29 de ago. de 2009

“O ser humano não precisa de amor, precisa de amores.” Isto é objeto de estudo de filósofos desde os tempos mais remotos. Rotular, adjetivar ou classificar amor é desnecessário para quem sabe amar.

Normalmente sentimo-nos confortáveis em reconhecer e aplaudir a amizade e o amor-eros. Mas diante do amor de amigo (amigo aqui é genérico para feminino e masculino) muita gente bota o pé no freio.

A amizade tem seu pilar na simpatia (que difere da empatia) e na convenção social e é destituída de conotação sexual. A amizade pode conter o prazer da troca, a lealdade, a cumplicidade, o carinho, o cuidado, a confiança, o prazer de conviver, mas em nível muito mais superficial que no amor de amigo.

O amor de amigo seria o Ágape, o amor fraternal e espiritual que nada tem de convenção social e é isento de conotação sexual. São inerentes ao amor de amigo a empatia, o prazer da troca, a lealdade, a cumplicidade, o carinho, o cuidado, a confiança, o prazer de conviver. De acordo com a literatura, na obra de Homero, o amor de amigo (Ágape) pode ser bem percebido nas “ações entre Odisseus e seus companheiros, sua esposa Penélope, seu filho Thelêmaco e seus empregados, sempre manifestado com respeito e admiração.” O amor de amigo transcende a amizade.

O florescer do amor de amigo encontra uma explicação na evolução do hemisfério direito do cérebro que permite a sensação do nirvana, como se o ego tivesse sido dissolvido, deixado de existir como uma entidade separada do resto do mundo. Sem dúvida, o amor de amigo é uma revelação clara de que o ego ultrapassou a barreira do indivíduo e encontrou o prazer da integração universal dos seres humanos evoluídos espiritualmente.

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