Pesquisa da Universidade de Seul, que analisou 4 mil suicídios, diz que eles foram mais frequentes em dias com maior poluição
Não é só o corpo que sofre com a poluição. Além de causar diversos tipos de doenças respiratórias, ela pode estar ligada ao suicídio, é o que diz um estudo divulgado recentemente sobre o assunto realizado em sete cidades da Coreia do Sul – o país sofre com uma taxa de 26 mortes deste tipo para cada 100 mil habitantes.Vista geral de fábricas, com chaminés exalando fumaça,
e prédios na região da Lapa, São Paulo
Foto: Amilton Vieira / Editora Globo
Eles consideraram uma escala de poluição que ia dos níveis mais baixos para os mais altos de PM10. Concluíram que as pessoas estiveram 9% mais propensas a se matarem quando os níveis de PM10 passavam da metade da escala. E quem sofria de problema cardíaco – que também pode estar relacionado à poluição – tinha esta chance aumentada para 19%.
O outro estudo, feito pela Universidade Médica Khaohsiung em Taiwan no final da década de 1990, descobriu que altos níveis de poluição estavam associados à asma em mais de 160 mil estudantes. Dez anos depois, a equipe verificou que os suicídios foram duas vezes mais comum entre as pessoas estudadas do que no resto da população e que a chance era maior ainda quando os sintomas da asma eram mais severos no início da pesquisa.
Mais um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta, nos EUA, concluiu que 7,5% das pessoas que tinham asma diziam sofrer de problemas piscológicos. Contra 3% do resto da população. Somente há pouco tempo cientistas começaram a relacionar problemas respiratórios e saúde mental. Kim, o pesquisador coreano, ainda diz que altos níveis de PM10 podem causar inflaçação nos nervos e afetar a saúde mental de uma maneira direta.
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