20 de dez. de 2011

19 de dez. de 2011

18 de dez. de 2011

Dica do Dia #122

Prefiro a música, porque ela ouve o meu silêncio e ainda o traduz, 
sem que eu precise me explicar.

17 de dez. de 2011

Sobre a ausência de “compromissos” [Elenita Rodrigues]

Acho que eu magoei profundamente alguém esses dias. É estranho ter esse tipo de clareza, porque eu me sinto meio boba com a sensação de que aumento o sentimento, mas... acho que magoei e com força.

Eu sempre tento reproduzir aquela lógica do karma − não faça aos outros o que não gostaria que fosse feito a você −, então me blindo com a justificativa de que sempre fui sincera nos meus relacionamentos, nunca enganei ninguém, nunca menti, nunca prometi mundos e fundos... Mas é confuso. É tudo tão confuso. Porque de alguma forma quando você olha nos olhos do outro, beija na boca do outro e sente o corpo, a energia, recebe e entrega carinho, suas almas se conectam, né? Você “promete” sentimentos mesmo que nem perceba que promete. Podem me chamar de romântica, boba e pisciana. Eu sou.

Acho que a gente pode tentar banalizar o amor e o sexo da forma que quiser, mas se houver dentro da gente ainda um pouco de sentimento pela vida, pelas pessoas, pelo universo, a gente nunca vai conseguir enxergar do outro lado só mais um pedaço de carne. Não vou dizer que, como em “O pequeno príncipe”, as pessoas são responsáveis por aquilo que cativam mas... Quantas e quantas vezes, em uma relação modesta mas repleta de carinho, você já não esteve do outro lado e alimentou em si mesmo e sozinho uma expectativa que foi devastada por alguém que nunca havia prometido nada a você?
Acho que eu magoei profundamente alguém esses dias. E eu nem queria. Mas fiz.

Esse texto está ficando estranho e denso demais pra uma primeira coluna. Eu queria falar de um assunto leve, mas é que a vida nem sempre é leve. Às vezes nossas atitudes são duras e agudas, coisa de quem já sofreu tanto e se abriu tanto em outras histórias, que prefere se revestir com a armadura e a espada de alguém que escolhe não sentir apenas para não correr o risco de sofrer.

Acho que o mocinho (esse que eu mencionei lá no início) não soube bem o que fazer com tanta transparência. Ele tentou e ofereceu o que podia, do jeito que sabia, mas eu julguei e desdenhei.

Acho que no fundo eu só queria era dizer: “Não seja um otário comigo. Já sofri tanto... Me conquiste!”

No fundo eu nunca disse. No fundo ele não leu.

(E nos perdemos pra sempre... assim.)


Em tempo: O mundo é redondo e ele gira. A energia que a gente envia pro universo sempre acaba voltando de alguma forma. Envie medo e é medo que ele trará a você. A maior verdade de todas é mesmo esta: Se queremos amor é amor que temos que oferecer, não receio, titubeio, covardia. Tudo aquilo que você entrega pro universo... é quase sempre o que ele devolve pra você. Se proteger pra não sofrer, no fim das contas, faz mesmo é com que percamos a vida e o melhor da experiência. Nem sempre vai ser bonito. Nem sempre com final feliz. Mas no fundo o importante mesmo é que.. SEJA.

Dica do Dia #121

"Tudo que tem um começo, tem um fim. 
Faça as pazes com isso e você ficará bem.
~Buda~

16 de dez. de 2011

Dica do Dia #120







Não adianta varrer o erro para debaixo do tapete. Pague o preço e siga adiante!
~Paulo Coelho~

15 de dez. de 2011

Dica do Dia #119



Ignore o que te faz sofrer, 
abrace o que te faz feliz, 
esqueça quem te faz chorar e 
lembre-se dos motivos que te fazem sorrir.

14 de dez. de 2011

Dica do Dia #118




Se sentir saudades, procure. 

Se sentir vontade, faça. 

Se tiver medo, lute. 

Se perder, esqueça ... mesmo que doa. 

Se gostar, viva!

10 de dez. de 2011

Tédio... ou serenidade? [Elenita Rodrigues]



Ou eu sou muito exigente, ou não existem mais homens interessantes no planeta. Que coisa mais chata, meu Deus...


[I guess it's the price of love, i know it's not cheap]. 

Você, homem interessante, que tiver vindo parar aqui por acaso... EU TE DESAFIO. Me surpreenda, me retire do tédio, da mesmice, das abordagens ridículas, despropositadas, do estilo olha-como-eu-sou-lindo-viu-como-eu-malho-o-tríceps. Você pode encantar qualquer garotinha que não tiver nada na cabeça, mas uma mulher MINIMAMENTE inteligente dará risadas internas e morrerá de tédio com 3 minutos de conversa. Estude, leia, tenha opinião, e NUNCA, em hipótese alguma, invada o espaço físico de uma mulher a menos que ela lhe convide. É pedir demais do universo? Pois que seja, porque eu não aceito menos do universo. 

[Light my way.]

A Nossa Vitória de cada Dia [Clarice Lispector]

Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia
Não temos amado, acima de todas as coisas. 
Não temos aceito o que não se entende, porque não queremos passar por tolos. 
Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro.
Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. 
Temos construído catedrais e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. 
Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. 
Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. 
Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. 
Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. 
Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. 
Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. 
Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. 
Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. 
Falar no que realmente importa é considerado uma gaffe.
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. 
Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «Pelo menos não fui tolo!» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. 
Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. 
Temos chamado de fraqueza a nossa candura. 
Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. 
E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.

