4 de out. de 2010

A dificuldade de ser verde! [Gláucia Leal] #BlogandoVerde

Olá querido leitor!
Hoje inicia a semana #BlogandoVerde!
Não sabe o que significa isso?
Então, clica AQUI!
O meu desafio, como estudante de Psicologia completamente apaixonada pela natureza, será falar um pouquinho a respeito do comportamento da população no que se refere aos cuidados (ou não) em relação ao meio em que vivemos, além de comentar acerca de OUTROS OLHARES no que se refere a esse assunto, considerado por nós tão importante...
Esse assunto surgiu com o Dani, no Twitter, num dia de indignação pelo fato de, com tudo o que se fala sobre esse assunto (tanto que até parece banalizado), as pessoas ainda jogarem lixo no chão!
Comentamos que seria uma boa ideia falarmos em nossos blogs sobre isso, e ele não deixou morrer a ideia e elaborou essa campanha... [#UmSalveProDani]
Contamos, então, com a tua participação!
Tanto para divulgar, quanto para participar, blogando verde também ou, se não tiver um blog, sugerindo-nos reportagens, charges, imagens e outros materiais...
O que queremos com isso?
Um dos objetivos é tentar sensibilizar (ainda mais) as pessoas que estão em contato conosco através de nossos blogs.
Queremos "olhar para a natureza" com esse olhar crítico que temos e dar a nossa contribuição mesmo que mínima, pois, acredito eu, que se cada um fizer a sua "mínima" parte, os resultados serão grandes!
Os estudos da Psicologia no que se refere ao meio-ambiente não são muito antigos e ainda são poucos, na verdade, mas muito ricos! Então, para começar, compartilho com vocês um texto sobre a dificuldade de "sermos verdes" no mundo em que vivemos. 
O que isso significa o texto vai te explicar.... 
Boa leitura e bem-vindo ao #BlogandoVerde!

As pessoas reclamam da poluição, do trânsito,
da destruição das matas;
mas quanto de nossos hábitos estamos
realmente  dispostos a mudar para compartilhar
uma vida mais saudável?
Preservação ambiental aparece no topo das prioridades sociais e políticas nas pesquisas de opinião em vários  lugares do mundo. Principalmente agora, quando o assunto é discutido na Conferência de Copenhague (COP15). Mas o abismo entre realidade e boas intenções é enorme. Em geral, somos todos defensores da redução da poluição, mas infelizmente ainda são poucas as pessoas que reciclam pilhas em vez de jogá-las na lata de lixo ou abrem mão do conforto do carro particular por iniciativa própria, ainda que alguns dias por semana. É comum que os mesmos que reclamam da má qualidade do ar e do trânsito em cidades como São Paulo se indignem com o rodízio obrigatório de veículos e burlem a norma.
Por que palavras e ações se contradizem tanto? Pesquisadores que estudam esse tipo de comportamento afirmam que as únicas variáveis que contam para a maioria são tempo e dinheiro. Qual o preço máximo que as pessoas se disporiam, por exemplo, a pagar por um combustível menos poluente?
Felizmente, especialistas de uma nova disciplina, a psicologia ambiental, apontam outras influências que afetam de modo marcante nossas escolhas. Entender essa dinâmica pode estimular os cidadãos a adquirir consciência ecológica. A área de conhecimento, ainda pouco explorada, trata da interface entre fatores ambientais e comportamento. Envolve aspectos socioculturais, busca compreender a forma como nos relacionamos com o meio onde vivemos – influindo nele e recebendo suas influências. Esse campo recorre a estudos referentes à percepção, interpretação de mapas cognitivos e observação dos efeitos da estimulação do meio sobre o desempenho humano. E começa a ganhar espaço.
A personalidade é objeto de pesquisa do professor de psicologia ambiental Wesley Schultz, da Universidade do Estado da Califórnia. Ele estuda um traço surpreendentemente menosprezado: até que ponto nos sentimos parte do mundo natural. Schultz quantifica o apego à natureza com uma variante do conhecido teste de associação implícita. Um exercício feito em computador determina a intensidade com que a pessoa associa sua auto-imagem a uma idéia específica, como “árvores” ou “fábrica”.
Em pesquisa recente, Schultz descobriu que indivíduos que demonstravam ora apego à natureza ora distanciamento se comoviam ao visitar determinados lugares. Quando passavam o dia em caminhadas ou num  parque tinham um sentimento mais profundo de união com o meio ambiente do que se tivessem passado a jornada na biblioteca ou na academia de ginástica. A conclusão do professor é que esse sentimento não é característica imutável de personalidade. Segundo a pesquisa, seria muito mais fácil convencer as pessoas a preservar a Natureza se tivessem contato direto com ela – eis a força que impulsiona e faz prosperar o ecoturismo.
O comportamento ecologicamente correto requer a superação de um bom número de hábitos, incluindo ações executadas no “piloto automático”. É aí que entra a importância não apenas da informação, mas também do amadurecimento emocional, capaz de nos fazer compreender que certas atitudes não devem ser tomadas simplesmente porque tememos represálias, como multas – mas principalmente porque somos co-responsáveis pelo mundo em que vivemos.
Atitudes simples – como procurar um cesto de reciclagem para colocar uma lata vazia de refrigerante em vez de simplesmente atirá-la no lixo, apagar a luz ao sair de uma sala, tomar banhos mais curtos, fechar a torneira enquanto se escova os dentes ou levar uma sacola ao supermercado e evitar o uso de saquinhos plásticos – também exigem certo grau de reflexão até que serem interiorizadas.
A propósito, o plástico com o qual são feitas as sacolas de supermercado, por exemplo, leva séculos para se decompor na natureza. Estima-se que cada brasileiro utilize 45 kg de embalagens desse material ao ano – e muito pouco do total é reutilizado ou reciclado. Grande parte acaba nas ruas, entupindo bueiros e causando alagamentos. E a reciclagem nem sempre é a solução porque causa emissão de gases poluentes. Mas ainda assim é melhor reciclar do que jogar embalagens no meio ambiente misturando-as ao lixo orgânico. Uma das saídas é o plástico biodegradável, mas sua utilização ainda é uma opção cara e corresponde a apenas 1% do mercado.
Enquanto seu uso não se populariza, uma solução é usar embalagens de tecido. Certamente, a maioria das pessoas garante que quer viver em um mundo mais saudável, com águas limpas, áreas verdes preservadas, animais livres do perigo da extinção. Mas o ser humano é uma criatura de hábitos. 
E quanto de fato estamos dispostos a nos empenhar a mudar nossos hábitos em prol de um mundo melhor?

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