30 de mai. de 2010

Terapia Cognitivo-Comportamental

Para quem interessar saber um pouquinho mais sobre a teoria que tem orientado o meu estágio de Psicologia Clínica. Procurei colocar algo bem fácil de entender, da Wikipédia mesmo... Estou à disposição se quiserem saber mais... J
  
Terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma forma de psicoterapia que se baseia no conhecimento empírico da psicologia. Ela abrange métodos específicos e não-específicos (com relação aos transtornos mentais) que, com base em comprovado saber específico sobre os diferentes transtornos e em conhecimento psicológico a respeito da maneira como seres humanos modificam seu comportamento, tem por fim uma melhora sistemática dos problemas tratados. Tais técnicas perseguem objetivos concretos e operacionalizados (ou seja, claramente definidos e observáveis) nos diferentes níveis do comportamento e da experiência pessoal e são guiadas tanto (1) pelo diagnóstico específico do transtorno mental quanto (2) por uma análise do problema individual (ou seja, uma descrição das particularidades do paciente).
Nesse contexto representa um papel importante uma análise aprofundada dos fatores de vulnerabilidade (predisposições), dos fatores desencadeadores e mantenedores do problema. A combinação dessas duas vias permite atingir um relativo equilíbrio entre o método padronizado (determinado pelo diagnóstico) e as características individuais do paciente (que determinam a análise do problema).
A terapia cognitivo-comportamental encontra-se em constante desenvolvimento e exige de si mesma uma comprovação empírica da sua efetividade.
A terapia cognitivo-comportamental é muitas vezes chamada simplesmente de terapia comportamental, mas não se confunde com a terapia comportamental clássica, da qual se origina.

Achei super legal ter essa informação lá, que deixei aqui também! Procure um Psicólogo ou um Psiquiatra! J
Advertência: A Wikipedia não é um consultório, nem uma farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde. As informações aqui contidas não têm caráter de informação.


Princípios básicos da TCC

Jürgen Margraf oferece uma lista de dez princípios básicos que caracterizam os diversos métodos da TCC: (Não faço ideia de quem é o cara, mas as informações vem ao encontro do que tenho estudado...)
1.   A TCC se orienta no conhecimento empírico da psicologia científica;
2.   a TCC se orienta no problema (sintoma) atual do paciente;
3.   a TCC baseia-se na análise dos fatores de vulnerabilidade (predisposições), fatores desencadeadores e mantenedores dos transtornos mentais;
4.   por se orientar no problema, a TCC é também orientada para um objetivo definido (a modificação do comportamento problemático);
5.   a TCC é voltada para a ação e não apenas para a tomada de consciência (o famoso insight, termo da psicanálise) e uma compreensão mais profunda do problema;
6.   a TCC não se restringe à situação terapêutica, mas se estende à vida diária do indivíduo;
7.   a TCC é transparente, tanto quanto a seus objetivos quanto a seus meios;
8.   a TCC procura ser uma ajuda para a auto-ajuda, ou seja, acentua a responsabilidade do próprio paciente no processo terapêutico e
9.   a TCC se esforça por estar em desenvolvimento constante.


Princípios etiológicos

Os transtornos mentais são vistos como fruto de um desequilíbrio entre os fatores salutogênicos por um lado e os fatores patogênicos por outro:
Fatores salutogênicos são aqueles que permitem ao indivíduo ser saudável. Dentre eles se distinguem determinados fatores da personalidade, os fatores de saúde, que ajudam a mantê-la (ex. a prática de esportes, uma vida equilibrada, etc.), e os fatores de proteção, que ajudam a defendê-la em momentos de estresse (ex. uma boa rede social, bom acesso à rede de saúde etc.).
Fatores patogênicos são aqueles que levam à doença. Os fatores de vulnerabilidade são as predisposições e tendências pessoais, quer de ordem genético-biológicas, quer ligadas à história de vida da pessoa, a desenvolver determinado transtorno mental; os fatores desencadeadores são os eventos que levaram ao aparecimento do transtorno (ex. diferentes tipos de estresse, perda de entes queridos, acidentes e outros traumas etc.) e os fatores mantenedores são aqueles que propiciam a continuação do transtorno mesmo após os fatores desencadeadores não estarem mais presentes (ex. estresse permanente, tentativas errôneas do paciente ou de pessoas a ele próximas de lidar com a situação etc.). Dentre os fatores mantenedores a funcionalidade (ou ganho secundário) do transtorno desempenha um papel importante: Trata-se dos aspectos positivos que toda doença e transtorno mental, por mais grave que seja, tem para o indivíduo. Assim determinados transtornos infantis têm como funcionalidade a manutenção do relacionamento instável dos pais, que permanecem juntos somente por causa do filho. Como se depreende do exemplo, não se deve confundir a funcionalidade com má-fé ou intenção maldosa do paciente.