[in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres']

28 de nov. de 2011

Saiba interpretar quando homens e mulheres dizem uma coisa, mas querem dizer outra

Não são poucos os livros escritos por especialistas falando sobre as diferenças entre o cérebro masculino e feminino. São justamente essas diferenças no modo de agir, pensar e, principalmente, falar que causam a maior parte das discussões entre os casais. Selecionamos alguns exemplos de frases típicas ditas por homens e mulheres que, em vez de simplesmente expressarem um objetivo, não são claras o suficiente aos ouvidos alheios, e, portanto, geram confusão. Veja o que querem dizer, de fato, e por que costumam ser ditas dessa forma:


O QUE AS MULHERES QUEREM

Frase típica: "Precisa levar o lixo para baixo."
O que quer dizer: "Você tem que levar o lixo para baixo."
Razão: mulheres, provavelmente com receio de ganhar fama de mandonas, costumam ser indiretas. Em vez de simplesmente pedir o que querem, lançam mão de insinuações ou rodeios para conseguir seus objetivos. "O problema é que isso não adianta, pois qualquer verbo que indique necessidade, como ‘tem que’, ‘precisa’ ou ‘deve’ soa aos ouvidos masculinos como cobrança", diz Alexandre Bortoletto, instrutor da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL). O ideal, segundo o especialista, é dizer logo o que deseja de uma maneira que indique condição –ou seja, a decisão final cabe ao homem. Exemplos: "Eu gostaria que você..." ou "Você poderia...".
Frase típica: "Qual sapato eu levo, o vermelho ou o nude?"
O que quer dizer: "Já tomei minha decisão, mas quero saber se ela bate com a sua opinião."
Razão: de acordo com os cientistas Allan e Barbara Pease, quando faz esse tipo de pergunta a mulher está, na verdade, pensando alto. No fundo, já se decidiu e não precisa de uma segunda opinião, somente quer a confirmação masculina de que fez uma boa escolha. Mas se o homem aponta o sapato vermelho, por exemplo, é provável que ela se irrite com o “fato” de ele ter odiado o nude. Se ele responder “nenhum”, corre o risco de levar uma sapatada na cabeça. O melhor a fazer é devolver a pergunta: “Qual dos dois você gostou mais, meu amor?”. E, seja qual for a resposta, sugerir que ela leve os dois.
Frase típica: "Você nunca faz o que eu peço!"
O que quer dizer: "Você se esqueceu de tirar o lixo ontem de manhã."
Razão: Alexandre Bortoletto, da SBPNL, diz que o sexo feminino é enfático e exagerado por natureza. Trata-se de uma maneira bem gentil de dizer que mulheres adoram um draminha. Assim, palavras como "nunca", "sempre", "toda vez" e "jamais" surgem com frequência no nosso vocabulário específico para lidar com o sexo oposto. Infelizmente, os homens, mais diretos e racionais, podem interpretá-las ao pé da letra e levar a cobrança a sério, dando início a uma briga daquelas. "Diante da forma mais incisiva que muitas mulheres têm de falar, muitos homens se rebelam dizendo que não aceitam ser mandados", explica Suely Buriasco.
O QUE OS HOMENS QUEREM
Frase típica: "Não é nada, está tudo bem."
O que quer dizer: "Tenho um problema, mas preciso elaborá-lo na minha cabeça antes de compartilhá-lo com você."
A razão: segundo os pesquisadores norte-americanos Allan e Barbara Pease, experts em comunicação e linguagem corporal e autores do livro “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?” (Ed. Sextante), o sexo feminino fala duas vezes mais do que o masculino, por conta das estruturas cerebrais e do que acontecia nos primórdios –durante a caça, os homens só utilizavam sinais não-verbais e ficavam horas e horas em silêncio à espera da presa. Acostumaram-se a ser mais quietos, principalmente quando mergulhados em algum conflito interno. O problema que a mulher costuma interpretar o silêncio como algo gravíssimo ou, pior ainda, levar para o lado pessoal, achando que ele está zangado com ela. E o que faz? Puxa conversa ou tenta ocupar o parceiro com alguma coisa, enquanto ele só quer ficar no seu canto, sem ser interrompido, pois não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo.
Frase típica: "Só vai homem!"
O que quer dizer: "Quero passar um tempo agindo como um adolescente com meus amigos sem alguém por perto bancando a minha mãe."
A razão: de acordo com a psicanalista e terapeuta de casais Dorli Kamkhagi, de São Paulo, vivemos, muitas vezes, relacionamentos baseados no medos de não desagradar ao outro, o que acaba fazendo com que desenvolvamos uma ou muitas máscaras. "Acabamos ficando presos ao papel de bons, perfeitos, educados, sinceros e, depois, não conseguimos pagar o ônus pesado que esse papel nos obriga, ou seja, uma representação nem sempre possível", afirma. Uma frase dessas, ao excluir as mulheres da balada, nem sempre significa que o sujeito vai cair na farra com outras –primeiro pensamento que pode tomar conta da cabeça da mulher. No entanto, é muito mais fácil alegar que o programa só diz respeito ao “Clube do Bolinha” do que admitir que pretende, apenas por uma noite, beber até cair, fazer brincadeiras escatológicas, falar baixarias e olhar (e só olhar, por que não?) para as curvas alheias como se fosse descomprometido.
Frase típica: "Eu já vou ajudá-la, só me dê uns minutinhos."
O que quer dizer: "Preciso pensar como vou resolver isso, o que pode demorar de 15 minutos a duas horas."
A razão:  É uma característica masculina não resolver as coisas de ímpeto”, afirma a consultora em mediação de conflitos e mediação corporativa Suely Buriasco, de São Paulo. E a orientação de seu cérebro e o condicionamento social o impedem de demonstrar medo ou dúvida. Só que uma frase desse tipo costuma ser interpretada como uma negativa ou fim da conversa para as mulheres, e aí as brigas começam. Dica para o sexo feminino: para o seu próprio bem, deixe-o completar o raciocínio.


