"Pessoas que relataram altos níveis de raiva e ansiedade após a realização de uma tarefa estressante em laboratório, mostraram um aumento maior em um marcador de inflamação, do que aqueles que permaneceram calmos" é o que afirmou Judith Carroll, pesquisador de um estudo recente na Universidade de Pittsburgh.
Os pesquisadores pediram durante o estudo que indivíduos saudáveis de meia-idade discursassem na frente de uma câmera de vídeo e um grupo de pesquisadores observando-os. Durante todo o discurso os pesquisadores monitoraram as respostas físicas dos participantes, e em seguida, perguntaram sobre as emoções sentidas por eles.
Segundo Carroll, a maioria das pessoas mostra um aumento da frequência cardíaca e pressão arterial quando conclui uma tarefa estressante, mas alguns dos indivíduos estudados aumentaram na circulação sanguínea um marcador inflamatório - interleucina-6. O estudo mostra que pessoas que tiveram aumento deste marcador são as que apresentam as maiores respostas emocionais às tarefas estressantes.
"Nossos resultados levantam a possibilidade que os indivíduos que ficam com raiva ou ansiosos quando enfrentam desafios relativamente pequenos em suas vidas são propensos ao aumento da inflamação", explicou a autora principal da pesquisa, Dr. Anna Marsland, Professora Associada de Psicologia e de Enfermagem da Universidade de Pittsburgh. "Com o tempo, isso pode tornar esses indivíduos emocionalmente reativos mais vulneráveis a doenças inflamatórias, tais como a doença cardiovascular", disse ela.
A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Enfermagem, e faz parte de um campo emergente, conhecida como psiconeuroimunologia, que investiga as interações entre processos psicológicos e de saúde.
"Este artigo aborda uma questão chave na psiconeuroimunologia - que explica as diferenças individuais na resposta inflamatória ao estresse", disse a Dra. Margaret Kemeny, professora da Universidade da Califórnia em San Francisco.
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