3 de jun. de 2010

Amando e aprendendo

Na verdade, sendo o amor uma tarefa sublime e dedicada, quando ele acaba, é sinal de que a tarefa cumpriu seu papel, ensinando algo a nós. Todo ensinamento gera uma mudança de percepção e esta nunca vem facilmente. Seria ótimo se fôssemos seres totalmente moldáveis, flexíveis, prontos para fazer o que é certo no momento certo, bla, bla, bla.Se fosse assim, nem precisaríamos de prisões, pois nem haveria o que corrigir (imaginem só!). Também não precisaríamos de professores, pois seríamos todos mestres de nós mesmos. Mas o ser humano é imperfeito e precisa do amor para visualizar e manter-se no caminho do bem.


Portanto, leitor, leitora, se você perdeu um amor recentemente, saiba que ganhou muitas lições e que o amor cumpriu sua tarefa de ensinamento, de mostrar-lhe o caminho da luz, do bem, da generosidade. Mesmo se estiver diante de muita dor, tente substitui-la pela consciência de que valeu, sim, a pena, pois, mesmo ainda amargurada, você certamente é melhor pessoa do que antes desse amor, pois uma nova visão foi agregada à sua antiga, somando valores. Ainda que o relacionamento tenha sido conturbado, problemático, cheio de altos e baixos, havia uma semente de amor, tentando sobreviver, ensinar, cuidar. Fique com a semente e desapegue-se do que deveria ter sido.

O desapego do ideal é a chave para qualquer nova possibilidade de amar."O desapego do ideal é a chave para qualquer nova possibilidade de amar." Deixe o fluxo da vida correr, afinal, ele não está realmente em nossas mãos. Procure ser grato(a) ao que pôde viver e aprender com o antigo amor e chame o novo! A hora de se abrir é a hora de ser feliz. Hoje e sempre. Com 20, 30, 40, 50, 60, 70 anos... não importa. Enquanto ainda houver vontade de se melhorar, de experimentar, de ousar, lá está a semente do amor a brotar. Transforme seus brotos em flores e frutos e ouse começar de novo. O universo sabe quando alguém quer florescer e devolve com carinho esse gesto de abertura. Renovar é viver!

Clarissa De Franco

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