[Por HELOÍSA NORONHA, aqui]


[Obrigada pela dica, Édimo!]

16 de nov. de 2011

O custo da depressão


Os antidepressivos geram lucro de mais de US$ 20 bilhões para as companhias farmacêuticas; o problema é cada vez mais frequente e começa a aparecer mais cedo


Em 2008, os antidepressivos foram o oitavo tipo de droga mais prescrito no mundo, gerando um lucro de mais de US$ 20 bilhões para as companhias farmacêuticas. Nos Estados Unidos, o tratamento de uma única pessoa com depressão custa, em média, US$ 5 mil anuais, e surgem 10 milhões de novos casos por ano. Se, aparentemente, há mais gastos com medicamentos que “corrigem” o desequilíbrio químico, por que a depressão é dez vezes mais frequente do que na década de 60 e começa a aparecer cada vez mais cedo?


Para o psicólogo Martin Seligman, diretor do Centro de Psicologia Positiva da Universidade da Pensilvânia, o crescente volume de prescrições de medicamentos sugere a ideia equivocada de que o transtorno tem causa fundamentalmente biológica. “É impossível que em 40 anos nossos genes e hormônios tenham mudado o suficiente para resultar em um índice de depressão dez vezes maior. O problema está associado a mudanças sociais”, analisa.


O transtorno é mais frequente em pessoas com mais de 65 anos, que corresponderão a 10% da população mundial em duas décadas, segundo a OMS. Estudos epidemiológicos têm mostrado que 20% delas apresentam sintomas depressivos. Porém, entre idosos que vivem em asilos ou internados em hospitais para tratamento clínico, o transtorno tem incidência de 80%. “É um problema de saúde pública associado às mudanças no perfil populacional de muitos países, pois o número de pessoas que passam os últimos anos de vida sem o apoio da família, muitas delas vivendo sozinhas, é proporcional ao aumento da expectativa de vida”, observa o psiquiatra Henry Brodaty, do Departamento de Psiquiatria para a Terceira Idade da Universidade de New South Wales, na Austrália. Segundo ele, para elaborar uma política de saúde pública com estratégias de prevenção são necessárias informações sobre a frequência e a distribuição dos transtornos depressivos. “Os estudos epidemiológicos sobre depressão em vários países, por exemplo, têm identificado maior incidência do transtorno depressivo maior (MDE) em mulheres com baixo nível de escolaridade e de renda, o que muda a percepção equivocada de que esta seria uma epidemia de 'nações ricas'. Identificar 'grupos de risco' pode tornar as abordagens preventivas mais eficientes, reduzindo a morbidade e o alto custo individual e social da doença”, diz.


[Fonte]

11 de nov. de 2011

Todo Mundo Um Dia [Mr. Pi]


Todo mundo um dia teve medo do escuro
Todo mundo um dia já sentiu-se inseguro
Todo mundo um dia foi culpado injustamente
Todo mundo um dia não gostou de algum presente
Todo mundo um dia esteve preso ao passado
Todo mundo um dia já sofreu por ter amado
Todo mundo um dia escolhe a música errada
Todo mundo um dia já errou a estrada
Todo mundo dia vai voltar
Ao mesmo lugar que começou
Todo mundo um dia vai provar
Que só será feliz quem já errou
Todo mundo um dia já ficou arrependido
Todo mundo um dia já esteve dividido
Todo mundo um dia já errou a roupa
Todo mundo um dia já beijou pensando em outra
Todo mundo um dia vai sonhar que esta voando
Todo mundo um dia vai negar que esta chorando
Todo mundo um dia disse não querendo sim
Todo mundo um dia vai dizer volta pra mim
Todo mundo dia vai voltar
Ao mesmo lugar que começou
Todo mundo um dia vai provar
Que só será feliz quem já errou
Todo mundo dia vai voltar
Ao mesmo lugar que começou
Todo mundo um dia vai provar
Que só será feliz quem já amou

Senado aprova tolerância zero para motorista alcoolizado

Tolerância zero: lei aprovada no plenário
torna crime dirigir após a ingestão de
qualquer teor de bebida alcoólica 
Projeto aprovado hoje torna crime a condução de veículo sob influência de qualquer concentração de álcool ou substância psicoativa


