Cada vez que nossas palavras nos abandonam iniciam uma grande aventura. Nuvens úmidas de emoção conduzem-nas através das intempéries da atmosfera e, cada vez que uma palavra alcança a ilha da alma do interlocutor, é necessário que o solo seja receptivo.
A fertilidade do campo depende absolutamente de seu proprietário. Entretanto, muitos latifúndios estão abandonados por seus donos; eles partiram, sabe-se lá quando, e estão desabitados de sua alma.
Embora a palavra-semente seja potente, não só em seu conteúdo como também na forma, e que tenha sido o mais amorosamente cuidada, a finalidade da comunicação só será atingida se o interlocutor a escutar.
Ouve-se com o ouvido, escuta-se com toda a alma!
Fonte: Fragmento do livro "Curação: a arte de bem cuidar-se", p. 168
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