A forma Big Brother - Por Diego Nogueira

BBB10: novos participantes, velhos personagens

Nem o mais otimista dos investidores da Rede Globo poderia imaginar no sucesso que o Big Brother se tornaria em nosso país. O reality show que foi importado da Holanda e teve a sua primeira edição em 2002 é o carro-chefe da emissora até hoje. Em suas nove edições, o BBB apresentou para todo o Brasil a história de 128 participantes, onde ao ficarem confinados em uma “prisão” de luxo, transformaram-se em alvos dos telespectadores.

Através do pay-per-view, ou com as edições dos melhores momentos diários do programa exibidos pela Rede Globo, os participantes são submetidos a aceitação do público. Heróis; vilões; anjinhos; palhaços; enfim, não importa qual seja a real personalidade dos jogadores, mas o que determina o seu perfil dali por diante é o julgamento feito por quem está fora da casa.

Os candidatos ao prêmio possuem geralmente o mesmo perfil: Classe social, porte físico, idade, raça e até carreiras parecidas. Com tantas coisas em comum, os jogadores nos surpreendem com diferentes atitudes, a experiência de vida, ou a falta dela, causa conflitos, separa a casa em grupos e cria uma hierarquia entre os “brothers”. Imediatamente os editores criam o “lado do bem” e o “lado do mal”. Adivinhem de que lado sairá o novo vencedor?!

O que mais surpreende é como a população vê o jogo. Os pensadores da casa são vistos como jogadores frios e calculistas, na primeira oportunidade são colocados para fora do jogo. Já aquele(a) que dorme o dia todo, não ajuda nos afazeres da casa, reclama de tudo e de todos, não abre mão de nada para o bom convívio com os demais, mas chora e faz cara de “cachorro pidão” na hora certa, este(a) é o favorito(a) do povo.

O ganhador já tem um perfil, é aquele perseguido pela maioria da casa, que encara muitos paredões, se coloca como vítima, e em seu discurso, apela sempre da mesma forma ao público. “Que esta lá fora assistindo a toda injustiça em relação a ele”. Basta identificar desta vez, qual dos “heróis” de Pedro Bial se encaixa melhor na descrição. Eis o novo milionário.

Fonte: http://dieg.com.br/diego/?p=714