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (9) uma proposta que endurece a punição prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para motoristas que dirigem alcoolizados. O projeto torna crime a condução de veículo sob influência de “qualquer concentração de álcool ou substância psicoativa”. A lei em vigor admite até seis decigramas de álcool por litro de sangue.
O texto, aprovado em caráter terminativo (ou seja, não precisa passar pelo plenário), segue para a Câmara. A pena para quem dirige embriagado varia de seis meses a três anos de detenção. O motorista também fica sujeito a multa e suspensão ou perda da habilitação para dirigir.
Caso a proposta vire lei, o motorista que se recusar a fazer o teste do bafômetro poderá ser enquadrado por meio de outras provas, como testemunhas e imagens. “O cidadão não é obrigado a fazer o exame de bafômetro. Não é obrigado a fazer exame de sangue, e aí a comprovação do teor alcoólico daquela situação concreta vai ser feita através de comprovação indireta”, explicou o relator, Pedro Taques (PDT-MT).
Durante o debate, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) sugeriu que fosse tolerado um teor alcoólico mínimo para evitar distorções. Segundo ela, não é possível considerar como criminoso o motorista que tenha dirigido após consumir um bombom recheado de licor. A sugestão, porém, não foi aceita pelo relator, que entendeu que esse tipo de ingestão não teria efeito no exame sanguíneo.

7 de nov. de 2011

Após noites em claro...

Passar muitas horas sem dormir deixa
os neurônios menos ativos,
como acontece quando dormimos

Após muitas horas sem dormir, alguns tipos de células neurais se tornam menos ativas, em estado semelhante ao do sono. É o que mostra estudo publicado no periódico Nature. Pesquisadores do Instituto de Farmacologia da Universidade de Zurique mantiveram ratos despertos por períodos além do normal enquanto monitoravam sua atividade cerebral por meio de minúsculos eletrodos. Foi observado que, embora os animais permanecessem acordados, com a maior parte das células ativadas – como acontece durante a vigília –, pequenos grupos de neurônios passaram a apresentar estado semelhante ao do sono, revelando baixa atividade. A privação de sono pareceu afetar principalmente células neurais relacionadas à aprendizagem, pois roedores treinados para vencer obstáculos para chegar até o alimento não conseguiram mais realizar essa tarefa. Segundo os autores do estudo, noites maldormidas podem afetar a capacidade de aprendizado e o desempenho de atividades de forma semelhante em humanos.

14 de out. de 2011

Música pode ajudar a combater depressão e dor física

Estudo analisa a influência da música no humor e no tratamento de doenças

por Redação Galileu
Imagine ir ao médico e levar para casa uma receita com músicas no lugar de remédios. É o que apostam os pesquisadores da Glasgow Caledonian University que, usando técnicas de psicologia da música e engenharia de áudio, estão analisando como a música pode ajudar em tratamentos de doenças como depressão e ainda aliviar sintomas de dor física. 

Segundo o líder do projeto, o especialista de áudio Don Knox, fatores como tom, estrutura e letra têm grande impacto na emoção expressada por uma música, mas há também questões subjetivas, como onde e quando você a ouve e se você a associa com algum acontecimento.
O estudo envolve voluntários que ouvem certas músicas populares contemporâneas inéditas pela primeira vez e as avaliam num gráfico de acordo com o tipo e a intensidade do sentimento que despertam. Em seguida, pesquisadores avaliam as características em comum das músicas que caem em um mesmo ponto do gráfico. 

Enquanto músicas com ritmo regular, timbre vivo e tom constante são classificadas positivamente, se o tempo e a sonoridade aumentarem, por exemplo, a música é colocada em uma posição marcada como “exuberante” ou “animada” no gráfico. Agora, a equipe irá analisar o impacto das letras, focando no uso subjetivo da música.
O objetivo é desenvolver um modelo matemático que explica a capacidade da música de comunicar diferentes emoções. A expectativa é que, em alguns anos, sejam desenvolvidos programas de computador que identifiquem trechos de música capazes de influenciar o humor das pessoas, satisfazer suas necessidades e ajudá-las a lidar com a dor.


[Fonte]

Estudar música na infância melhora a inteligência

Crianças de 4 a 6 anos passam a ter mais facilidade com vocabulário

Além da possibilidade de se tornar um grande músico, a formação musical para crianças logo cedo pode ajudar também em outras áreas como a melhora do vocabulário. É o que diz um estudo publicado na revista Psychological Science

A pesquisa foi realizada pela York University e pelo Royal Conservatory of Music de Toronto. Foram analisadas 48 crianças, na idade de 4 a 6 anos, que foram divididas em dois grupos. Um dos grupos estudou fundamentos básicos da música, como tom, ritmo e melodia. Já o segundo, teve aulas de conceitos básicos da arte visual, como formas e linhas.

Os dois grupos tiveram lições duas vezes por dia, em sessões de uma hora, ao longo de 20 dias. Antes de começar o programa, os estudantes foram testados em sua inteligência verbal e espacial. O mesmo teste foi aplicado após as aulas.

O resultado mostrou que 90% das crianças que tiveram o treinamento musical apresentaram melhora na inteligência - melhor conhecimento de vocabulário, tempo de reação e precisão.

Já no grupo que não estudou música, os pesquisadores não encontraram um aumento significativo na inteligência verbal ou mudanças no cérebro.



