29 de jul. de 2010

500 dias com ela....


Então eu assisti esse filme. E achei perfeito em tantas partes... Porque seja naquela cena em que a gente vê a expectativa e a realidade do Tom, lado a lado, no take dividido da cena, seja na parte em que a amiguinha adolescente diz a ele pra ele olhar pra toda a sua história com a Summer, e não apenas para aquilo que era bom... eu me vi.
Porque depois que a dor passa, mesmo que de um grande amor só reste uma dança de despedida, muita coisa ainda fica...
A história do Tom é a história de qualquer pessoa que já tenha vivido o amor e suas lições dolorosas que cobram sobriedade da gente quando ainda se está tão embriagado dele... O filme mostra (e na nossa vida a gente aprende) que uma situação pode ser, muitas vezes, apenas um meio para outras descobertas, outras vivências, outras experiências... Não aquelas que esperávamos. Não daquele jeito... Mas sempre vale a pena.

*
Ouvindo Regina Spektor, Us.

Ele: Você nunca quis ser a namorada de ninguém e agora é a esposa de alguém...
Ela: Me surpreendeu também.
Ele: Acho que nunca vou entender. Quer dizer, não faz sentido.
Ela: Só aconteceu.
Ele: É, mas é isso que não entendo. O que só aconteceu?
Ela: Só acordei um dia e soube.
Ele: Soube o quê?
Ela: O que eu nunca tive certeza com você.

[Silêncios. Desilusão.]

Ele: Sabe o que é uma droga? Perceber que tudo em que você acredita é mentira, é uma droga.
Ela: O que quer dizer?
Ele: Sabe, destino, almas gêmeas... Amor verdadeiro e todos aqueles contos infantis... Besteira, você estava certa, eu deveria ter escutado.
Ela: Não.
Ele: Sim, por que está sorrindo?
Ela: Tom... [...] Eu estava sentada numa doceria lendo Dorian Gray, um cara chega pra mim e me pergunta sobre o livro e agora ele é meu marido.
Ele: É, e daí?
Ela: E daí que... E se eu... tivesse ido ao cinema? Ou tivesse ido almoçar em outro lugar? E se tivesse chegado 10 minutos mais tarde? Era... era pra ser. E eu só ficava pensando... “Tom estava certo.”
Ele: Não...

[Sorrisos.]
Ela: Sim, eu pensei...

[Cumplicidade.]
Ela: Só não era sobre mim que você estava certo.

*

E no final, claro, ele encontra a sua mocinha tb... risos... Num acaso, afortunadamente.
Hollywood... Ah, Hollywood! E a gente sonha, deseja, suspira igualzinho... pede ao universo igualzinho... deseja como no poema do Neruda um moço que queira "fazer com você o que a primavera fez com as cerejeiras"... and its contagious... and its contagious...

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