pioneiro em Portugal, já que atenta exclusivamente em crianças com idades compreendidas entre os 12 e 30 meses. O objetivo foi perceber de que forma estas crianças organizam os seus comportamentos de vinculação com os cuidadores dos centros de acolhimento. Além disso, pretendeu analisar o impacto da prestação de cuidados no desenvolvimento da criança. Foram avaliados 85 bebés de 19 centros de acolhimento do Norte do país.
 
A investigação mostra que metade das crianças tem comportamentos perturbados de tipo indiscriminado, 29 por cento apresenta comportamentos de tipo inibido e 29 por cento manifesta comportamentos de distorção de base segura. “O comportamento indiscriminado é seguramente aquele que tem sido verificado com maior frequência, mesmo na investigação internacional”, afirma Joana Silva. “A híper-sociabilidade e a abertura excessiva a pessoas desconhecidas são comportamentos de risco para a própria criança. Este comportamento traduz-se numa incapacidade por parte da criança de se proteger, tornando-a mais vulnerável a abusos ou a manipulações”, acrescenta Isabel Soares, orientadora de Joana Silva e professora catedrática da Escola de Psicologia. As crianças com comportamentos de tipo inibido são mais retraídas, o que também é problemático em situações de dificuldade, uma vez que não conseguem pedir apoio. Os estudos têm mostrado que o comportamento indiscriminado é o mais difícil de reverter: 
“Muitos pais afirmam que os filhos adotivos continuam a apresentar este tipo de conduta”, explica Isabel Soares.


Adoção é a melhor solução
 
A longo prazo estes problemas de vinculação tomam proporções diferentes. Como refere Isabel Soares, as implicações na vida futura destas crianças dependem muito do que vai acontecer após a adoção, ou seja, dos cuidados e das oportunidades de crescimento que elas poderão ter. Neste estudo, o tempo médio de institucionalização foi de 11 meses, sendo que algumas crianças se encontravam em acolhimento institucional desde o nascimento. “Já é muito tempo”, afirma a professora. Quanto maior for o tempo de institucionalização, mais nefastas serão as suas implicações no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e académico destas crianças. A experiência pós-adoção mostra que as crianças começam a apresentar índices de crescimento físico e cognitivo próximos daquilo que é esperado em função da idade. Proporcionar um ambiente familiar com estabilidade nos cuidados e com afeto é, segundo as psicólogas, a melhor forma de intervenção para resolver muitos destes problemas.
 
Para além de as experiências pré-institucionais assumirem um papel fulcral na capacidade de relacionamento das crianças, a qualidade dos cuidados prestados nos Centros de Acolhimento Temporário também merece uma atenção especial. “A institucionalização não reúne as condições mínimas para o desenvolvimento adaptativo de um bebé, que precisa de um cuidador estável, disponível, sensível e focado nas suas necessidades. É com esta interação repetida que se vai criando uma relação de vinculação”, explica Joana Silva. Embora as instituições portuguesas tenham vindo a melhorar e “sejam globalmente melhores” face às da Europa de Leste, os problemas ligados à qualidade relacional e à disponibilidade emocional dos cuidadores perduram: “É impossível proporcionar numa instituição o mesmo tipo de cuidados dados no contexto familiar, até porque os recursos são escassos, muitas vezes por motivos económicos. Existe já um esforço no sentido de individualizar os cuidados, atribuindo um cuidador primário a cada criança, procurar diminuir a rotatividade para aumentar a consistência da prestação de cuidados e proporcionar formações aos técnicos”, adianta a investigadora.



[Originalmente publicado aqui]

23 de fev. de 2012

Cientistas criam aplicativos para tratar transtornos sociais


[Eu quero para o consultório! Adoreiii!]


Imagine ter no smartphone, ao lado de jogos conhecidos como Angry Birds ou Fruit Ninja, um aplicativo que facilite o tratamento de transtornos como fobia social.
Essa é a ideia de cientistas que têm pesquisado terapias portáteis para celular como uma maneira de auxiliar os tratamentos convencionais.



A lógica desses pesquisadores é simples. Assim como alguns aplicativos para celular podem desenvolver processos cognitivos e melhorar o aprendizado, eles também podem trabalhar áreas cerebrais ligadas a transtornos.
O melhor é que a terapia cabe no bolso e pode ser levado para qualquer lugar.
A discussão veio à tona quando um grupo de cientistas da Universidade da Austrália Ocidental apresentou recentemente um aplicativo para tratar fobia social.
Pessoas com esse tipo de transtorno sentem uma ansiedade extrema ao serem "avaliadas" pelas outras. Além disso, quem tem fobia social relata sentir medo diante de expressões hostis (como ar de reprovação).
Os cientistas australianos criaram um game em que o paciente fica diante de expressões faciais dispostas como cartas de baralho. Uma delas é hostil e outra neutra.
Depois de aparecerem brevemente na tela, elas somem, e o usuário tem de identificar uma letra do alfabeto. Essa tarefa leva a pessoa a desviar sua atenção da área da tela na qual estava o rosto hostil e, em tese, minimiza sua reação a esse tipo de imagem.
De acordo com os pesquisadores a favor dos aplicativos (apps), a proposta é trabalhar os jogos junto com tratamentos em consultório. Os apps podem até estimular o paciente a fazer a terapia convencional.
Como os smartphones estão cada vez mais populares --jogos como o Angry Birds beiram os 30 milhões de usuários--, a expectativa é que os games terapêuticos também sejam bem aceitos.
"Isso é o que torna a ideia tão promissora", explica o psicólogo Richard McNally, da Universidade Harvard.
O laboratório dele concluiu recentemente um estudo com 338 pessoas que usaram um programa em smartphone para tratar fobias sociais.
Os usuários acharam o jogo repetitivo. Mas a facilidade de poder usá-lo "até no metrô" foi um ponto positivo.
A proposta da terapia portátil não é unanimidade entre os cientistas. "Sou cauteloso com esse tipo de tratamento", pondera Andrew Gerber, psiquiatra da Universidade Columbia, nos EUA
Na Europa, há testes de apps até para usuários que bebem demais. A ideia é que eles afastem imagens de bebidas alcoólicas e deem zoom nos líquidos sem álcool.
Ainda não se sabe quando --e se-- os apps estarão disponíveis para usuários. Mas há negociações em curso.
O psicólogo Nader Amir, da Universidade Estadual de San Diego, por exemplo, está se encarregando de comercializar um app que ele criou para tratar ansiedade.


[Fonte]