[Disponível aqui]

6 de set. de 2011

Bon Jovi - This Is Our House

Esta É Nossa Casa

Este é o nosso tempo
Esta é a nossa noite
Você está vivo?
Levante-se, levante-se, levante-se, levante-se, hora de voar
Nós vamos levantar o telhado? (Oh yeah)
Nós vamos tocar o céu? (Yeah Hell)
Todo mundo comigo, deixe-me ouvi-lo agora
Yeah yeah yeah yeah yeah yeah

Esta é a nossa casa
Estes são o meu povo, senhor, esta é a minha cidade
Esta é a nossa casa
Ninguém vai saber que nós vamos derrubá-la
(Oh whoa oh oh oh oh oh)
Esta é a nossa casa
(Oh whoa oh oh oh oh oh)

Com o vento a nosso lado
Nós chegamos
Nós não seremos negados
Levante-se, levante-se, levante-se, levante-se, é tempo de brilhar
Somos nós que daremos a volta por cima? (Oh yeah)
Nós vamos sacudir? (Hell Yeah)
Deixe-me vê-lo levantar-los e gritar em voz alta
Yeah yeah yeah yeah yeah yeah

Esta é a nossa casa
Estes são o meu povo, senhor, esta é a minha cidade
Esta é a nossa casa
Ninguém vai saber que nós vamos derrubá-la
Esta é a nossa casa
Estas são as minhas cores, esta é uma terra sagrada
Esta é a nossa casa
Ninguém saber que nós vamos derrubá-la
Esta é a nossa casa
(Oh whoa oh oh oh oh oh)
Esta é a nossa casa
(Oh whoa oh oh oh oh oh)
Esta é a nossa casa
Ninguém vai saber que nós vamos derrubá-la

17 de ago. de 2011

Amizade sem trato [Martha Medeiros]

Dei pra me emocionar cada vez que falo dos amigos. Deve ser a idade, dizem que a gente fica mais sentimental. 
Mas é fato: quando penso no que tenho de mais valioso, os amigos aparecem em pé de igualdade com o resto da família. E quando ouço pessoas dizendo que amigo, mas amigo meeeesmo, a gente só tem dois ou três, empino o peito e fico até meio besta de tanto orgulho: eu tenho muito mais do que dois ou três. São uma cambada. Não é privilégio meu, qualquer pessoa poderia ter tantos assim, mas quem se dedica? Fulano é meu amigo, Sicrana é minha amiga. É nada. São conhecidos. Gente que cumprimentamos na rua, falamos rapidamente numa festa, de repente sabemos até de uma fofoca sobre eles, mas amigos? Nem perto. Alguns até chegaram a ser, mas não são mais por absoluta falta de cuidado de ambas as partes. Amizade não é só empatia, é cultivo. Exige tempo, disposição. E o mais importante: o carinho não precisa - nem deve - vir acompanhado de um motivo. As pessoas se falam basicamente nos aniversários, no Natal ou para pedir um favor - tem que haver alguma razão prática ou festiva para fazer contato. Pois para saber a diferença entre um amigo ocasional e um amigo de verdade, basta tirar a razão de cena. Você não precisa de uma razão. Basta sentir a falta da pessoa. E, estando juntos, tratarem-se bem.Difícil exemplificar o que é tratar bem. Se são amigos mesmo, não precisam nem falar, podem caminhar lado a lado em silêncio. Não é preciso trocar elogios constantes, podem até pegar no pé um do outro, delicadamente. Não é preciso manifestações constantes de carinho, podem dizer verdades duras, às vezes elas são necessárias. Mas há sempre algo sublime no ar entre dois amigos de verdade. Talvez respeito seja a palavra. Afeto, certamente. Cumplicidade? Mais do que cumplicidade. Sintonia?Acho que é amor. Só mesmo amando para você confiar a ele o seu próprio inferno. E para não invejarem as vitórias um do outro. Por amor, você empresta suas coisas, dá o seu tempo, é honesto nas suas respostas, cuida para não ofender, abraça causas que não são suas, entra numas roubadas, compreende alguns sumiços - mas liga quando o sumiço é exagerado. Tudo isso é amizade com trato. Se amigos assim entraram na sua vida, não deixe que sumam.Porém, a maioria das pessoas não só deixa como contribui para que os amigos evaporem. Ignora os mecanismos de manutenção. Acha que amizade é algo que vem pronto e que é da sua natureza ser constante, sem precisar que a gente dê uma mãozinha. E aí um dia abrimos a mãozinha e não conseguimos contar nos dedos nem doisamigos pra valer. 
E ainda argumentamos que a solidão é um sintoma destes dias de hoje, tão emergenciais, tão individualistas. 
Nada disso. A solidão é apenas um sintoma do nosso descaso.

Solteirice não é sinônimo de solidão [Ceci Akamatsu]

"Ter vontade e querer encontrar 
um parceiro é diferente de ter isso
como objetivo, como algo que precisa 
acontecer em nossa vida. Portanto,
solteirice e solidão só estão associados 
quando assim escolhemos. "
Reflita sobre o peso que coloca no fato de possuir ou não companhia...

Ao pensarmos rapidamente, associamos o "estar solteiro", ao simples fato não ter um parceiro afetivo. Porém, se olharmos mais profundamente, perceberemos como muito mais coisas podem estar por trás dessa palavra. Quando ouvimos que alguém está solteiro, diversos sentimentos podem passar em nossa cabeça: para alguns denotará algo alegre, como diversão, farra, liberdade. Para outros, serão associados significados mais tristes, como solidão e sensação de que falta algo, de estar incompleto. Estar solteiro é um estado civil no mundo externo, no seu significado convencional, mas em nosso mundo interno pode ter vários sentidos.