Tradicionalmente a TCC dedica-se especialmente aos fatores mantenedores, sem, no entanto, perder de vista os demais fatores. Nos últimos anos vem crescendo cada vez mais a consciência de que sobretudo os fatores salutogênicos têm grande importância na recuperação da saúde e devem ser fomentados.


Estrutura da terapia

A estrutura da TCC pode ser descrita em uma série de cinco passos:

1. Apresentação do problema

Primeira orientação a respeito problemática - consiste na coleta e organização dos dados relevantes para a compreensão do paciente e de seu problema: dados pessoais, sintomática e seu desenvolvimento, objetivos do paciente, esclarecimento das condições necessárias para o trabalho psicoterapêutico.

Definição do(s) problema(s) e diagnóstico - definição dos diversos problemas envolvidos e da relação entre eles, esclarecimentos diagnóstico (ex. possíveis causas fisiológicas do problema), diagnóstico provisório (segundo CID 10 ou DSM IV) e definição da indicação psicoterapêutica (ou seja, qual método psicoterapêutico é o mais indicado).

Escolha do(s) problema(s) a ser(em) tratado(s)

2. Análise do(s) problema(s)

- Análise Comportamental - escolha do comportamento problemático, análise da sua incidência (em que situações, com que frequência, acompanhado de que pensamentos, emoções, com que consequências);

- Análise Motivacional - análise do valor do comportamento problemático: que objetivos são perseguidos com ele? Quais motivos influenciam a vida da pessoa? O comportamento se origina de conflitos entre objetivos distintos?

- Análise Sistêmica - análise da pertinência do indivíduo a diferentes sistemas sociais, com regras e exigências distintas e, por vezes contraditórias e a influência dessa pertinência sobre seu comportamento;

- Origem e desenvolvimento do problema: Anamnese, geração de hipóteses sobre a origem do problema;

- Condensamento do conhecimento ganho até então: geração de um modelo etiológico individual

3. Análise do Objetivo

- Pré-requisitos da Mudança (de comportamento) - consideração dos lados positivo e negativo do comportamento atual (problemático), definição da motivação para a mudança, determinação dos fatores ambientais que auxiliam a mudança e daqueles que a atrapalham;

- Determinação dos Objetivos - quais os objetivos perseguidos pelas partes envolvidas (paciente, terapeuta, terceiros), formulação de objetivos e dos passos necessários para alcançá-los;

- Relacionamento Paciente-Terapeuta - o relacionamento entre paciente e terapeuta é tal que permite um trabalho produtivo? Como mantê-lo (ou modificá-lo)?

4.   Análise dos Meios

- Pontos de Partida: quais pessoas devem ser envolvidas na mudança? Com quais situações, problemas, pessoas começar?

- Princípios da Mudança - com base na análise do problema, quais passos devem ser dados? Como? Explicação da lógica do tratamento (dos passos a serem dados) ao paciente

- Planejamento Concreto da Terapia - que novos comportamentos devem ser aprendidos, em que situação? Como? Definir os parâmetros formais (frequência das consultas, duração da terapia) e determinar se outros tratamentos (ex. medicamentos) são necessários. Definir exatamente (de forma observável) o que se considera "sucesso".

- Teste e Avaliação dos Passos Definidos - realização dos passos tal qual definidos anteriormente, sempre levando em conta de que as hipóteses sobre as quais eles se baseiam eles são provisórias e, assim, modificáveis sempre que necessário. Avaliação permanente de cada um dos passos e dos diferentes objetivos alcançados. Término da terapia.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário