28 de out. de 2010

Trechos do Filme A CORRENTE DO BEM

Apenas imagine...
Você faz um favor que realmente ajuda alguém e diz para ele ou ela não pagar de volta, mas passar adiante para três pessoas que, em troca, devem pagar para mais três - e sem para em uma abundância global de generosidade e decência. O princípio é sair de uma situação de conforto estático e se mobilizar a fazer algo que não estamos acostumados, fazer o bem.
Impossível?
Apenas tente!
As Consequências vão muito além do que você pode imaginar!


Professor Simonet: -- (...) O ginásio, a ponte instável e assustadora que vocês devem cruzar antes de virarem membros da imortal e invejada elite do colegial. Alguns podem achar que a travessia dessa ponte demora demais. Preferem fechar os olhos e pensar em nada até que tudo isso acabe. Bem, já vou avisando, que essa opção não existe na minha aula... (...) Eu estarei aqui todos os dias por causa de vocês, então eu espero que vocês estejam aqui por minha causa. Na hora certa, sem desculpas. Muito bem, esta é a aula de Estudos Sociais, que engloba vocês e o mundo. Pois é! Há um mundo lá fora! E mesmo que alguns não queiram enfrentá-lo, vocês vão senti-lo como um tapa na cara. Podem confiar. Então, é melhor pensa no que ele significa para vocês agora. O que o mundo significa para vocês? Vocês pensam em coisas que acontecem fora desta cidade? Assistem jornais? Sim, não? Então ainda não são pensadores globais, mas por que não? Para que pensar no mundo? Afinal, o que o mundo quer de nós? O que o mundo quer de você?
Travor: -- Nada...
Professor Simonet: -- Nada? Senhoras e senhores, ele tem toda razão! Nada! Vocês não podem dirigir, votar e nem ir ao banheiro sem minha permissão. Estão presos bem aqui, na 7ª série. Mas não é para sempre! Um dia vocês serão livres! Mas e se quando forem livres não estiverem preparados, prontos, e ao olharem para o mundo não gostarem do que estarão vendo? E se o mundo for uma grande decepção?
-- Estaremos ferrados!
Professor Simonet: -- A não ser que peguem aquilo que não gostem neste mundo e deixem tudo de bunda para cima (não digam que usei essa palavra)... Podem começar a fazer isso já! Este é o trabalho que vão fazer. (“Ter uma ideia para mudar o mundo – e colocá-la em prática...) Vale pontos extras e será feito durante o ano todo. (...) Ele é possível. Onde fica o reino das possibilidades em cada um de vocês? Aqui! (aponta para a cabeça) Então vocês vão conseguir. Vocês vão nos surpreender. Só depende de vocês. Ou podem deixar para lá e deixá-la se atrofiar. (...) Nesta matéria, vamos aprender amar as palavras e seus significados. Alguma pergunta?
Travor: -- Vai bombar a gente se não mudarmos o mundo?
Professor Simonet: -- Eu nunca faria isso! Mas você pode passar raspando com um 7.
Travor: -- E o que o senhor faz para mudar o mundo?
Professor Simonet: -- Travor, eu tenho uma boa noite de sono, tomo um bom café da manhã, venho para a escola, chego na hora e aí passo a bola para vocês...

* || *

Travor: -- Este sou eu. E aqui são três pessoas. Eu vou ajudá-las, mas tem que ser em algo muito importante. Algo que elas não possam fazer sozinhas. Eu vou fazer para elas. Elas ajudam outras três pessoas. Já são 9. eu ajudo mais três... São 27... E assim vai crescendo...
Professor Simonet: -- Parece que a turma achou sua ideia utópica...
Travor: -- Como se fosse um mundo perfeito? Então...

* || *

Professor Simonet: -- Bem, suas ideias são surpreendentes e diversificadas. Mas eu gostaria de enfatizar uma das ideias apresentadas, pois em vários anos como professor, é a primeira ideia nova que exige um ato de fé extremo na bondade das pessoas. Travor tentou interagir com o mundo, que é o objetivo do trabalho.  

* || *

Travor: -- Sei lá, as pessoas têm muito medo de pensar que as coisas podem mudar.
O mundo não é feito somente de merda.
Mas é difícil pra quem se acostumou com as coisas como elas são.
Mesmo que sejam ruins, é difícil mudar. Então as pessoas desistem.
Quando isso acontece, todo mundo sai perdendo.

* || *

Travor: -- É difícil, não dá pra planejar. Você precisa observar mais as pessoas.
Ficar de olho nelas e protegê-las. Nem sempre a gente sabe o que precisa.
É a grande chance de consertar uma coisa que não seja sua bicicleta.
Dá pra "consertar" uma pessoa.


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