CONSEQUÊNCIAS DE NOSSAS ESCOLHAS

Muitas pessoas acham que a solteirice deve ser um estado transitório, um momento em que nos preparamos para ter um par, como se ter um relacionamento fosse o objetivo de se estar solteiro. Essa é justamente uma das causas do sentimento de solidão que muitas vezes sentimos quando estamos solteiros. Se partimos do princípio que nosso objetivo é encontrar alguém, criamos o sentimento de falta dentro de nós. Ter vontade e querer encontrar um parceiro é diferente de ter isso como objetivo, como algo que precisa acontecer em nossa vida. Portanto, solteirice e solidão só estão associados quando assim escolhemos.  
Basta lembrar que podemos nos sentir solitários mesmo estando em um relacionamento. O sentimento de solidão e de falta são consequência das escolhas que fazemos em relação ao modo como queremos vivenciar nossa vida. Estão longe de ser causadas pelo que está fora de nós, como pelo fato de não ter um parceiro amoroso.
Há quem não goste de estar solteiro e reclame da falta de uma companhia, de alguém para dividir sua vida. Tais pessoas sentem-se muito mal e perdem até a vontade de sair de casa e de participar de atividades sociais, afinal estão todos acompanhados e estar só é uma situação constrangedora. De fato, existe uma pressão externa das pessoas, quase como uma regra que exige que tenhamos um par afetivo, como um pré-requisito de ser um pessoa normal ou bem sucedida. Principalmente a partir de certa idade, é quase uma obrigação ter um parceiro. Porém, nós é quem escolhemos acatar ou não essa regra social. Não há certo ou errado, mas se escolhemos acatá-la, escolhemos também vivenciar o mal-estar que essa escolha representa ao estar só, e portanto teremos de arcar com os sentimentos de frustração.

*=*
Será que estar solteiro realmente é algo assim tão difícil para a vida social, ou somos nós quem colocamos muito peso e valor à regrinha de "ter que" possuir um parceiro?

 *=*

DISFARCES, MEDO E APRENDIZADOS PESSOAIS

Se para muitos estar solteiro é visto como algo negativo, para outros é sentido como sinônimo de liberdade. Ainda que aparentemente quem percebe a solteirice de modo positivo esteja bem resolvido, isto não necessariamente é verdade. Toda a movimentação social e convicção ao dizermos que preferimos estar solteiros podem ser simplesmente uma disfarce para o medo e para a fuga dos relacionamentos mais profundos. A constante companhia de outras pessoas, ou os seguidos relacionamentos românticos superficiais podem não ser uma escolha de curtir a vida desta maneira, mas distrações que refletem a fuga em lidar com nossas próprias dificuldades de relacionamento. As pessoas costumam dizer que os relacionamentos são difíceis, mas os relacionamentos são relacionamentos, nem fáceis nem difíceis. Somos nos quem ainda não aprendemos a lidar com eles e conferimos a eles essa qualidade. A dificuldade está em nós e não na relação. Se a outra pessoa é difícil, ela nada mais é do que um reflexo de nossa própria falta de habilidade em nos relacionar.
Como saber se estamos nos deixando levar pelas pressões internas ou externas e deixando de fazer nossas verdadeiras escolhas? Geralmente os sentimentos autênticos e disfarçados se misturam e cabe a nós utilizar toda a nossa honestidade com nós mesmos para reconhecer o quanto estamos nos iludindo. Só mesmo cada um de nós lidando individualmente com nossa verdade mais profunda pode descobrir isso. Pode ser estranho, desagradável e até dolorido reconhecer como nós nos enganamos. Podemos sentir vergonha e culpa em assumir, nem que seja para nós mesmos, aquilo que consideramos "fraquezas" ou "fracassos", mas que na realidade são apenas nossos desafios e aprendizados pessoais.
Não importa se estamos sós ou acompanhados, enquanto nosso foco estiver na opinião das pessoas, na existência ou não de um parceiro afetivo, ou em qualquer outra coisa lá fora, estaremos continuamente sujeitos aos sentimentos de insegurança e frustração. Podemos sim, enquanto solteiros, verdadeiramente nos preparar para um novo relacionamento e curtir a vida social e relacionamentos mais superficiais, porém, isso só é possível quando é uma escolha verdadeira e sincera com nós mesmos, e não uma resposta às nossas carências e pressões externas, ou uma fuga de nossas questões mal resolvidas internamente.
Se soubermos reconhecer o que efetivamente se passa dentro de nós, saberemos curtir a nossa individualidade e estaremos felizes, independente do estado civil!

3 de ago. de 2011

O amor bom é facinho [Ivan Martins]

Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?

Eu suspeito que não.

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?

Minha experiência sugere o contrário.

Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada. 

1 de ago. de 2011

Paula fernandes - Voa


Composição: Paula Fernandes

Se esta pensando em voar
Na direção de me amar
Voa, voa

Não tenha medo de dizer que quer
Vamos fazer o que você quiser
Voa, voa

E serei eu que em um dia então
Vou te fazer delirar de paixão
Nesse prazer somos eu e você
Vamos, voa, voa

Num colorido pintado no céu
Num voo livre de nuvem de mel
No paraíso só eu e você
Vamos voa, voa

Mais adiante vai sentir o quanto se apaixonou
Voa comigo vem seremos dois pombinhos de amor.

