4 de jul. de 2008
Eu sou o profeta Nostragamos.
O que será do futuro de uma geração que cresce dentro de uma cadeia de “fast-food” universitário? Onde uma criança de seis anos passa no vestibular de uma instituição que se diz apropriada a ensinar nossos jovens uma profissão.
Quem serão nossos profissionais do futuro?
Uma geração que decora a matéria para não ser reprovada na escola, que não se interessa por literatura, que desconhece a situação política de sua cidade, de seu país, que despreza sua cultura, que ri da própria ignorância e bate no peito ostentando com orgulho um belo e pomposo: “Não estou nem ai”.
A geração “não estou nem ai”.
E lhes mostre como se importar com um futuro que promete catástrofes naturais, guerras por todos os continentes, epidemias, falta de água, super populações, poucos espaços, poucas oportunidades.
Onde a tecnologia é um paradoxo entre a evolução e o desemprego.
Onde a única coisa que importa é uma maneira de que pelo menos eu não seja o prejudicado com os acontecimentos. Onde o outro é somente um degrau para minha escalada. Como o estudante popular da classe, como político “gente boa”, o empresário de sucesso, o bandido do momento ou a celebridade do ano. Pouco importa.
Eu sou sinônimo de “dane-se” o outro.
Seja com a ultrapassagem pelo acostamento, o troco não devolvido, a verba desviada, a fraude escondida, o papel jogado pela janela, a guimba de cigarro atirada para o ar.
O que será de uma geração que não se importa com a influência de suas atitudes no futuro das próximas gerações? Que não consegue perceber sua importância no elo de construção de uma sociedade mais justa, mais honesta, mais inteligente, mais viável.
O que será do futuro de uma juventude que não espera um futuro?
Quem é o jovem brasileiro? Quais são seus sonhos, seus desejos ?
A utopia morreu e deixou de herança um legado de crentes onde o Deus é a Televisão, a bíblia são as revistas de fofocas e o paraíso é dinheiro no bolso.
Bunda ou cérebro?
Ibope alto.
Submissão.
Tico Sta Cruz
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