25 de jan. de 2011

Registrando Instantes [Cristian Steiner]

[Identifiquei-me demais com este texto do Cristian Steiner que decidi postá-lo... Original aqui!]
Já escrevi em algum lugar nesse blog que é difícil não se expor por aqui. Se criei um blog para ser original e escrever tudo o que vier a minha cabeça (ou quase tudo) não posso ter medo de expor-me. Mesmo que fosse um espaço para postar somente citações, já, com isso, diria muito de mim. Se escrevo subjetivamente, também fico exposto. A subjetividade é uma linguagem.

Esses dias cheguei a minha psicóloga e fiquei me lamentando por ter me exposto tanto em uma situação. Ela simplesmente disse: "E quem é que não se expõe? - Eu fico exposta muitas vezes!". No post 'Padrões' acho que deixo claro que esse medo de se expor é uma pressão posta pela sociedade sobre os indivíduos. Sempre tentamos 'parecer' algo mais bonito e perfeito, mas não existe perfeição. O eu-ideal é o que nos impede de aceitarmos quem realmente somos. Vivemos atrás da pessoa perfeita. Quando nos relacionamos, esquecemos que um relacionamento só se mantém se aceitarmos, também, os defeitos do próximo. Não digo que devemos aceitar incondicionalmente até o que nos prejudica, mas aceitar as imperfeições humanas em cada pessoa é regra.

Pensando sobre essas imperfeições humanas, volto a exposição proporcionada pelos espaços virtuais, onde por traz existe um ser humano que expressa o seu ser ali. Esse ser humano, não será só amor, só acerto, será também ódio, caos e muito erro a não ser que este não seja humano, a não ser que seja uma máquina programada pra dizer coisas boas e agradáveis. Isso não é vida. Vida também é dor, erro, e não há coisa melhor que desabafar isso. É ótimo ler um livro só de coisas boas e acontecimentos bons, mas acho meio 'conto-de-fadas', prefiro a realidade que é feita de coisas boas e ruins. Não é legal expressar também, apenas nossa negatividade. É preciso ter coragem para escrever. Coragem de expor o ser humano dentro de nós.  Acho que por isso somos a minoria. A grande maioria vive uma vida de fachada, tendo que criar uma vida secreta para expressar seu ser. É tudo um grande segredo.

Jamais ouvi falar de um grande escritor que não retratou sua alma em sua obra. Como escrever sobre algo que não se acredita? Escrevemos porque acreditamos. E principalmente, acreditamos no que sentimos.

Um comentário:

  1. Oi linda,

    Passei pra dar uma olhada e o que encontro... hehe
    Fico muitissimo contente pela identificação.

    Bjks
    Até mais

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