Onde está você? [Valéria Lopes]

Onde está você que entrou em minha vida mansamente sem pedir licença...
Que tomou conta do meu coração e dominou todos os meus sentimentos?
Onde está você... Que romanticamente cativou a minha alma... E acendeu meus olhos para um caminho diferente?
Onde estão tuas palavras que um dia doce conquistaram cada parte de mim... E me puseram a sonhar com teu rosto... Fantasiando o futuro com você ao meu lado?
Há tantas interrogações... Meu coração... Indaga sobre tua presença... E convive com silêncio da solidão de tua ausência...
Cadê o conto de fadas, a música de amor que embalou nossos desejos... E nos transformou com a magia da paixão em apenas um?
Hoje cada fase do meu sonho revela o abandono... A carência... Teus passos se afastaram de mim... Escureceram meu mundo... Com a solidão de dias sem cor...
Todas as coisas... Tornaram-se inexistentes desde o dia em que você se foi...
Tento rascunhar uma nova vida para mim...
Apagando qualquer lembrança do passado...
Mas meus pensamentos fogem de mim e me levam até você...
Perdida neste passado te encontro com os meus olhos cheios de lágrimas porque tento te tocar e não consigo porque tua imagem é como o ar que não se pode tocar... Mas apenas sentir... E eu te sinto em toda parte... Mesmo sem te ter aqui...
Os dias amanhecem tristes e minha mente obedece ao meu coração que te procura entre tantas perguntas... Porque sente tua falta... Sente saudade...
Então cadê você... Onde está você agora além de estar aqui dentro de mim???
Onde está aquele que balançou meus sentimentos e me condenou a não amar mais ninguém...
Onde está você que mesmo com o passar do tempo... Ainda se mantém bem vivo em mim. E que mesmo no vazio de tua ausência ainda faz parte de mim!!!

Sugestões Para Atravessar Agosto [Caio Fernando Abreu]

Para atravessar agosto é preciso, antes de tudo, paciência e . Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro – e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah! Escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.
Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros augúrios, premonições. Armazenar viveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade. Muitos vídeos de chanchadas da Atlântida a Bergman; muitos CDs, de Mozart a Sula Miranda; muitos livros, de Nietzsche a Sidney Sheldon. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem: qualquer problema, real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos. Claro que falo em agostos burgueses, de médio ou alto poder aquisitivo. Não me critiquem por isso, angústias agostianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós. Para quem toma trem de subúrbio às cinco da manhã todo dia, pouca diferença faz abril, dezembro ou, justamente, agosto. Angústia agostiana é coisa cultural, sim. E econômica. Mas pobres ou ricos, há conselhos – ou precauções-úteis a todos. O mais difícil: evitar a cara de Fernando Henrique Cardoso em foto ou vídeo, sobretudo se estiver se pavoneando com um daqueles chapéus de desfile a fantasia categoria originalidade…Esquecê-lo tão completamente quanto possível (santo ZAP): FHC agrava agosto, e isso é tão grave que vou mudar de assunto já.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu – sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se, e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques – tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire, a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas – coisas assim são eficientíssimas, pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismos, explícitos.
Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter de mais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco:.


(6/8/1995 – para o jornal O Estado de são paulo)

19 de jul. de 2011

Está tudo planejado: [Caio F.]

Se amanhã o dia for cinzento,
se houver chuva,
se houver vento,
ou se eu estiver cansado dessa antiga melancolia
cinza fria
sobre as coisas conhecidas pela casa
a mesa posta e gasta
está tudo planejado
...
visto minhas calças vermelhas
e procuro uma festa
onde possa dançar rock até cair!

Sobre o abandono [Leonardo Boff]

"Em toda situação de abandono está presente uma tentação e uma chance. A tentação consiste nisto: a pessoa não enfrenta o desamparo. Ou culpa sempre os pais, os irmãos e outros por seus fracassos. Ou fica esperando a solução, vinda da política, do Estado, da loteria, dos outros e de Deus. Essa atitude esconde sua omissão, sua falta de iniciativa e sua fuga da responsabilidade. Mas há a chance de a pessoa aceitar o desafio do desamparo e de crescer com ele. Começa por desdramatizá-lo, pois pertence à finitude da vida humana. Não somos onipotentes nem demos a nós mesmos a existência. Vivemos uma pobreza
essencial. Dependemos objetivamente dos outros. Essa situação de dependência não nos humilha porque caracteriza todos os seres do universo. Já o dissemos: estamos todos envolvidos numa teia de interretro-relações. Esta situação, portanto, deve ser assumida sem amargura.

O poder da gratidão e o poder da ingratidão [André Lima]

[Nada sei a respeito do tipo de terapia que o autor do texto trabalha, mas achei super interessante a reflexão dele a respeito da (in)gratidão!]


Observamos no dia-a-dia em nós mesmos e em outras pessoas, uma tendência em enxergar e valorizar as coisas negativas e deixar de lado as coisas boas que acontecem. Conheço uma pessoa que passou o final de semana em um hotel maravilhoso, estava tudo ótimo mas... Tinha um garçom que não era simpático e houve um serviço que não foi prestado satisfatoriamente. O resultado é que essa pessoa falava mais desses pequenos detalhes que não foram bem, do que dos 95% que foram uma maravilha. Ou seja, 80% da conversa era sobre 5% dos fatores que foram negativos. Tive uma cliente que estava em busca de um emprego para ter a sua independência financeira com relação ao marido. Ela se sentia infeliz e reclamava do quanto era difícil arranjar um trabalho. Finalmente conseguiu ser contratada. Mas quando recebeu seu primeiro pagamento  começou a se queixar que o salário era baixo, que as colegas faziam fofoca, e etc... Não é estranho? O invés de se sentir feliz por que recebeu o primeiro salário (antes não ganhava nada), ficou triste por que era pouco.

