**“Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos”. Friedrich Nietzsche**

“Eu aprendi a acreditar no potencial das minhas palavras. Isso me torna mais cautelosa ao dizê-las. Eu aprendi a usar a diplomacia, mas não esquecer a minha opinião. Existem coisas que simplesmente não valem a pena discutir... Eu aprendi a usar as adversidades como impulsionadores. Problemas são sinais típicos de necessidade de mudança!”

Se eu pudesse viver minha vida novamente, todos esses 24 anos, eu faria praticamente tudo do mesmo jeito, pois o que sou se deve a cada escolha que fiz e a cada pessoa que passou pela minha vida (mesmo que tenha visto apenas uma vez, em uma das minhas aventuras)...

E as escolhas e mudanças foram tantas!

Umas mais fáceis outras mais difíceis; umas mais doloridas outras menos... Contudo, não me arrependo de nenhuma, pois fiz todas com o coração... Chega um dia em que as pessoas mudam, os sentimentos transformam-se e o coração faz novas escolhas... E a vida é tão sábia! Nos dá conforme podemos suportar e coloca as pessoas certas no nosso caminho, aquelas que podem nos amparar, acolher nosso sofrimento, dar um novo sentido para o que sentimos e pensamos... E é assim que nos tornamos o que somos!

É legal o que acontece quando paramos de ser quem pensamos que somos e começamos a ser quem somos de verdade... (Nietzsche realmente tem sido uma inspiração em minha vida... hehehe [Essa frase foi escrita inspirada em uma dele, para quem não sabe]) Quando isso acontece, quando nos permitimos ser quem realmente somos, quando nos aceitam como realmente somos, percebemos o quanto algumas pessoas que amamos mudaram...

E tantas vezes a idealização não permite que enxerguemos as pequenas mudanças nas pessoas que a gente ama... Quando a gente percebe uma, é como se tirassem a venda dos nossos olhos, pois outras, que a gente nem sonhava que existissem, despontam e nos vemos completamente sem chão, tendo que administrar os sentimentos, as mudanças enquanto a vida segue... O mundo não pára para que sequemos as nossas lágrimas e elaboremos as coisas... Ele segue e nos arrasta. Depende de nós a decisão de até quando ela nos arrastará, de colocar um ponto final no que nos machuca e não faz mais bem... (um dia fez, um dia foi verdadeiro e importante, mas com o passar do tempo não basta). Ficar pelo caminho, ser colocada na reserva, deixar de ser importante na vida das pessoas, faz parte do ciclo da vida... Eu não me envergonho de seguir outro caminho se o trilhado até então com as pessoas amadas está se distanciando do que escolhi para mim... O destino une e separa pessoas. Mas nenhuma força é tão grande para fazer esquecer as pessoas que nos fizeram felizes...

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e de seus atos... Se não está gostando do que recebe, observe o que está emitindo... As mudanças nos obrigam a sair de nossa zona de conforto para mergulhar de cabeça em situações desconfortáveis. Isso pode causar dor e pânico, num primeiro momento, mas aos poucos tudo vai se acomodando, modificando e se ajeitando, e então nos encontraremos em outra zona de conforto, talvez mais confortável e agradável do que a primeira...

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica... Os anos vão se passando e caixinha de memórias vai ficando mais lotada, seja de coisas boas ou ruins... Não importa, pois tudo é experiência...

Então, o que falar do futuro?

Como eu tenho a vida inteira pela frente (não importa quantos anos isso signifique), sei, desde já, que cometer erros é bom, além de muito engraçado... (Depois que passa a gente ri, SEMPRE!). Não pretendo nem tentar chegar perto de ser perfeita.

Riscos? Viver por si só é um risco!!! Viajar é sempre um risco e eu adoro (viajar e correr riscos). Já contemplei muitos nascer e pôr do sol, já subi e desci muitas montanhas, já mergulhei muitos rios e mares, tomei muito banho de cachoeira, já "me larguei por esse mundão" sozinha umas 4 vezes pelo menos, para o preocupação de meus pais, que sempre confiaram na filha aqui... E sempre voltei para casa sã e salva... Já viajei com amigos, com conhecidos, com parentes... Cada viagem é única e nunca volto a mesma... "Me sinto em casa em qualquer lugar, mas sou turista em todos... Sou viajante em qualquer lugar, sou uma parte do todo!", diz a música...

Minha vida não está nos livros, não está em letras de músicas, não está em frases ditas ou em poesias, apesar de tantas retratarem o que penso e sinto... “O que não me faz mover um músculo, o que não me faz estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da minha biografia...” É a mais pura verdade! Eu sou, sim, uma dessas pessoas que vivem sensata e produtivamente (além de “profunda” e “prolificamente”, porque o meu idioma é muito rico e os tradutores se lambuzam, têm trabalho para me traduzir e parte de mim é indecifrável) cada minuto da vida... Também já vivi infantilmente e desastradamente. Isso é ótimo porque me sobra mais tempo para ser produtiva... É o que torna minha vida produtiva e me torna mais forte! E, é assim que tenho meus momentos de alegrias e tristezas e intensos são todos eles, pode ter certeza!

Como eu tenho a vida inteira pela frente, trato, desde já, de ser feliz, pois aprendi cedo, na vida e na poesia (ah, como eu amo), que a vida é feita só de momentos e perder o agora é coisa que não pretendo fazer!!!  Momentos tristes sim, mas eu tenho repetido que, no que depender de mim, me recuso a ser infeliz!!!

Como eu tenho 24 anos e a vida inteira pela frente, quando, lá na frente, tiver 87 anos (ou 25, pode até ser) e não souber se estarei morrendo ou se deverei colher mais margaridas, não ficarei me lamentando pelas coisas não realizadas, porque as terei realizado todas (todas as possíveis, todas as que deveria, todas as que desejei)... Não lamentarei a falta de qualquer dom, não lamentarei nadinha-de-nada. Só lamentarei se alguém atribuir a mim um poema pessimista. Aí sim, lamentarei! Mas lamentarei pela pessoa e não por mim...

Se o que nos fizer chorar nos ensinar e o que nos fizer sorrir nos incentivar, tudo será bom. E se algum dia alguém me fizer sofrer outra vez, farei o que tenho feito: farei dessa pessoa uma música que ouvi, gostei e que hoje não faz mais sucesso em minha vida...

E como eu tenho ainda a vida inteira pela frente, peço que me dê licença que eu vou viver mais um pouco agora...

Se me quer pela metade não me terá.... Também não te quero pela metade... É pouco! Se quer assim, dá licença...

{Escrito em 20/06/2010 por Geniana Zinkiewicz}