Eu lembro que eu tinha um padrão parecido com esse quando eu ainda tinha uma firma de engenharia. Naquela época, minha vida financeira era terrível. Eu ficava desesperado querendo receber o pagamento dos clientes, porém, quando eu recebia,  ficava mal pois já sentia que o pagamento não daria pra fazer nada. Como não dava para pagar tudo que eu devia, era um tormento escolher quais contas seriam pagas e quais seriam adiadas e negociadas.

O padrão se manifestou de forma semelhante quando deixei a firma e me tornei terapeuta. No começo, como seria de esperar, eu tinha poucos clientes. E sempre que eu recebia um pagamento de algum atendimento que eu fazia, ao invés de ficar feliz, eu acabava ficando triste por que sabia que aquele valor não daria para ter a vida que eu queria.

Quando nos sentimos insatisfeitos com o que recebemos ou com o que já temos, as conseqüências negativas são muito óbvias. Deixamos de crescer pois o desânimo tomará conta de nós, influenciando nossas ações, e a tendência é que nós fiquemos estagnados. Pior ainda, se a insatisfação for muito grande chegaremos até a perder o que temos. Eu lembro do quanto isso me deixava abatido nos tempos da engenharia e certamente me levou a criar mais problemas financeiros.

Já alguém que constantemente vê o lado o bom e se sente agradecido pelo que recebe, sente ânimo, o que vai influenciar suas ações de forma positiva levando esta pessoa a progredir.

Observe como funciona o mecanismo da gratidão. Uns dias atrás levei uns abacates do quintal da minha casa para uma amiga. Ela ficou bem feliz e agradecida com este pequeno presente. Em outro momento, falando comigo ao telefone, comentou que os abacates estavam deliciosos, que todos em casa gostaram e mais uma vez agradeceu. Como ia encontrá-la novamente, imediatamente lembrei de levar mais abacates pra ela. E dessa vez foi uma sacola maior. Dá uma satisfação em dar algo pra alguém que se sente grato. O fato dela ter expressado a gratidão fez com que ela recebesse mais.

Imagine se a reação dela tivesse sido assim "Eu não gosto muito de abacate. Esses abacates são pequenos. Abacate engorda". O que eu teria feito? Certamente, não levaria mais nenhum pra ela. E se ela apenas tivesse dito um "obrigado" meio sem graça? Provavelmente eu não lembraria de levar mais pra ela.

Quando estou sem poder agendar novos clientes, eu costumo indicá-los para terapeutas que já foram meus alunos e que eu sei que fazem um bom trabalho com a *EFT (técnica para auto-limpeza emocional). Sabe quais são os terapeutas que eu mais me lembro para indicar? Aqueles que sempre agradecem e me mandam emails informando que atenderam o cliente indicado e contando o resultado que deu. Os que não agradecem, eu simplesmente acabo me esquecendo deles.  É algo que ocorre naturalmente.
O mesmo acontece na relação entre você e o universo. Quando você se sente grato pelo que tem e pelas coisas que recebe, a tendência é que você receba mais e que haja uma expansão. Mas quando você reclama para a vida da sua casa, do emprego, do salário ou seja lá o que for, a tendência é que você fique estagnado naquilo, ou que até perca o que tem. O universo fica satisfeito em dar mais quando você agradece, assim como você ficaria se recebesse o agradecimento sincero de alguém.

Quando somos bebês, a nossa única forma de pedir é mostrando a nossa insatisfação. O bebê chora, ou seja, reclama que algo está incomodando, e a mãe tem que dar um jeito de descobrir o que ele quer e satisfazer suas necessidades. Só que depois nós crescemos, mas acabamos por ficar presos inconscientemente a essa forma infantil de pedir através da reclamação.

Uma crença sabotadora é a de que se eu agradecer pelo que tenho, é como se estivesse me conformando com aquilo e dessa forma não vou ter nada melhor. Essa é uma visão infantil. É o bebê que chora até conseguir o que quer. O que essa crença pressupõe é que, se eu reclamar bastante do que eu tenho, vou ganhar algo melhor; o que não faz o menor sentido.

Você pode se sentir grato pelo que tem, e ainda assim pode desejar, e sentir que merece algo melhor. Não há qualquer incompatibilidade. Sentir gratidão pelo que se tem neste momento vai abrir os caminhos pra que você tenha coisas melhores, cada vez mais.

No trabalho com a EFT, podemos limpar os sentimentos negativos que nos levam a reclamar das coisas que estão insatisfatórias na nossa vida. Isso traz aceitação e muitas vezes faz brotar o sentimento de gratidão. Esse é um passo importantíssimo para que a mudança de vida que a pessoa deseja venha a ocorrer. O primeiro passo é listar as coisas que estão deixando você insatisfeito bem como as razões dessa insatisfação. Depois, é só aplicar EFT pra dissolver todos os sentimentos ruins que brotaram, até eliminar completamente a sensação e se sentir em paz com aquilo. No próximo artigo, falarei mais detalhadamente como fazer EFT para gerar o sentimento de gratidão.